Sondagem por Romero é muita hipocrisia

Sondar Romero é jogar para a torcida que a diretoria pensa como ela. E não é bem assim. Não existe bobo no futebol. Aliás, até existe. Times que, por exemplo, contratam Mozart sem aval do torcedor; Felipe Augusto, Joseph e Flávio, atletas dispensados pelo América; Dudu, atacante do Primavera; enfim.

É público e notório que fizeram uma grande desgraça no passado, ferraram as contas do clube e jogaram uma história inteira na Série B. A incompetência de gestão fez essa realidade permanecer, acordando, ao que parece, dois anos depois, com a chegada de quem entende realmente do riscado. É assim com a comissão técnica e também com um diretor de futebol profissional. 2022 não será para amadores.

Isso para pelo afastamento do presidente, que vai ser um mero homem de carimbo e de assinaturas. É o que a torcida espera e sonha há anos. 

Agora, Romero? R$ 22 milhões? Só alguém com sérios problemas mentais acharia que o Independiente emprestaria o cara de graça ao Cruzeiro. Se os caras estão com problemas financeiros, como o Cruzeiro também está, vão querer fazer dinheiro com os atletas que possuem. Não emprestando de graça! Isso me cheira mais a fazer alarde com a torcida e querer que o torcedor se iluda do que qualquer outra coisa. 

Para quem viu Machado retornar, um jogador de nível baixíssimo, não pode pensar que a sondagem ao Romero seja verdadeira ou para valer. O retorno do Machado mostra a realidade do clube, que deve entender não possuir ninguém na base melhor que esse sujeito limitado.

Dois anos de hipocrisia. Para 2022 não dá.

Por: João Vitor Viana