segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CHARLES SENTE AS VAIAS CELESTES

O primeiro tempo da derrota do Cruzeiro para a Ponte Preta, 2 a 1, neste domingo, foi marcado pelo destempero do volante Charles, que se irritou com as vaias da torcida e chegou a dizer ao técnico Celso Roth que, se quisesse, poderia substituí-lo. Com os apoio dos companheiros, ele voltou para segunda etapa e se manteve em campo até o final da partida.

Logo depois do gol de Borges, aos 47min, que empatou a partida naquele momento, Charles foi abraçado pelos companheiros, que pediram mais paciência ao torcedor. O volante deixou o campo, tanto no intervalo quanto ao encerramento do jogo, sem conceder entrevistas.

Celso Roth disse que não houve atrito com o volante "O Charles não me retrucou, até porque eu não falei para o Charles. O que aconteceu foi que a torcida vaiou o Charles, uma ou duas vezes, e ele veio perto de mim e disse 'se o senhor quiser me tirar, pode me tirar'", explicou o treinador, que manteve o jogador em campo.

Na volta para o segundo tempo, Charles teve seu nome gritado pela torcida. “Ele é um jogador que sente muito as vaias, muito ligado ao Cruzeiro. Ele achou que a torcida pegou muito no pé dele, mas o Roth teve conversa com ele, o grupo todo teve conversa com o Charles e ele entendeu a posição. Ele realmente se abalou com os gritos da torcida”, disse o gerente de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, em entrevista à Rádio Itatiaia.

No intervalo da partida, jogadores do Cruzeiro destacaram a importância do volante. “Nós trabalhamos com ele, conhecemos ele, mas a torcida não compreende às vezes os erros. Mas ele tem todo nosso apoio”, afirmou o argentino Montillo.

O atacante Borges afirma que a torcida precisa ter mais calma com os jogadores, durante os jogos. “Não acho que deva ser dessa forma. O jogo é 90 minutos, a torcida não pode pegar no pé no primeiro tempo. Tem que deixar acabar o jogo, temos que receber incentivo ao invés de críticas”, ressaltou.

FONTE: UOL

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