"PARA O GASTO" NO MINEIRO É MUITO POUCO PARA O BRASILEIRO

POR: MARCÃO ANTI-FRANGA

Não vou jogar o time nem o treinador aos leões. Não hoje. Mas alerto: ver o Cruzeiro, um time acostumado a vitórias e títulos, jogar somente para o gasto diante de um fraco Tupi... é muito pouco. Para o gasto no Mineiro é pouco para o Brasileiro. E jogando assim, assim como em 2015, entramos apenas para participar.

Apesar de o esquema traçado pelo técnico parecer ofensivo, a inoperância do ataque é óbvia. Pouco cria, pouco finaliza e, na hora do arremate, nada. Enquanto o treinador não exigir que os jogadores do Cruzeiro façam o goleiro adversário sujar o uniforme, os jogos serão xôxos, para "o gasto" e melhor aproveitados se vistos de casa.

Não, não irei dizer para o torcedor ficar em casa. Por mim, em todos os jogos colocaríamos 60 mil pessoas no Mineirão. Mas para ver espetáculos, não mero amistoso de luxo, treino de luxo. Não gostei do que vi ontem, principalmente no primeiro tempo. E se a cada jogo os reservas mudam a partida, de duas uma: ou quem entra de início não dá conta do recado ou o time está mal escalado.

Certo é que o Cruzeiro em nada ganha se dominar o jogo, a posse de bola. Ganha quem chuta a gol, que pressiona ou quem sabe aproveitar as chances criadas. Jogando assim, encarando os jogos como mera preparação para coisa maior, nunca chegaremos a disputar essa coisa maior. Para ganhar, temos que suar. Ontem, vencemos com um gol de sorte, em cabeçada de um baixinho e que passou entre as pernas de um defensor. Muito pouco para um time tão grande.