A BARCA: QUE TAL MONET PINTAR UM QUADRO COM AQUELES QUE DEVIAM DEIXAR O CLUBE?

POR: JOÃO VITOR VIANA

Um dos quadros mais famosos de Jean-Claude Monet chama "A Barca". Sim, um quadro simples, com um pequeno barco desenhado, alguns detalhes na água e só. Sim, uma pintura simples, mas que ganhou significado ao ser pintado. E algo semelhante deveria acontecer no Cruzeiro. Não o desenho impressionista, mas uma ação que levasse a um resultado. Uma ação simples, mas que repercutisse bem depois de executada.

A ação que proponho é a liberação de atletas. Na barca de Monet poderia estar, ao menos, 10 jogadores do atual elenco. Fora os que vão terminar o contrato no final do ano e que, com ou sem pré-contrato assinado, devem ir para bem longe daqui.

Na opinião dos membros do Blog, deveriam permancer apenas os jovens talentos recém-promovidos da base, o goleiro Fábio, o polivalente Everton, Montillo, Leandro Guerreiro e Martinuccio. Jogadores como Thiago Carvalho e Marcelo Oliveira são bons de grupo e também poderia ficar. O resto, bem, como é resto, que tome o caminho que não seja aqui.

Estamos cansados desses zagueiros truculentos. Mais lentos que brucutus, aliás. Rafael Donato (foto) e Mateus são pesados. Não têm velocidade. Leo é tecnicamente inferior e poderia ser negociado. Os dois primeiros, dispensados por deficiência técnica. Já Victorino, corretamente por ser reserva de jogadores tão ruins, poderia também ser negociado, uma vez que é caro e ainda tem mercado. E, falando em zagueiro, o melhor zagueiro que temos chama Leandro Guerreiro. Prefiro ele improvisado que os especialistas trapalhões que temos.

No meio, um excesso de jogadores ruins. Tinga, com três anos de contrato, poderia ser dispensado. Sandro Silva merece ser devolvido ao Málaga, de onde não devia ter vindo. Charles foi ressucitado no Cruzeiro, como bem disse Lélio Gustavo. Souza veio aqui mostrar toda sua "marra". Mostrou somente que tem um futebol decadente e burocrático digno de Série B.

No ataque, uma miscelânia de esforço com incompetência resume Anselmo Ramon. Cruzeiro não é lugar para jogador esforçado, como ele e Wellington Paulista. Nem para jogadores como Wallyson. 

Nessa reta final, para evitar que as coisas fiquem piores, alguns atletas deveriam ser afastados, já tendo sua situação definida. Mas Roth não deixa de amparar seus pupilos. Mas como a incoerência faz parte de seu trabalho, não me assustaria que Élber e Lucas Silva sejam titulares contra o Bahia. Enquanto o primeiro foi pedido para entrar ontem, Lucas nem no banco ficou. Mas no Cruzeiro é assim: para estar entre os 11 tem que estar fora do banco. E quem joga, no jogo seguinte nem no banco fica. Bom seria se Roth fizesse isso com ele mesmo. Fora do banco, acredito, ajudaria muito mais que ali na beira do gramado. Ao menos, não iria atrapalhar.