POR: JOÃO VITOR VIANA
O técnico do nosso rival, Levir Culpi, tem razão em dizer que futebol é número. São 39 pontos para o Cruzeiro. Isso em 17 rodadas. O segundo colocado vem com 32, uma diferença de sete pontos, distância que nos propiciou o título simbólico do primeiro turno. Dizem que até taça tem. Mas como não somos aqueles que colocam no hino títulos inúteis como "Campeão do Gelo" e etc., voltemos à realidade. Precisamos, a cada rodada, nos distanciar mais dos nossos principais concorrentes, hoje, Internacional, São Paulo e Corinthians.
Teremos no próximo sábado, um embate muito difícil. Erra quem crê que a Chapecoense será um adversário fácil. Em campo, tudo se nivela e na base do contra-ataque podemos ser surpreendidos. Em2003 vimos o Juventude vir ao Mineirão e nos vencer. Não queiramos que outro time verde e branco faça o mesmo. Até porque, quem tem problemas com times dessa cor está do outro lado da Lagoa.
Os pés parecem estar no chão, o que me agrada muito. O Cruzeiro não é um time que se ilude facilmente, diferentemente dos nossos rivais. Sabemos que somos bons, mas provamos isso a cada jogo, seja dentro ou fora de casa. Sabemos ainda que vamos perder, sim, mas podemos ter uma reserva que nos permite não sair do primeiro lugar, posição que ocupamos desde a sexta rodada e ninguém nos tira.
O Cruzeiro tem se mostrado um time regular, com plano de jogo, com elenco e com força. Isso empolga o torcedor, o jogador, a direção e principalmente aquele que curte o bom futebol. Contra o Goiás jogamos bem. O treinador mudou bem a equipe e soubemos aproveitar as poucas chances reais criadas. Agora é focar na Copa do Brasil, na quarta, e, depois, novamente no Brasileiro. Nossa missão no segundo semestre é difícil, mas podemos conquistar, sim, as duas competições. Temos elenco para isso. Mas aos poucos, vamos fazendo as nossas prioridades.
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