NOTÍCIA RUIM: TÁ DIFÍCIL COELHO SEGURAR MAURO
Flávio Anselmo – 14/12/10
Ao lado da boa que é a renovação do beque Gabriel, um dos esteios da defesa na volta á Primeira Divisão, o América tem a notícia pouco “hospitalar” – como diria o saudoso Olavo Leite Kafunga Bastos. Uma proposta de R$ 100 mil mensais num contrato até o final de 2011 feita pelo rebaixado Vitória de Salvador mexe com a cabeça do treinador Mauro Fernandes e fica longe dos R$ 40 mil que ele ganha no Coelho.
* Na renovação, os americanos sobem até R$ 80 mil e Fernandes balança pela beleza de Claudinha Leite e pelas pernocas de Ivete Sangalo.
MANIFESTAÇÕES DE PESAR
Surpresos, os amigos e admiradores de Augusto Ferreira Neto, meu mestre no jornalismo, reitor da faculdade da vida “ O Caratinga” onde eu e muita gente famosa fizemos nosso curso e pró-graduação, seguem com suas manifestações de pesar. O mano Fábio Paceli, de Brasília, enviou esta: “Flageraldo, mais um que pega a gente de jeito. Volto animado do Rio, onde fui participar das comemorações do centenário de nosso imenso compositor, o filósofo Noel de Medeiros Rosa, e levo o choque da notícia da morte do Augusto”.
* “Além de tudo que fez pela nossa cidade, ele foi um grande amigo da nossa família. Lembro das histórias que conta no livro eletrônico, de vários episódios ou capítulos, onde ele rememora fatos dos tempos da nossa saudosa juventude em Caratinga, que arquivei e tentarei recuperar para curtir um pouco mais a verve literária de nosso amigo Augusto. Resta a dor da saudade. Um dolorido abraço”.
* De São Paulo, vem a mensagem de Heloisa Matos, conterrânea e ex-colaboradora de “O Juízo”, suplemento de “O Caratinga”: “Flávio, só agora estou sabendo da ausência do Augusto da nossa convivência. Lembro dele com carinho. Já estou no Brasil mas passei alguns dias no limbo, tentando chegar e me encontrar antes de me aproximar dos amigos que aqui deixei. Fiz planos de procurar todo mundo assim que chegasse e ainda não o fiz. Um grande abraço”.
TÁ COM MEDO?
E daí se o Estudiantes caiu no “Grupo da Morte” que o Cruzeiro terá de enfrentar? Não será a primeira vez, nem a última que disputa a Libertadores numa chave tão complicada. Da última vez foi assim, também, e saiu na cabeça. Perdeu o título de bobeira aqui no Mineirão, diante do Estudiantes. Raio não cai no mesmo lugar duas vezes seguidas. Pelo menos é o que dizia meu avô Juca e não tenho porque duvidar dele.
* Na fase de grupo, o Estudiantes terminou como segundo dos celestes e na final, a Raposa deixou que Verón fizesse a festa aqui e levantasse a taça. Coisas da vida.
SEMPRE ELES PELA FRENTE
Nas edições passadas, o Cruzeiro enfrentou sete times argentinos diferentes: Rosário Central (1975), Independiente (1975), River Plate (1976), Boca Juniors (1977, 94 e 2008), Vélez Sarsfield (1994 e 2010), San Lorenzo (2008) e Estudiantes de La Plata (2009). Ao todo, o Cruzeiro fez 24 jogos contra eles com dez vitórias, quatro empates e dez derrotas. Marcou 31 gols e sofreu 30. O único argentino que não conseguiu derrotar o Cruzeiro nenhuma vez na Libertadores foi o San Lorenzo. Em 2008, empate de 0 a 0 no estádio Nuevo Gasômetro, e no Mineirão, 3 a 1 pró Cruzeiro.
* Até 1978, ano da Copa em Buenos Aires, onde fiquei 40 dias, acompanhei todos os jogos de mineiros na Argentina. Depois do Mundial, não voltei lá mais.
RENANS, BONS NEGÓCIOS
Os demais times mineiros poderiam perfeitamente mirar nos dois bons negócios proporcionados de graça por Dorival Júnior no Galo: o goleiro Renan Ribeiro e o atacante Renan Oliveira. O primeiro foi ato de coragem, porém sob pressão da torcida e da Imprensa alvinegra que não agüentavam mais as soluções de Vanderlei Luxemburgo pro gol atleticano.
* O segundo, puro instinto de um treinador competente. Oliveira fora defenestrado do clube visto que ninguém via mais nele as qualidades mostradas na base. Dorival viu e nas poucas partidas em que Renan Oliveira atuou pelo Vitória, emprestado.
* Os sócios investidores e o lado empresarial que tomaram conta dos clubes não aceitam outra coisa que não negócios gerando dinheiro. Os dois Renans passam agora a ocupar as prateleiras superiores de onde saem bons negócios. Menos pro clube, claro.
DIFERENÇA NO TRATO
Espero que Cuca seja diferente de Adilson Batista que limpou a casa cruzeirense dispensando ou não dando oportunidade aos garotos da base. A maioria dispensada tem qualidade e saíram com um rótulo negativo que a Imprensa celeste ajudou a colar: indisciplinados ou marrentos em excesso.
*Cito dois exemplos: o baixinho Dudu, emprestado ao Coritiba e eleito a maior revelação do último campeonato paranaense. Agora, convocado pra Seleção Sub-20 por Ney Franco, que enxerga longe. O outro exemplo: Bernardo, dito marrento e auto-suficiente ao extremo e do qual Adilson não deu conta.
* Bernardo tá de volta depois de uma regular temporada no Goiás e o Cruzeiro só fala em negociá-lo. Será que o Cuca não pretende nem vê-lo em ação aqui de perto?
COELHO NÃO TOPA
Em outra situação eu condenaria a atitude do pessoal do América ao negar-se abrir negociação com o Cruzeiro sobre os jogadores que voltarão à Toca da Raposa após período de empréstimo. Da última vez que fizeram negócio, Perrela pediu os atletas de volta e um rasgo de arrogância impressionante prometeu aniquilar o América ( hahahahah). Salvo lapso de memória, pediu desculpas depois.
Flávio Anselmo
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