Como já dito, aqui, inúmeras vezes, o ciclo - que nem deveria ter começado - precisa se encerrar. Aproveitando o Campeonato Mineiro, que de nada serve - a não ser para dizer que tudo está caminhando de mal a pior -, cabe ao Cruzeiro afirmar, em conferência de imprensa, a imensa besteira que fez ao trocar o treinador a partir de outubro do ano passado e, pior ainda, mantê-lo para 2025.
O planejamento foi falido. E olha que o Cruzeiro, de Pedro Lourenço, tem dinheiro. Contudo, de nada adianta colocar uma Ferrari na mão de um carroceiro. Foi isso que aconteceu. Apostaram numa filosofia que não combina com o clube, com os jogadores e com a própria lógica do futebol.
Se tem uma coisa que me irrita é dizer que "o Dinizismo exige tempo de adaptação", "que é um esquema autoral", que isso, que aquilo. Futebol é simples! Quem busca reinventar a roda após mais de 100 anos de disputas é querer acreditar que é possível trocar um pneu com o carro em movimento. Não dá. Esquema caótico que faz uma confusão tática imensa, principalmente dentro do próprio time. Ninguém sabe o que fazer em campo e, ainda, acreditam, de fato, que esse tumulto dá resultado.
Eu vi algumas publicações nas redes sociais de pessoas que ainda defendem esse rapaz. A culpa é dele, sim, se o time está confuso; se não chuta; se não marca; se não corre. Quem escala é ele, quem troca é ele, quem "treina", é ele. Ponto. Desde que chegou, conseguiu piorar o que não estava bom e tinha deixado de dar liga. Contudo, o Cruzeiro não estava jogando mal. Não estava conquistando pontos, é verdade. Mas era por detalhes, que com ajustes poderiam dar em algo. Assim que chegou, botou a banca e quis impor seu estilo com os atletas que tinha. Ao final do ano, pôs a diretoria contra a parede, numa atitude de desespero que a fez recuar de forma covarde. E deu no que deu.
Nos resta, agora, esperar. Ver se hoje haverá mudanças ou se vão continuar empurrando com a barriga essa situação ridícula, que é ver o Cruzeiro tentando jogar de uma forma que ninguém entende. A questão já não é tempo, não é qualidade do elenco. A questão é - e sempre foi - Diniz. Ainda está aí? Espero que não passe de hoje! Para 2025 ainda fazer sentido, é preciso trazer quem entenda de futebol e, ainda, dê padrão para esse time. Não precisa nem ser técnico. Acredito que o "boleiro" é até mais razoável. Saber lidar com grandes jogadores, de egos ainda maiores não é fácil. E tudo vai começar com o "arroz com feijão" que tanto temos pedido. Treinador que fizer o básico e souber explorar o que cada um pode dar de melhor, vai conseguir por a nave celeste em órbita de novo.
POR: JOÃO VITOR VIANA
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