segunda-feira, 12 de abril de 2010

CRÔNICA DO JORNALISTA

Uma hora para por a crença em campo

Por: João Vitor Viana

Nunca fui supersticioso. Pelo menos não era até o meu segundo período de jornalismo, quando minha professora de Filosofia me perguntou se eu tinha algum. Respondi que não, que isso era coisa de gente doida. Passaram-se os anos e me vi em uma fase de mudanças. Certas coincidências me fizeram mudar, aos poucos, de postura, e, hoje, já não sou o mesmo de quando tinha os meus 20 anos e dissera aquilo para a senhora Zaíra Souk.

Pricipalmente depois que voltei da Irlanda, as coisas começaram a acontecer e, ao me ver com uma camisa e aquela ocasião me proporcionara sorte, sempre que algo decisivo acontecia, a camisa estava lá. Uma camisa com um desenho de um carro, um frentista ao lado abastecendo o tal carro, com o número 23, esse que tenho como um número de sorte há tempos. Foi com essa camisa que vi a reta final do Cruzeiro no Brasileiro de 2009 e foi vestindo ela que vi o Cruzeiro quebrar tabus, vencer fora de casa times que não batia há 20, 25 anos. Mas, infelizmente (no caso da superstição) não havia descoberto seus efeitos antes da final da Libertadores contra o Estudiantes.

Superstição à parte, ou não, que cada um, se tiver uma, que use e abuse dela. É um jogo de caráter decisivo e se perender àquilo que você acha que vale a pena sempre ajuda. Tudo em prol do Cruzeirão! Tudo em prol da nossa felicidade, da felicidade de mais de 8 milhões de "fiéis". Pelo Cruzeiro, tudo lícito é válido e, se prender em superstição é lícito, então, que cada um use a sua ou se prenda à sua. Toda ajuda é válida e, como torcedor, toda crença também o é.

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