QUINTA-FEIRA É DIA! COLUNA DO RAMON

A dura realidade celeste é pura incompetência da diretoria

Por: Ramon Lopes (ramonlamaslopes)

A cada semana que passa fica mais difícil falar do Cruzeiro. Quando a gente acha que a coisa vai melhorar, vem a incompetência dos jogadores e acaba com a festa. O último jogo poderia ter sido para lavar a alma do cruzeirense. Ao invés disso, foi um jogo que fez o cruzeirense esconder o rosto de vergonha. Não só pelo fato de ter sido goleado pelo Flamengo, mas por toda a campanha feita pelo time no segundo semestre. No inicio da temporada, nem mesmo o cruzeirense mais pessimista poderia imaginar a atual situação da equipe.

Meio a vergonha, angústia e sofrimento, jamais podemos deixar que se apague na memória o maior culpado disso tudo, que se chama Zezé Perrella. O presidente que até então fica se vangloriando de ter conseguido inúmeros patrimônios para o clube, além de títulos, pode deixar a ditadura estabelecida por ele próprio, como o presidente que rebaixou o Cruzeiro. Puxando pela memória, todos os clubes em que prevaleceu uma administração obscura e centralizada, acabaram por pagar as suas incompetências com a despromoção para a segundona: foi assim com o Corinthians, Vasco, Fluminense, Botafogo, Palmeiras entre outros grandes do futebol brasileiro.

Para quem acompanhou toda a ditadura da família Perrella no Cruzeiro, com toda certeza viu muitas coisas boas, contudo eu aposto se algum cruzeirense, dentre todos estes anos, nunca se questionou sobre as vendas na hora errada, principalmente no meio de competições importantes. A questão é que isso não vem de hoje! Desde que eu comecei a acompanhar de fato o meu time do coração, o Cruzeiro vende seus jogadores em momentos completamente impensáveis para uma administração que se diz séria e criteriosa, e infelizmente, atualmente, não mais com aqueles valores que se permitia contratar alguém que assumisse o papel do jogador negociado.

Camuflaram esta incompetência durante os dois últimos anos. Com mentiras e farsas, a atual diretoria ludibriou o torcedor com um programa fajuto de sócio torcedor, afirmando que jamais iriam precisar negociar jogadores importantes no meio da temporada. Com a crise mundial que estava no auge nos dois últimos anos que se passaram, o plano de marketing falso estava pronto. Afinal, a primeira ligação que todos fizeram era que a diretoria estava segurando a até então base de atletas montada por Adilson Batista. Contudo, durante este período não houve méritos para segurar os jogadores, afinal, a crise freou os petrodólares e consequentemente não só as contratações e vendas no futebol mineiro, mas no futebol mundial.

Em 2011, a velha falácia de equilibrar os cofres voltou a acontecer, e aí meu amigo, não poderia ter dado outra a não ser a venda de 5 atletas, sendo 4 titulares, novamente no meio de uma competição. Eu sei que é doloroso, passamos raiva, ficamos apreensivos, mas cá para nós, de cruzeirense para cruzeirense, a diretoria celeste pediu para que isso acontecesse!