2020 É UMA INCÓGNITA

Em termos de elenco, ao menos por contrato, o Cruzeiro não terá problemas para 2020. Aliás, poderá usar vários de seus jogadores, incluindo os mais experientes, como moedas de troca para reforçar o grupo e enxugar a folha salarial, que é muito alta para a produtividade que o time teve em 2019. Ou seja, a necessidade de mudar é grande, a de rejuvenecer o time, idem, mas será preciso inteligência para montar um elenco bom e mais jovem, mas sem dinheiro. Com parte das cotas de TV e patrocínio já adiantadas para pagamento de salários, será necessário que a diretoria seja astuta ao passo de saber negociar, valorizar aquilo que tem como ativo e se mostrar atrativo, tanto para investidores quanto aos jogadores que hoje estão em outras equipes. A fama que o Cruzeiro teve nos últimos tempos - mal pagador, na Era Gilvan, ou corrupto, na Era Wagner Pires.

Contudo, para projetar 2020, a diretoria atual - uma mescla da antiga com inserções promovidas por Zezé Perrella - terá que esperar o desfecho do time no Campeonato Brasileiro. O clube deixou escapar oportunidades únicas de vitórias que poderiam dar uma certa tranquilidade a esta altura. Logicamente o VAR prejudicou em vários jogos, mas isso não pode ser apenas o fator que nos coloca, até aqui, em 16º, posição complicada, a contar que o Fluminense está atrás de nós.

Assim, 2020 é uma incógnita, tanto para montagem de equipe como manutenção de medalhões. A pergunta que fica é: se em 2019, esses caras já não renderam, com um ano a mais irão render? E mais: caso não caia esse ano, qual a expectativa que não caia ano que vem e passe o centenário na Segunda Divisão? Seria um completo desastre. Assim, tudo vai depender desses seis jogos. Uma queda esse ano - o site Infobola coloca o Cruzeiro com 30% de chances de rebaixamento - levaria a um caos financeiro gigante, já que o clube reduziria em 90% sua cota de TV, isso porque já adiantou parte dela. Além disso, outros investimentos já foram adiantados prevendo um Cruzeiro na elite.

É esperar para ver. Já diria Adilson Batista: "Temos que aguardar".

Por: João Vitor Viana