POR: JOÃO VITOR VIANA
Os 21 jogos sem perder já era. Mas, ao menos, o Cruzeiro saiu classificado na noite desta quarta-feira, no Mineirão. Um jogo tenso, de um placar final de 2 a 1 para o São Paulo, mas que foi suficiente para o Cruzeiro passar de fase. A torcida fez sua parte do início ao fim, muito diferente do nível do futebol mostrado pelo Cruzeiro em campo. E desta vez não tem desculpa de cansaço. Jogou bem menos que o São Paulo e se não fosse algumas defesas de Rafael, a sorte e a incompetência de alguns jogadores do time paulista, algo pior poderia ter ocorrido. Literalmente, o Cruzeiro jogou com o regulamento debaixo do braço.
O Cruzeiro iniciou o jogo dormindo e foi sendo engolido pelo São Paulo, que mostrou, desde o início, vontade de jogar. O Cruzeiro, com a vantagem, tentou cozinhar o jogo. E o diferencial de atitude resultou no placar da primeira etapa: 1 a 0 para os visitantes, marcado por Lucas Pratto.
Na segunda etapa, o Cruzeiro voltou melhor, mais atento. Cresceu nas adversidades, empatou em cobrança de falta, de Thiago Neves, mas voltou a recuar e esperar o São Paulo. Perdeu chances de matar o jogo e a partir dos 30min do segundo tempo, abdicou da partida novamente. Passou a tocar bola, engalobar o jogo, deixar o tempo passar. E nessa "plasta", nessa nhaca de vontade, o São Paulo fez mais um, com Gilberto. Antes do tento, por duas vezes o ataque visitante parou em duas defesas de Rafael. O goleiro celeste já havia, no primeiro tempo, feito uma defesa excelente em chute de Pratto.
No fim, quatro minutos de acréscimo, que revoltou o técnico Rogério Ceni, que queria mais tempo, devido aos minutos "perdidos" com a contusão do zagueiro Manoel. Faltando os quatro minutos finais, viu-se apenas chutões e desespero do São Paulo. A derrota acabou se confirmando com o apito final do árbitro, que teve atuação bem contestada pelo São Paulo e também não agradou aos cruzeirenses. A derrota aconteceu, mas a classificação veio. À duras penas, é verdade. Mas veio.
Alterações
Não entendi, novamente, a substituição de Mayke por Henrique. Sem Hudson no meio, o Cruzeiro perde na marcação. Melhor seria ter colocado Romero. Na zaga, Caicedo entrou e deu conta do recado. No ataque, Alisson não acrescentou em nada.
Sorteio
O Cruzeiro, agora, aguarda o sorteio para saber quem será seu adversário nas oitavas de final. Isso acontecerá amanhã, às 12h, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. As equipes que disputam a Libertadores ficarão no Pote A e não poderão se enfrentar nessa fase. Poderão haver, assim, confrontos regionais.