terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Chega! Centenário é na B

 O Cruzeiro desistiu de subir. Ponto. Não há matemática que ateste o time estar na elite no ano que vem. Bem no início do jogo, recuou depois de fazer 1-0. E viu o time da casa, ainda que desfalcado de sete atletas, crescer e virar um jogo. Um frango do goleiro e a ascensão adiada por um ano.

O Cruzeiro iniciou bem o jogo, ainda que mal escalado, com Thiago em campo. Era para ter começado com Pottker mais avançado com Caike e Airton abertos. Felipão não quis. Ainda assim, na sorte, saiu o 1-0, com Manoel, o mais lúcido em campo.

No segundo tempo, porém,  o Cruzeiro se perdeu. Desde a primeira etapa, depois de fazer o gol, o time recuou, permitiu avanços dos donos da casa, mas que, por incompetência, não ameaçaram. Já na segunda etapa, o Cruzeiro conseguiu ser pior e, com modificações estranhas, permitiu a Ponte vencer a partida. Primeiro, num vacilo de marcação. No segundo, num frango descomunal de Lucas França. Depois disso, partiu para o desespero e pouco fez.

Ver Sassá em campo dá dó. Giovane, gordo, não pode se solução. E se o Moreno, sem para ser reserva do reserva serve, que ele peça para ir embora. Sinceramente, uma rodada favorável e o Cruzeiro chutou o acesso para o inferno. 2021 será na Série B e ponto final.

 

PONTE PRETA 2X1 CRUZEIRO

 

Ponte Preta

Ygor Vinhas; Apodi, Luizão, Ruan Renato e Guilherme Lazaroni; Barreto, Vinícius Zanocelo e Camilo (Bruno Reis); Moisés, Bruno Rodrigues (Yuri) e Matheus Peixoto (Wanderley). Técnico: Fábio Moreno

 

Cruzeiro

Lucas França; Cáceres, Manoel, Ramon e Matheus Pereira; Adriano, Jadsom Silva (Régis) e Filipe Machado (Giovanni); Airton (Arthur Caíke), William Pottker e Thiago (Sassá). Técnico: Luiz Felipe Scolari. 

 

Gols: Manoel, aos 8’1ºT; Luizão, aos 20’2ºT; Bruno Rodrigues, aos 25’2ºT

Cartões amarelos: Vinícius Zanocelo (Ponte Preta); Airton, Giovanni (Cruzeiro)

 

Motivo: 31ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro

Local: estádio Moisés Lucarelli, em Campinas-SP

Data e horário: 22 de dezembro de 2020 (terça-feira), às 21h30

Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC/CBF)

Assistentes: Alex dos Santos e Helton Nunes (SC/CBF)

 

Por: João Vitor Viana

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Cinco jogos derradeiros



Vai chegando a reta final da Série B do Brasileiro e, bem ou mal, o Cruzeiro sempre nos dá aquele fio de esperança. Combinado com uma série de bons resultados, o Maior de Minas reduziu para sete a distância para o G-4, afastando-se, por conseguinte, do Z-4. Aliás, quem está por ali parece querer não sair. Caso, por exemplo, do Paraná, que chegou a figurar entre os quatro primeiros, mas que caiu como uma jaca para a rabeira e de lá não deverá mais sair. Junto ao Oeste, Botafogo-SP e Náutico, o clube paranista, hoje, é o pior time da competição, com oito derrotas seguidas.

Já na parte de cima da tabela, que incluo o Cruzeiro, a disputa está acirrada. A aglomeração entre o terceiro e o 11º tem diminuído e uma sequência de bons resultados pode mudar, e muito, a atual situação dos clube. Vencedor no confronto contra o Vitória, o Cruzeiro chegou aos 38 pontos, sete a menos que o Sampaio Corrêa, hoje o quarto colocado. A distância para o G-4 era de nove pontos.

E como a reta final promete ser um teste para cardíacos, o Cruzeiro terá, nas próximas cinco rodadas, cinco adversários diretos. Dentro e fora de casa, a Raposa terá que pontuar  e vencer a maioria. Com 12 vitórias, é um dos times cinco que mais venceu na competição, atrás somente de Chapecoense (16), América (15), Sampaio Correa e CSA (13). Contudo, a matemática celeste é simples: em cinco jogos precisa fazer, ao menos, 11 pontos. Ou seja: vencer três e empatar duas. Com 49 pontos, certamente a distância para o G-4 terá sido reduzida, possivelmente para cinco ou quatro pontos.

O maior problema do Cruzeiro tem sido a falta de regularidade, encontrada, talvez, tardiamente, com Luiz Felipe Scolari. Visitante indigesto, o Cruzeiro não tem aproveitado o "fator campo" e deixou escapar preciosos pontos no Mineirão. Diante do CSA, nesta terça-feira, o palco será outro: o Independência. Para cortar custos, foi definido que o estádio do América será o local onde o Cruzeiro mandará seus jogos até o final da Série B.

Próximos jogos:

CSA (C)

Avaí (F)

Ponte Preta (F)

Cuiabá (C)

Sampaio Correa (F)

 

Por: João Vitor Viana

Cruzeiro está na briga. Mas precisa vencer e continuar subindo



O Cruzeiro nos faz sonhar.

Em ano atípico, quase perdido pelas inúmeras burradas de contratações/demissões de jorgadores, treinadores e dirigentes, o Cruzeiro, finalmente, nos faz sonhar.

Vence quando não esperamos tanto.

É compacto quando se espera que não seja.

Mas, o problema, é que quando a gente espera que ele vai, ele fica.

E aí vem aquele sentimento de frustração.

Por mais que não esteja jogando bonito, os pontos estão vindo.

Felipão pegou o time com 13 pontos.

Já estamos com 38, numa escalada matemática maluca, que poucos acreditavam.

E aí vem o sonho de, em 2021, ano do centenário, a gente possa estar entre os melhores.

Duas vagas já foram definidas.

A não ser que aconteça uma tragédia, Chapecoense e América estarão na elite do futebol em 2021.

E, hoje, a meta é tirar dali ou Juventude ou o Sampaio Correa.

Temos que ir para cima. 

Para o jogo contra o CSA, Potkker e Stênio serão opções ao treinador e Jadsom também volta de suspensão.

Time mais coeso, mais tarimbado, com mais opções, inclusive no banco.

Hora de vencer mais uma e sonhar.

Ainda dá.

 

Por: João Vitor Viana

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Remédio ou placebo?




Entra ano, sai ano, e o tal do Queiroz continua prestigiado.

Não tem quem consiga explicar, de fato, a razão de tanta influência dentro da Toca da Raposa. Nem com toda a revolta da torcida, nada parece abalar os dirigentes que defendem Benecy Queiroz, mais do que a perda de seis pontos na Fifa.

O último a rezar a cartilha foi Sérgio Santos Rodrigues, alçado a presidente, pregando transparência e uma gestão "apaixonadamente profissional". Quando foi indagado sobre o inchado departamento de futebol e a função de Queiroz no começo de setembro, Sérgio fez uma defesa eloquente do dirigente. Entre os elogios, chamou Benecy de referência, que na CBF/ FMF ele é adorado por todos, que seu trabalho em supervisão e logística são enaltecidos nas entidades. 

Porém, toda essa capacidade não foi levada em conta no organograma de futebol do clube, apresentado um mês depois, quando Queiroz foi "deslocado" do futebol para ser caseiro...digo, administrador da Toca II. Para uma gestão que preza pelo profissionalismo, abrir mão de uma referência do setor, soa como algo, pelo menos, controverso. 

Ontem, mediante as graves críticas do deputado e ex-dirigente, Leo Portela, sobre um suposto esquema de desvio de material esportivo do clube, que indica Queiroz como o cabeça, fica praticamente impossível não questionar o prestígio que Benecy ainda nutre dentro do Cruzeiro. E aí, Sérgio "Gel" Santos Rodrigues?

Tenho muitas ressalvas ao deputado, mas lembramos que o mesmo também é advogado. Por isso, acredito que não faria acusações tão sérias senão tivesse provas ou indícios muito fortes sobre o caso. A questão é saber quais serão os desdobramentos da gestão transparente e apaixonadamente profissional sobre a situação. Acredito que todo mundo tenha direito a ampla defesa, como está assegurado na nossa Constituição, mas se Queiroz não for, no mínimo, afastado do clube até que tudo seja investigado e sua culpa ou inocência decretadas pela justiça, será a desmoralização total da atual diretoria do Cruzeiro.

Se levarmos em conta as atuais atitudes do presidente, Queiroz provavelmente, sairá ileso de mais uma de suas presepadas. A impressão que me passa é que, ou Sergio tem medo de botar o dedo nas feridas do clube para não "melindrar pessoas cujo o apoio é importante" ou ele faz parte dos conchavos da velha política, que derrubou o único gigante de Minas.

Sérgio precisa se decidir logo: se é remédio para o clube ou Placebo. Até agora, o Cruzeiro continua doente.

Por: Marcello Zalivi