A CONTINUIDADE PARA O SUCESSO DEPENDE DE MUDANÇAS

POR: MARCÃO ANTI-GALO

Mais um jogo, mais uma vitória sobre os rivais. Logicamente, dessa vez, não ficamos 100% satisfeitos, uma vez que, mesmo ganhando, não levamos o título, este, perdido nos detalhes, tanto no primeiro, quanto no segundo jogo. Uma somatória de erros individuais, seja do árbitro, seja dos nossos jogadores. Na primeira partida, erros grotescos, como a expulsão de Bruno Rodrigo, o vacilo de Everton e a "furada" de Paulão deram a vantagem dilatada que teríamos que ter tirado ontem e não conseguimos. Na segunda partida, após abrir 2 a 0 com brilhantismo, o time do Cruzeiro viu o "gás ir acabando". Faltava só mais um gol, mas novamente em falha individual, um passe atravessado horroroso de Egídio, possibilitou que o rival diminuísse e o título ir embora.

Ficou claro que o Cruzeiro necessita de reforços. Para isso, precisa também pensar no todo, enxugando o elenco, hoje muito grande e com alguns atletas que não estão à altura do clube. Muitos jogadores, por exemplo, para o mesmo setor, a zaga, e ainda se pede zagueiro. Isso só mostra que falta qualidade aos que lá estão, com exceções. Veio Dedé, mas alguns, como Victorino e Nirley, estão aí para passear. Fala-se em volante também e essa foi uma posição que o Cruzeiro hoje, tem cinco jogadores. Mostra que Uelliton, por exemplo, não é o jogador que deveria ter vindo. E no ataque? Ontem vimos que não temos um substituto para o Borges. Anselmo Ramon entrou e mais trombou na bola e criou algo. Sinal que é um atleta que podemos abrir mão para que venha outro.

Acredito que o Cruzeiro está muito melhor que nos dois últimos anos, até porque, pior, não teria como ficar. Para tanto, contratou jogadores, alguns por impulso e, agora, é hora de repensar a contratação desses atletas. O Cruzeiro, hoje, tem deficiências, sobretudo na lateral-esquerda e no meio e precisa de jogador que chegue ali e vista a camisa titular. Para compor o grupo, o Cruzeiro tem 34 jogadores. Precisa, agora, de atletas que venham para assumir a titularidade, chamando a responsabilidade e que ajudem o clube a ganhar taças importantes.

E, como não podia deixar de ser, é necessário que o comandante do Cruzeiro dê chance aos jogadores que realmente façam por merecer. Nome, Marcelo, não ganha jogo, não corre, não chuta. Ontem, por exemplo, era jogo para atletas velozes, sobretudo no segundo tempo. E Elber foi cortado do banco. Lucca, outra opção, não foi acionado. Foi preterido em prol de Anselmo Ramon, de quem já falei anteriormente. Além disso, o treinador do nível do Cruzeiro tem que ser mais vibrante, mais indignado, que cobre, que mostre um vigor nas partidas, que motive seus atletas. Marcelo não mostra essas qualidades que cito até o momento.