sexta-feira, 11 de outubro de 2019

UM PRESIDENTE ABANDONADO



Wagner Pires de Sá venceu a eleição mais apertada da história do Cruzeiro.
Contra Sérgio Santos Rodrigues, foi eleito basicamente por causa de cinco ações:
Apoiadores de Granata, apoiadores de Lemos, apoiadores de Gilvan, apoiadores de Bruno Vicintin e força de Itair e Sérgio Nonato nos meandros políticos.
Wagner, por si só, era alguém que figurava ali, que era visto como um bobo, mas que poderia ostentar a presidência, ainda que apenas assinando.
Nunca seria a voz do clube.
Um terço dos apoiadores acabou deixando a base vencedora logo em seguida, quando viram que Itair assumiria o clube de fato e as promessas antes feitas eram, basicamente, eleitoreiras.
Gilvan e Vicintin pularam fora.
Não era para Itair voltar.
Era para Vicintin ascender e ser, posteriormente, o presisente do clube, segundo essa chapa.
Mas não foi assim que as coisas aconteceram.
Saindo dois, ficaram quatro.
Granata e Lemos, no entanto, perderam (se é que tiveram um dia) voz.
Ficaram para escanteio, com domínio de Itair, que foi afastando pessoas da gestão passada, aliados de Perrella e pondo quem queria dentro do clube, ainda que com salários astronômicos sem ter ao menos uma função.
Atos que foram minando a vida financeira do clube, juntamente com a falta de habilidade de gestão da trinca Wagner/Itair/Serginho.
Aliás, sobraram os três.
Granata e Lemos, há alguns dias, disseram que não concordavam com atos de Wagner e cia.
Mas nunca foi-se ouvida a voz deles.
Aparecem agora, como oportunistas e com discursos retrógrados.
A pressão começou.
Os aliados de Itair e Wagner viram que o barco estava afundando.
Sergio Nonato, que não é bobo e já havia ganho muito, deixou o clube.
Ganhou, assim, sossego.
Não tem mais fogos de artifício no condominio onde mora muito bem.
Sobrou Itair.
E, nesta quinta, esse sucumbiu.
Uma reunião de conselheiros, para evitar maior desgaste e buscar uma paz no clube, fez com que ele deixasse o clube.
Não se sabe, ainda, se demitido ou pedindo demissão.
Pelo contrato, tem ou não tem multa (R$ 2 milhões).
E Wagner ficou sozinho, o que, aliás, sempre esteve.
Já que nunca foi o presidente de fato, apenas alguém que assinava papel mesmo sem ler.
E fica sozinho até o final do ano.
Perrella será o homem forte até lá.
Por sinal, até o fim do ano é o tempo de convencer Granata e Lemos de antecipar as eleições para janeiro.
Digo mais: os próximos 10 dias vão determinar.
Se eles baterem o pé, uma reunião anterior vai decidir pelo afastamento do presidente, o que já era uma realidade e que Itair viu que não teria mais apoio.
Abandonando o cara que deu toda a autonomia para ele dilacerar o clube, como fez com o Ipatinga.
Agora abandonado, Wagner tem os dias contados no Cruzeiro.
Ou com afastamento definitivo ou pedindo novas eleições tendo a anuência de Lemos e Granata.
O óculos futurista, nessa altura, está quebrado.
Igual uma mamucha de laranja.

Por: Raposo Sensato

Um comentário:

Manoel Ribeiro disse...

ESSE WAGNER PIRES TEM QUE SAIR URGENTE DA PRESIDÊNCIA DO CLUBE!O CRUZEIRO É UM BARCO A DERIVA SEM COMANDO