PROMOTOR SE DIZ SURPRESOS COM NOTÍCIAS SOBRE QUEBRA DE SIGILO

Duas notícias chamaram muito a atenção nas redes sociais no início da noite desta quarta-feira: uma suposta quebra de sigilo bancário envolvendo ex-dirigentes do clube e até atletas. Corroborando sempre pela ética e pela verdade, buscou-se, então, a palavra do promotor Daniel de Sá (à direita na foto), que não se localizava em Belo Horizonte na referida data e, ao ser indagado sobre o que fora afirmado, inicialmente, sobre a reportagem do portal O Tempo, mostrou-se surpreso.

Na visão de Daniel Sá, talvez tenha havido precipitação de quem escreveu a matéria. "Em momento algum fatos como esses citados foram ou serão exteriorizados, até porque a investigação é feita com sigilo. É verdade que podem ser utilizados todos os meios legais para a apuração completa dos fatos em, por exemplo, eventual apropriação de recursos do Cruzeiro e outros crimes", disse. "Os envolvidos serão devidamente responsabilizados, se comprovado o ilícito", completa.

Quanto à possível quebra de sigilo bancário, citado na matéria inicial referida acima, o promotor desconversou: "Quanto a isso (quebra de sigilos bancarios), é uma estratégia normalmente usada em investigacoes desse tipo, mas não poderia informar se ja foi ou será pedida no caso, nem quem seriam os atingidos. Devo resguardar o sigilo". Sem entrar muito no mérito do que foi escrito, Daniel Sá frisou, tão somente, que "quanto a essa parte de investigacao na Interpol, Fifa, etc., não tem nada a ver com a investigacao atual do MP e da Policia Civil".

Mais tarde, foi surpreendido, segundo ele, pela matéria publicada no Superesportes, que afirmou que confirmou as informações dadas pelo concorrente. "Confirmado pelo Superesportes? Gostaria de saber quem confirmou", arguiu. "O que posso dizer - e já disse na semana passada, até aos próprios torcedores que estiveram no Ministério Público - é que as investigações estavam e estão avançando bem. Nao sei de o de estão tirando essas informações (quebra de sigilo, responsabilização de ex-dirigentes e até jogadores). O que posso dizer, talvez, acrescentando, é que as investigações estão caminhando num rumo, que acreditamos ser o certo. A gente não investiga para punir A ou B ou chegar a outro. Muito menos a jogador! Temos recursos legais que podemos e devemos usar e as pistas vão nos conduzindo aos resultados. Tudo está sendo feito de forma profissional, com ética, dentro de análise de provas e documentos. O clube está nos fornecendo tudo que é pedido e temos um pessoal capacitado", analisa. "Qualquer notícia que não esteja dentro disso, na minha visão, é temerária. Como disse, nada impede de utilizarmos recursos para investigar e tudo que for preciso para averiguar o fato, o faremos", finalizou.

Por: João Vitor Viana