terça-feira, 1 de outubro de 2024

OPINIÃO: Preocupante as declarações de Pedro Lourenço. Entenda!



De antemão digo que o Cruzeiro mudou de patamar nas mãos de Pedro Lourenço. Ousadia e alegria marcam a trajetória do dono do Cruzeiro. Se com Ronaldo os investimentos eram módicos, outros, porém, eram certeiros. Aos poucos Pedro tem deixado essas certezas de lado e volta a gerenciar o Cruzeiro como outros, do passado.

A recente declaração - que vai contratar três atacantes de peso para 2025 - precisam ser bem explicadas. Não que o Cruzeiro tenha que entrar para a próxima temporada com o que tem hoje. Precisa, sim, melhorar, qualificar, principalmente o ataque, zaga e meio-campo. No entanto, deixa uma pulga atrás da orelha quando a base, sequer, é citada. Aliás, Ronaldo fez um trabalho exemplar na reformulação da sucateada categoria, que ficou à margem do razoável nas três gestões anteriores.

Quando é anunciado que serão contratados jogadores de ataque, o que pensar sobre, por exemplo, a reintegração de João Pedro e Fernando, jóias que parecem ter cometido um crime? E o que falar de Tevis, Kenji e Ruan Índio? Vão ficar emprestando e, depois, perdê-los, como tantos outros que saíram daqui e foram aparecer em outros clubes valendo milhões?

O Cruzeiro precisa se reforçar, mas também olhar para a base. Precisa manter o investimento no futebol feminino e não fazer o que o Atlético, por exemplo, fez e faz: desmoralizar o esporte, deixando ser apenas uma obrigação. 

Ronaldo se importava com a base, com o feminino e com a gestão responsável. Pecou em não investir mais e preocupar tão somente com o lucro futuro. Pedrinho não se preocupa com o futuro: é imediatista, torcedor, apaixonado e, por vezes, emocional demais. O equilíbrio é fundamental para uma gestão eficiente. O dinheiro é dele? Verdade. Ele pode queimar, limpar a bunda, jogar fora, rasgar euros diariamente? Sim. 

Mas o que a cerne do Cruzeiro foi sempre formar, trazer esse sentimento de pertencimento aos meninos da base, que ficam, às vezes, 10 anos. Vivem e respiram Cruzeiro desde cedo com um nítido sonho: ser atleta profissional do clube. Menos de 1% consegue. E há talentos aos montes.

Que Pedrinho invista, mas também permita ao clube revelar atletas, formá-los e vendê-los. São, também, fonte de renda. Que tenhamos, em 2025, jovens sendo testados no Mineiro e, quem sabe, assumindo, em breve, protagonismos. O Brasil revela talentos diariamente. Perdemos o Brasileiro sub-20 porque o Palmeiras leva a base a sério há tempos. Por aqui perdemos Vitor Roque, Estevão, Bruno Viana, Éderson, Roni e tantos outros. Mais de R$ 1 bilhão em valores atuais. Será mesmo que vale à pena voltar a sucatear uma mina de ouro? Pensa, Pedrinho!

JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

OPINIÃO: Cartão de visita deixou a desejar e mostrou um Cruzeiro covarde e atrasado em mudanças



Fui ao campo para ver Cruzeiro x Libertad e sai de lá sem voz. Não por gritar pelo Cruzeiro, mas por raiva da forma como o time jogou, com as alterações que o treinador fez e como em pouco tempo o time involuiu ainda mais.

Vão dizer: "Ah, mas foi só o primeiro jogo, você está sendo muito duro". Eu acho, sinceramente, que o futebol é simples. Não é necessário inventar a roda. Lateral é lateral, meia é meia, goleiro defende, zagueiro marca e, em alguns momentos, tenta o gol numa bola parada. Mas para alguns treinadores, o meia tem que jogar atrás de volante, o lateral é quase um meia e o atacante, se não está na área, está marcando. Difícil.

Ontem algumas monstruosidades do dinizismo já pôde ser notada. O posicionamento de Matheus Pereira, extremamente recuado, iniciando jogadas o tirou de perto da área, onde costuma ser letal. A marcação distante permitiu ao time sub-60 do Libertad de criar e não vencer o jogo por causa de uma defesa fantástica de Cássio. E olha que levamos gol e um quase aposentado de 43 anos!

Mas outros dois pontos também chamaram a atenção: Romero, com oito minutos, foi amarelado. Você, com Walace no banco, não mudaria no intervalo? Diniz preferiu correr o risco e por culpa dele, ficou com um a menos. Lerdo para  mexer, ainda foi mais covarde e incompetente quando ao levar o gol de empate, tirou Matheus Pereira e pôs um zagueiro. O que pensar disso?

Pois é. Recuou todo o time, tirou todos os atacantes e preferiu empatar o jogo, garantindo a classificação às semifinais com um futebol pobre e cretino. Não vou passar mão em cabeça de treinador retranqueiro. "Ah, mas ele é ofensivo!". Contra o Libertad o Cruzeiro fez um jogo terrível, um dos piores do ano. Se repetir esse tipo de jogo e postura vai passar perrengue no Brasileiro e pode esquecer título de Sul-Americana!

O Cruzeiro tem uma veia ofensiva. O que se viu em campo, contra um time de asilo, foi um time preguiçoso, sem ambição e jogando por resultado. Jogo fraco, que não merecia nenhuma palminha no final. Sair de casa, andar uma distãncia grande, pagar caro no ingresso, caro no consumo, exige do torcedor muita paixão e disposição numa quinta-feira, às 21h30. O torcedor não quer mais ver isso. Terminar o jogo sem nenhum atacante e quase levando o segundo gol foi um cenário lamentável de um jogo tecnicamente fácil de ser vencido e até ótimo para uma estreia. Mas Diniz quer ser o diferentão. A voz, hoje, está ruim. Garganta emitiu muitos sons, maioria deles de baixo calão, para uma postura pífia e alterações bizarras de um técnico que nunca gostei.

JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Chegada de Diniz: primeiro jogo ainda não será base para nova filosofia



A "Era Diniz" vai começar, oficialmente, nesta quinta-feira (26/9), diante do Libertad. Com caminho facilitado pela vitória no Paraguai, o Cruzeiro pode até mesmo perder por um gol de diferença. Mas conhecendo o histórico de Fernando Diniz, isso sequer passa pela cabeça. 

Uma das principais críticas ao xará, Seabra, era na escalação. Quando definiu um esquema de jogo e os 11 titulares, o Cruzeiro chegou a voar em campo, com Barreal de meia, Arthur pelas pontas e um centroavante como referência, tendo Matheus Pereira como principal jogador. No entanto, Seabra, com o tempo (e quanto mais tempo tinha, pior o time ficava), foi alterando esta forma de jogar. Chegou a por Zé Ivaldo de lateral, Vitinho de atacante, entre outras bizarrices. Logicamente ainda teve problemas com muitas lesões, como a de Dinenno, que só volta em 2025.

Já Diniz, em sua primeira entrevista, não fugiu de nenhuma pergunta. Inclusive afirmou que vai fazer Cássio jogar com os pés, se tiver que improvisar, vai fazê-lo, "tudo em busca do melhor para o time". Disse também que o seu maior desejo é "potencializar os atletas para que rendam o seu melhor".

Mas isso não vai acontecer de cara, ok, torcedor? Não adianta achar que num passe de mágica o Dinizismo será implantado. As "loucuras" do novo comandante, que passou por aqui em 2004 como jogador e não deixou saudade alguma, acontecerão com o tempo. A intensidade, gana, vontade, talvez vejamos com o decorrer dos jogos. 

Filosofia no futebol requer tempo, somente tempo. Como o próprio Diniz disse, o trabalho acontece quando se ganha o tempo. E o tempo se ganha com vitórias e títulos. Então se vive o presente, jogo a jogo, consertando aquilo que se julga errado e optando pelos melhores em campo.

Diniz se mostrou bem sóbrio na entrevista, falou que vai observar a base - o que Seabra pouco fez mesmo sendo oriundo de lá - e que vai implantar seu estilo "autoral" com o tempo. O entretenimento será garantido e o coração... estejam com os exames em dia.


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Diniz anunciado: até quando o gás dele vai durar?



Sai um Fernando, chega outro. Um que não gosto, não queria aqui, mas que a diretoria está acreditando. Não é um etsilo que me agrada, mas que, de início, costuma dar certo e engrenar. O maior problema é que, com o tempo, o gás vira flatulência e, junto a isso, a torcida tende a pedir a cabeça do treinador, que inventou um estilo denominzado "Dinizismo", muito questionado, inclusive. A pergunta que fica: até quando ele fica?

Com alguns lapsos na carreira, Diniz não era o nome preferido das enquetes. Luís Castro aparecia como primeira opção em todas. Mas vai lá saber quanto ele pediria (ou pediu) para assumir a Raposa? Então aparece o nome de Diniz, atual campeão da Libertadores, mas que nos últimos trabalhos saiu bem pela porta dos fundos por onde passou - e também pela Seleção Brasileira.

É favorável ao goleiro ser um jogador que participa do jogo com os pés, de uma marcação pressão de todos os atletas e de uma invenção de moda tática, inclusive com improvisações que só ele acredita que dá certo. A teimosia - um dos motivos que levou Seabra a ser demitido - é uma praxe de Diniz, que também é adepto dos palavrões, gritos, discussões no campo e briga com adversários.

Se esse é o perfil procurado pela direção, bom, é o que vai. Contrato até final de 2025, com a chegada de alguns auxiliares. Começa a trabalhar já nesta terça-feira e estreia na quinta, contra o Libertad.

Que a passagem como treinador não seja como a de jogador, quando não deixou a menor saudade.

POR: JOÃO VITOR VIANA

Seabra demitido: caiu por insistir com Ramiro, ir contra a torcida e planos da diretoria




Fernando Seabra não é mais técnico do Cruzeiro. Caiu do cavalo por sua própria teimosia, insistência naquilo que reiteradamente dá errado e, ainda, com discurso pós-jogo que ratificava os próprios erros. Diante do Cuiabá, 19º colocado, com apenas 10 pontos conquistados em sua casa, o Cruzeiro optou por jogar com um esquema que não joga, atletas sem ritmo e, pior, vários que a torcida não quer ver nem pintado de ouro. O capitão? Ramiro, que jogou todo o jogo. Caiu abraçado com o "filhote".

Tudo isso, aliado aos últimos 10 jogos, de exibições questionáveis até quando venceu, fez com que a diretoria mudasse os planos. Não se sabe, porém, se já tinham em mente um novo treinador para esse ano. Certamente para 2025 Seabra não continuaria. Contudo, devido ao alto investimento feito e a ambição da diretoria, que é disputar a Libertadores em 2025, os planos foram antecipados.

Seabra, na verdade, nunca fez parte dos planos da direção. Quando mudou de dono, o Cruzeiro o manteve por causa dos resultados e pelo desempenho da equipe, naquele momento, até supreendente. No entanto, reforçado, o time perdeu o poder de fogo, a gana e a vontade que mostrava antes. Seabra perdeu o vestiário, passou a insistir nas próprias convicções, ainda que falhas, e defendê-las em entrevistas bisonhas no pós-jogo. Ao ver Ramiro de capitão eu desisti do jogo antes mesmo de ele começar. 

E sinceramente, as duas últimas vitórias, contra Boca e Atlético-GO ainda são questionáveis. O Boca jogou com um a menos a partir de 10 segundos de jogo. Ainda assim quase arrumou um empate no fim. O laterna goianiense perdeu por 3 a 1, mas desperdiçou uma penca de gols cara a cara com Cássio, mostrando o porquê de ser o pior time disparado do Brasileiro.

Já nos outros jogos, exibições sonolentas, escalações questionáveis e mudanças fora da realidade. Sob o pretexto de poupar atletas devido ao desgastante jogo contra o Libertad, no Paraguai, nem a diretoria acreditou. Afinal, antes o Cruzeiro teve 15 dias para se preparar e, diante dos reservas do São Paulo, mais uma derrota. Ontem o Inter mostrou o que se faz contra eles, como bem lembrou meu amigo Vitor.

Aliás, falando em amigo, outro, Leonardo Melo, disse ter sido precipitado demitir o Seabra nesse momento. Já até argumentei: imagina você investir R$ 180 milhões e ver uma pessoa gerenciar seu dinheiro com Ramiro sendo titular. As chances de você recuperar esse dinheiro vão minguando a cada jogo. E Pedrinho, que demitiu Pepa sem mesmo ser presidente, não vai ficar esperando de braço cruzado. Até porque não é todo dia que há, disponível no mercado, nomes como Luís Castro e Sampaoli. Não acredito em Luxemburgo, Felipão ou Renato. Para 2025, Portaluppi até poderia vir e montar. Mas para 2024, não deixa o Grêmio na mão antes de garantir os 45 pontos.

Agora, se inventarem de trazer Fernando Diniz...data de validade será antes do final do contrato. 

POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 17 de setembro de 2024

OPINIÃO: Sobre Seabra, já estou revendo meus conceitos



Há alguns dias publiquei que a demissão de Seabra era uma situação inócuo. Contudo, após duas semanas podendo preparar o time, recebendo do departamento médico atletas antes fora de combate, vimos um jogo pífio diante dos reservas do São Paulo. Jogo em dia e horários ruins, com ingresso mais caro que o normal para, no final, vermos uma apresentação sem alma, sem esquema, sem vontade.

Não adianta, ao final, Matheus Pereira vir pagar de protetor de treinador não. Tecnicamente o time é bom, mas perdeu o conjunto que, quem dá, é o treinador e sua comissão. O que foi feito nessas duas semanas? Parece até que o ano terminou. Agosto tivemos uma sequência terrível e, agora, novamente vamos tropeçando, perdendo posições importantes na tabela e vendo adversários, com reservas, nos passando e se distanciando.

Nosso ataque, vou te contar, está uma água. Muita gente comemorou a saída do Arthur Gomes, mas era o melhorzinho que tínhamos, inclusive um entrosamento ótimo com Matheus Pereira. A força pelos cantos se perdeu após sua saída. Lautaro, há tempos, já mostra ser jogador de segundo tempo. Isso quando muito. Burocrático, o Cruzeiro precisa se reencontrar. Sem Barreal, o time se engessa. A necessidade de colocar Romero e Walace juntos é, na medida proporcional, o mesmo que Lucas Silva com Ramiro. Não pela técnica em si, mas porque fazem a mesma função e, juntos, não rendem quando jogam se alternando. Se bem que no caso de Lucas Silva e Ramiro, tanto faz como tanto fez.

Por fim, temos que assistir/ouvir comentários fora da linha do treinador no pós-jogo. Parece que não enxerga o mesmo jogo que nós. Vê uma outra realidade. Falta raça, vontade, gana de vencer. Parece que não há ambição no time. A Libertadores é possível. Tecnicamente temos essa possibilidade. Mas de nada adianta o torcedor acreditar, ir ao campo, pagar caro, apoiar, se o técnico e o time inteiro trabalham de forma contrária. A cobrança é normal, lógica e uma consequência do resultado. Sim, futebol é resultado e isso que faz com que o planejamento para a temporada seguinte aconteça. 

O que iremos disputar? Sul-Americana? Libertadores? Que voltemos à maior competição da América do Sul! Eliminamos, esse ano, o atual vice-campeão. Poxa, não é pedir demais que o time volte a jogar bola. Quinta tem o Libertad, no Paraguai. Se jogar o que jogou contra o São Paulo, vai ser muito sofrimento. Cabeça no lugar, coração na ponta da chuteira e vontade. Muita vontade. A única entrega que vemos atualmente é a de pontos que escorrem pelos dedos de uma forma bem traumática. Acorda, Cruzeiro! Acorda, Seabra!

POR: JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Estamos a 11 mil sócios do paraíso!



A torcida do Cruzeiro é diferenciada! Afinal, comprou mesmo a história de Pedrinho e Alexandre Mattos e, a cada dia, está crescendo o número de sócios.

Nesta quarta-feira (11/9), o número de sócios passou de 89 mil, número histórico e que aproxima da meta de 100 mil, estabelecida como número que vai ajudar, e muito, a termos um time mais forte em 2025. 

Para o próximo ano, o Cruzeiro deverá investir cerca de R$ 200 milhões em contratações, além de liberar atletas em fim de contrato. A economia não apenas vai propiciar um fôlego na folha, como ainda trazer atletas de melhor potencial e mais jovens, que poderão render, ainda, lucro no futuro, o que aconteceu, por exemplo, com Arthur Gomes, negociado com a Rússia por cerca de R$ 36 milhões, podendo chegar a R$ 42 milhões em metas.

Se você ainda não fez o seu sócio, não perca tempo! Sempre que a torcida esteve próxima ao clube, tudo ficou mais forte. É hora de estarmos cada vez mais juntos, confiar no processo, no elenco, na direção e na comissão para chegarmos às metas para o ano que vem.

Queremos estar na Libertadores. Juntos isso fica mais perto!

Seja sócio! Estamos na reconstrução de um gigante!


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

OPINIÃO: Como é ruim duas semanas sem Cruzeiro!


Ê Cruzeiro! Que falta você faz! Fim de semana sem jogos, meio de semana, idem. Os aventureiros do futebol, que sabemos quem são, loucos para criar crise ou xingar fulano ou cicrano, estão em pãnico. Os que gostam do clube e compraram a reconstrução, ávidos pelas partidas, gols e mais pontos. Em quinto lugar na tabela, a vontade de ver o Cruzeiro de volta à Libertadores é o que mais nos motiva a querer mais e mais jogos. Contudo, as datas Fifa, desta vez, paralisaram o Brasileiro. Teremos que aguardar mais um tempo. Enquanto isso, ver jogos deploráveis dos queridinhos do Dorival, que em nada representam uma seleção.

Nesse meio tempo, no entanto, há um lado positivo. Jogadores que antes se encontravam machucados, vão poder se recuperar e reforçar o elenco, prejudicado, principalmente, no setor ofensivo, onde duas peças importantes foram perdidas: Dinenno, machucado, e Arthur Gomes, vendido. Verón e Lautaro estão retornando e já deverão estar em campo, contra o São Paulo.

Outro lado importante é o equilíbrio físico entre os atletas, principalmente aqueles que chegaram depois e estão ainda, nitidamente, abaixo dos demais. O Cruzeiro, no segundo tempo, tem mostrado esse déficit físico. 15 dias de treino serão fundamentais para uma guinada final da Raposa.

Enquanto isso os torcedores ficam aguardando, se entretendo com outros jogos, outros esportes, outros times. Digamos que a concentração é um pouco dolorosa, desenvolve na torcida aquela ansiedade mais sentida entre dezembro e janeiro. Mas como tudo tem um lado positivo, vamos nos ater por esse lado.

Que o jogo contra o São Paulo e, depois contra o Libertad, sejam propulsores de um sucesso adormecido por anos, em momento que o Cruzeiro hibernou para, depois, ser uma espécie de fênix.


POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Saída do Seabra é uma discussão inócua. Entenda!



Vários são o grupos de WhatsApp que ficam debatendo, apontando isso, aquilo sobre o Cruzeiro. Já há algum tempo, a saída do técnico Fernando Seabra é uma das principais discussões. Sinceramente, não faz sentido.

Eu mesmo, por alguns momentos reconheço que o caminho estava ficando bem torto. Passar um mês inteiro sem vencer no Brasileiro é um absurdo, principalmente quando os adversários, em sequência, não eram tudo isso. Ver escolhas ruins, como por Ramiro e Lucas Silva no mesmo time, Zé Ivaldo de lateral e diversas outras bizarrices irritaram. Os resultados, inclusive, não vieram.

Contudo, veio uma classificação na Sul-Americana contra um time tradicionalíssimo, o Boca Jrs., ainda que após um segundo tempo fraco. Contra o Atlético-GO, o Cruzeiro deu muito espaço e só não levou mais gols por ruindade do adversário. No entanto, considerando uma série de fatores, é perciso dar crédito não apenas ao técnico, mas ao time e à direção.

Há várias pessoas questionando Alexandre Mattos, Pedrinho e cia. também. Movida por uma paixão imensa, a torcida, por vezes, é cego. Quer algo perfeito num muito totalmente imperfeito. Uma fase ruim acontece com o melhor e com o pior clube; com o melhor e o pior jogador. Matheus Pereira, que voou boa parte do ano, oscilou junto com o time, principalmente nos últimos jogos. Coincidência? Talvez. Mas sem seu melhor atleta bem, o Cruzeiro também tende a cair de rendimento.

Além disso vieram lesões. Dinenno e Japa só voltam em 2025. Verón e Lautaro devem voltar só no próximo jogo, após um tempo fora. Além disso, Arthur Gomes está de malas prontas para a Rússia e alguns atletas também caíram de rendimento.

Seabra tem que buscar, dentro do elenco, as soluções, o que muitas vezes não tem. O clube não possui, hoje, um lateral reserva. No último jogo, Dorival, da base, foi selecionado. Aliás, eu o teria colocado contra o Internacional. Vi várias partidas dele no sub-20 e tem muito potencial. Quando olha para o banco, Seabra se vê com Lucas Silva e Romero. Japa, uma solução melhor, se machucou e não joga mais no ano. Quem sabe Jhosefer nã vire uma opção também?

Falando em base, não entendi porque Tevis foi chamado para compor o grupo e Kenji não. Com números fabulosos em 2024, o filho do ex-jogador Kleber (lateral-esquerdo que passou por Santos, Corinthians e Inter) tem feito bonito na base. Além disso, devido às lesões, o Cruzeiro bem que podia trazer João Pedro de volta. Atacante veloz, seria uma boa opção no atual momento do clube, que não vai mais se reforçar até o fim do ano.

Dessa maneira, Seabra se encontra com uma série de fatores. Por muitas vezes tomou a decisão errada. No entanto, o Cruzeiro está em quinto e pode, em breve, entrar no G-4. A torcida precisa estar ao lado, parar de pedir a cabeça desse ou daquele. Desde 2022 estamos em reconstrução e, agora, o presidente é alguém apaixonado. O trabalho de Seabra será avaliado ao final do ano. Em 2023, o ex-diretor de futebol, que me recuso a falar o nome, preferiu pel saída de um técnico que, ao lado de Autuori, tirou o Cruzeiro do risco de queda e, ainda, classificou para a Sul-Americana. 

Torcedor tem que ter uma memória mais longa e parar de querer imediatismo. Futebol não é mágica e não se transforma a água em vinho. São processos. E o Cruzeiro está no caminho. Precisa, sim, de ajustes, de convicções, de consciência tática e mais eficiência e intensidade. E outra: se hoje estamos brigando na parte de cima da tabela, muito se deve ao trabalho da gestão, tanto do futebol quanto de vestiário. É preciso ter paciência. Não estamos no Z-4.


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O Cruzeiro tem que parar de errar de forma grotesca. Principalmente com escalação bizarra!




Ramiro nã dá. Pode ser um cara bacana, de grupo, mas não tem como ser titular. Nem ele, nem Lucas Silva. Seabra, quando "dá a louca", tem a capacidade de colocá-los juntos. Um absurdo! Algo bizarro! Resultado dessas opções que qualquer cego enxerga é jejum no Brasileiro, atuações abaixo e questionamentos do torcedor. É para mudra o treinador? Não! Mas se ficar insistindo naquilo que dá errado, terei que mudar de opinião.

Eu entendo que a sequência de jogos faz com que um ou outro jogador tenha problemas musculares ou não renda a mesma coisa em partidas seguidas. O jogo contra o Boca exigiu muito dos atletas. No entanto, a queda física no segundo tempo tem sido algo real e isso precisa mudar.

Diante do Inter, atuação pífia. Diante do primeiro tempo contra o Vitória, outro desastre. É preciso identificar os problemas. A formação do time ideal todo mundo sabe. Contudo, quando se perde um titular, dependendo da posição, é um "Deus nos acuda". No próximo jogo, de novo contra o Inter, mas no Mineirão, Romero e William estão fora por suspensão. Não há um lateral-direito para substituir o titular. E aí? Ramiro? Lucas Silva? Pelo amor de Deus! Não! No meio, Walace deverá começar o jogo. Matheus Pereira também retorna.

O Cruzeiro tem que parar de errar. Estacionou no Brasileiro e a cada rodada vê adversários passando e os lá de cima se distanciando. É preciso voltar a fazer o "feijão com arroz". Atualmente parece que o time esqueceu o futebol, que chegou a encantar em alguns momentos. Se há algum problema interno, que se resolva. O ano nos reserva muita coisa. E o torcedor quer e merece algo a mais!

POR: JOÃO VITOR VIANA 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Cruzeiro x Fortaleza: uma receita que não deve mais ser repetida, mas será



O Cruzeiro errou, e muito, ao vender seu mando de campo. Implacável no Mineirão, o time de Seabra saiu de seus domínios, foi se eventurar em um curral capixaba e, como um campo neutro, são soube se impor. Muitos erros, pouca torcida (pouco mais de 8 mil testemunhas) e campo ruim foram alguns dos problemas de um jogo que valia a terceira posição na classificação. Contudo, a gestão Ronaldo, que pouco acreditava na equipe, fez um adiantamento financeiro. Venderam o mando e os pontos.

Em campo, um time bem escalado, mas que não repetiu as últimas atuações. Estava se sentindo um forasteiro em meio a um ambiente estranho, diferente, inclusive, de quando é visitante. Normalmente um jogo de Série A tem muito mais público do que se viu em Cariacica. Lembrei de uns jogos amadores que vi quando era criança, em Ponte Nova. Jogo pegado, com oportunidades. João Ricardo, como sempre, fechando o gol contra o Cruzeiro. No entanto, num ninho desconhecido, a Raposa não soube encontrar o caminho da vitória. Até fez um gol, com Matheus Henrique. Mas desperdiçou outras chances, que poderiam dar um resultado menos ruim.

Seabra tentou alguns esquemas, fez alterações, mas não surtiu efeito. Do lado de lá, um time bem postado, que soube esfriar o jogo quando era pressionado e que aproveitou as únicas duas claras que teve, durante os 90 minutos. Jogo que serviu de lição para que o fato não se repita. Contudo, acho difícil o São Paulo aceitar uma mudança para o Mineirão. O próprio Fortaleza disse não. O presidente Marcelo, ao final do jogo, em entrevista ao SporTV, afirmou que não seria burro de jogar no Mineirão, onde o Cruzeiro, empurrado por 60 mil pessoas, seria muito mais difícil. O São Paulo também não vai ser trouxa.

Os bobos que saem de casa já levaram Davó, Bilu, Machado, Neris, Stênio, Robert e cia. Os times que estão ali na frente, brigando por título e Libertadores querem mais que seus adversários diretos cometam erros, em campo ou fora dele.  

Pedrinho fará de tudo para mudar o cenário contra o São Paulo. Mas DUVIDO que vá ocorrer.

JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

O inferno astral do Palmeiras: incrivelmente estaria pior e o técnico na corda bamba, não fosse o assalto ao Cruzeiro



O Palmeiras está em um inferno astral que nem a torcida amada por Dudu tem direito de fala. Aliás, a mesma torcida, que tirou Dudu do Palmeiras, agora, cobra uma postura diferente do time, que vem caindo, derrapando e jogando mal não é de hoje. Não fosse o assalto ao Cruzeiro, no Allianz Parque, a situação poderia estar, inclusive, insustentável.

De Deus a questionado, Abel Ferreira vem dando declarações nervosas. Não bastasse o aviltamento aos indígenas, povo que o país dele colonizou e aniquilou em grande quantidade na época do "descobrimento", agora falou do Flamengo de forma exacerbada, dizendo que "o clube carioca não ganhou nada em 2023". Desmerecer a própria derrota e fechar os olhos para a própria realizada é o início de uma derrocada que, sinceramente, o Palmeiras merece passar.

É inquestionável o poderio financeiro do clube paulista que, de uns tempos para cá, está precisando de alguma ajuda extra para vencer. Volto a enfatizar: ASSALTARAM O CRUZEIRO! O que aconteceu depois disso? Os pontos não voltaram, a arbitragem não foi punida e vida que segue. O Cruzeiro não se abateu, pelo contrário, parece ter se fortalecido - haja vista a vitória marcante contra o Botafogo. Já o Palmeiras, bem, a presença da Mancha Verde no CT alviverde diz tudo.

POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Desempenho em alta, sócio idem. Cruzeiro bate a marca dos 71.000!



Se dentro de campo, o Cruzeiro vem fazendo bonito, colocando na roda, fora de casa, o até então líder do Campeonato Brasileiro, do lado de fora, a torcida também está dando um show. Além de se fazer presente nos jogos (último jogo em casa, contra o Juventude, mais de 46 mil pessoas estiveram no estádio), o torcedor tem atendido ao apelo de Pedrinho e adquirido o sócio. Na manhã desta segunda-feira, 71.209 pessoas se tornaram sócios do clube.

Desde quando Pedro Lourenço adquiriu o clube (que estava com cerca de 44 mil sócios), ele disse que contrataria jogadores de primeiro nível. Para isso, considerava justo que o torcedor dividisse a despesa. Alexandre Mattos falou em 100 mil sócios como meta. Desde então o torcedor tem comprado a ideia e quase que já dobrou os números de alguns meses atrás.

Pedrinho investiu, somente nesta janela, R$ 180 milhões. Para 2025, ele já afirmou que vai investir mais e que a folha, hoje em torno de R$ 17 milhões deverá subir para R$ 20 milhões, o que mostra a ambição do novo dono do clube que, junto ao departamento de futebol, liderado por Mattos, com auxílios de Pelaipe e Dracena, querem por o Cruzeiro de volta à disputa dos títulos das principais competições do continente.

Ronaldo brincava que "queria ver a bala de Pedrinho". Se por um lado a equipe dele organizou a zona deixada por gestões anteriores, por outro quem de fato está pondo grana e investindo no time por acreditar num projeto vencedor é Pedro Lourenço. 

Aliás, Pedrinho até tentou desfazer o acordo absurdo fechado por Ronaldo e cia., que venderam quatro mandos de campo. O jogo contra o Fortaleza, por exemplo, será em Cariacica. Pedrinho até tentou mudar o acordo, mas não conseguiu. O Fortaleza, que não é bobo, alegou que já teria feito uma logística antecipada. Mas eles sabem que sendo o jogo em campo neutro, o Cruzeiro, em tese, não terá o apoio maciço da torcida, o que é favorável. Assim, não toparam mudar o local do jogo, que vale uma vaga no G-4.

Vitória importante

Vencer o Botafogo atualmente é sinal de bons ventos. Na casa do adversário, com autoridade, com uma goleada, melhor ainda. Com Cássio inspirado, Barreal fatiando e Matheus Pereira distribuindo talento, o Cruzeiro deu uma aula de futebol. William, mais uma vez, mostrou porque é o melhor lateral do Brasil, ainda que Dorival Bananão continue achando que os seus melhores são aqueles capazes de protagonizar vexames homéricos.

Bem postado em campo e tomando as ações do jogo, o Cruzeiro fez um jogo perfeito. Aproveitamento avassalador diante de um Botafogo que, não se sabe, achou que venceria quando quisesse. A cara de Tiquinho Soares após o terceiro gol celeste foi a que os torcedores do clube de Textor fizeram desde o início do jogo. 

A vitória pôs o Cruzeiro na briga por uma vaga na Libertadores e, se deixarem chegar... sei não. Como para tudo é bom ter cautela, seguimos acreditando tão somente na possibilidade de Libertadores, que já seria um lucro imenso, olhando para um passado não tão distante que nos deixou, em 2023 em 14º e, este ano, com aquele senhor, Larcamón, com um vice do Mineiro vexatório. A tal "bala do Pedrinho" mudou bem a realidade celeste já em 2024.


POR: JOÃO VITOR VIANA

 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Eficiente, Cruzeiro mantém 100% em casa, em noite que o VAR só fez justiça e a arbitragem não interferiu no resultado



O jogo foi num horário que prejudica muito quem trabalha. O trânsito horrível para chegar fez com que muitas pessoas tivessem dificuldades de esar no estádio com antecedência. Os locais para estacionar lotados, estacionamentos extorquindo o torcedor, cobrando até R$ 50,00 por carro e, quando não, um monte de flanelinhas abusando de pagamentos antecipados para "olhar" os carros. Como fazer? Parar longe e volta à pé. Pouco policiamento e muita confusão.

Mas tudo bem. Por mais que demorasse duas horas para chegar até o Gigante da Pampulha e que, literalmente, tivesse entrado junto ao apito inicial, foi possível acompanhar o jogo, que não foi lá, a melhor apresentação do Cruzeiro, mas que, com eficiência, chegou-se ao resultado.

A defesa chegou a dar alguns sustos no primeiro tempo, com chutes de longe ou alguma trama envolvendo as laterais. No entanto, quem deu o primeiro chute perigoso foi Kaio Jorge, que obrigou o ex-goleiro do Cruzeiro, Gabriel, a fazer boa defesa. De cabeça, João Marcelo também ameaçou o gol adversário. Mas foi num lance de pleno amadorismo que a zaga do Juventude errou, cometendo pênalti em mão dentro da área. Um pênalti inoente cometido por... Gabriel Inocêncio. Com categoria, William abriu o placar, batendo no meio do gol.

No segundo tempo, time mantido, o Cruzeiro também voltou a ter as principais chances. Primeiro, com Kaio Jorge, que obriou Gabriel a mais uma defesa. De bicicleta, Matheus Pereira quase aumentou a vantagem da Raposa. Mais tarde, em mais uma bobeira da defesa do Juventude, que saiu jogando errado, Dinenno chutou e o zagueiro Lucas, como um atleta de vôlei, deu uma manchete na bola e tentou esconder das câmeras. Mas o fato não passou despercedibo. O VAR viu. Dinenno, com categoria, após três meses afastado, ampliou para o Cruzeiro, numa bela cobrança à esquerda de Gabriel.

Destaque da partida fica por conta de boas interevenções de João Marcelo, jogadas arquitetadas por Matheus Pereira, a boa vontade de Kaio Jorge e uma melhora na confiança de Cássio, que fez duas defesas muito boas, mostrando que está voltando a ter ritmo.

Uma puxada de orelha no Seabra: Lautaro se mostrou uma boa opção de segundo tempo, pelo tipo de jogo que faz e pela explosão que tem. No momento, no meu modo de ver, Arthur é mais importante para iniciar a partida. 

Com a vitória, o Cruzeiro se manteve 100% em casa e entre os melhores do Brasileiro, com um jogo a menos. A meta para o primeiro turno era 30 pontos, já superada com a vitória sobre o Juventude, uma vez que a Raposa chegou aos 32, na quinta posição.

POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Que o Juventude pague o pato! O que aconteceu no Allianz Parque é inadmissível!



Quarta-feira (24/7), o Juventude precisa pagar um pato do tamanho do mundo! Por que? Pela raiva que o Cruzeiro passou em São Paulo, ao ser muto prejudicado pelo sr. Davi que, espero, seja apenas incompetente.

A bizarrice da interferência do VAR em lance interpretativo leva o futebol buraco abaixo em um país que, de referência, passou a chacota. Haverá a necessidade de muitos 7 a 1 para que essa CBF, dirigida por pessoas da mais baixa estirpe, entenda que a Liga é necessária, assim como uma arbitragem independente e ranqueada, que rebaixe e promova árbitros pelo seu desempenho em campo. E mais: sem nenhuma intereferência da senhora CBF que, vemos, escolheu os times que ela quer disputando o título esse ano. Não há outra razão para tantos erros de arbitragem beneficiando sempre os mesmos times.

Enfim, voltando ao futebol celeste, quarta-feira é dia de descontar na equipe gaúcha a raiva passada no Allianz Parque. Que Fernando Seabra promova a entrada de Walace e Matheus Henrique de titulares, assim como Kaio Jorge e, talvez, Marlon. Time fica mais cascudo com jogadores de melhor qualidade. Kaiki não foi mal contra o Palmeiras, mas ainda precisa andar um pouco para chegar ao nível do hoje ttular.

Além disso, com a suspensão de Barreal, Vitinho não pode ser reserva. Tem entrado bem e ajudado, assim como Barreal tem. Na ausência dele, nada de Ramiro ou Lucas Silva, atletas lentos e de baixo combate e recomposição. Meio com Walace (Romero), Matheus Henrique, Vitinho e Matheus Pereira, ao meu ver, soa melhor para esta partida. No ataque, Arthur e Kaio. Na defesa, William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Kaiki (Marlon). No gol, Cássio tem mostrado que ainda carece de ritmo, mas pode seguir.

O Juventude, fora de casa, não tem sido um adversário tão complicado. Apesar de ter sido goleado pelo Botafogo (5 a 1), apenas para Palmeiras (3 a 1) e Bahia (2 a 0) a equipe perdeu por dois gols de diferença. Nas demais, perdeu por um gol ou empatou. O time alviverde ainda não venceu fora do Sul. Empates com Criciuma (1 a 1) e Fluminense (1 a 1); e derrotas para Bragantino (2 a 1) e Fortaleza (2 a 1). O Juventude ainda está com dois jogos atrasados, contra Internacional e Cuiabá.

Que o Cruzeiro entre em campo com a mesma força que tem feito quando atua em seus domínios. Mais de 30 mil pessoas já confirmaram presença e a expectativa de público é entre 35 e 40 mil nesta quarta-feira, às 19h, no Mineirão. Historicamente, o Juventude é uma pedra no sapato (ou na chuteira). Contudo, não há espaço para pensar em outra coisa que não seja a vitória e que a arbitragem passe despercebida no jogo.


POR: JOÃO VITOR VIANA

domingo, 14 de julho de 2024

Um Cruzeiro que tende a crescer! Ao que parece, Seabra entendeu o clube e o clube entendeu seu treinador



O Cruzeiro ainda não é tão falado na mídia. Não como merecidamente teria que ser. No entanto, não fazendo parte do eixo Rio-São Paulo, o máximo que se faz é mostrar os gols. Poucos comentários sobre questões individuais e táticas, pouco tempo entre os destaques dos noticiários. Tão somente porque não querem falar. Isso incomoda? Sim. Mas como isso não é de hoje e, para se renderem ao bom futebol demonstrado pelo Maior de Minas, é preciso mais, seja com liderança ou títulos, esperemos.

O certo é que, ao que parece, o técnico Fernando Seabra entendeu o Cruzeiro e os jogadores entenderam o treinador. A disposição tática com Barreal no meio faz toda a diferença para que o lado esquerdo do clube, seja com Marlon/Kaiki, Barreal/Matheus Pereira e Arthur Gomes seja letal quando se imprime velocidade. Por ali saem as principais jogadas da Raposa, que, sendo protagonista, ditando o ritmo da partida e tomando a iniciativa do jogo, tende não somente a dominar, como vencer. Já são três vitórias seguidas, uma ascensão na tabela e um futebol envolvendo e diverso.

Diante do Bragantino, um dos times que está sempre ali, na primeira página do Brasileiro, beliscando uma pré-Libertadores ou até a própria competição internacional, o Cruzeiro voltou a brilhar. Nada de ter Lucas Silva ao lado de Ramiro, que deixa o meio lento e sem pegada. Nada de Néris, Machado, Palácios ou outra invenção de moda. E ainda, com Verón, encantado, mais uma vez sendo decisivo. Senti apenas um pouco da participação de Arthur Gomes nessa partida especificamente. Após dois brilhantes jogos, contra Corinthians e Grêmio, o jogador ficou um pouco preso, chutando a gol apenas uma vez, pela rede do lado de fora. 

Com solidez defensiva, Cássio teve pouco trabalho em sua estreia. Foi mais exigido já nos minutos finais do segundo tempo, com boas defesas. O gol sofrido, já no finalzinho, não era defensável. O gigante, que agora assume o gol celeste, apesar de não ter trabalhado tanto, deixou boa impressão. Passou firmeza e tranquilidade. Ovacionado pela torcida - alguns até se fantasiaram com uma peruca -, tem tudo para mostrar, cada vez mais, uma performance que vai agregar e ajudar a equipe a estar entre os primeiros ate o fim do campeonato brasileiro.

A próxima partida será um desafio e, ainda, um encontro minimamente enigmático. Isso porque a Raposa irá até o Allianz Parque, diante do Palmeiras, um dos favoritos ao título. Por lá, talvez, encontre Dudu, o jogador que recusou um contrato de mais de R$ 100 milhões com o próprio Cruzeiro e que, atualmente, está mais no banco que qualquer outra coisa. Vejamos se Seabra continuará entendendo o clube e o clube entendendo seu treinador. O Palmeiras chega como favorito, mas não seria demais pensar que podemos voltar com algum ponto de São Paulo. Quem sabe, assim, a "imprensa do eixo" nos dê um espaço maior na mídia?


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Fazer o básico não causa problemas e o Cruzeiro flui. Quadrado com o Barreal no meio deixa o time mais leve, rápido e protagonista



Quem foi ao Mineirão, e não foi pouca gente, gostou do que viu. Por mais que o árbitro marcasse tudo para o Corinthians e quase nada para o Cruzeiro, e que o VAR tenha agido corretamente ao anular gol do time visitante, a Raposa soube se impor, fez gols nos "momentos certos", dominou o jogo e poderia ter goleado com um pouco mais de sorte.

Isso porque o Cruzeiro foi devidamente escalado, as alterações foram por questões físicas e, dessa vez, foram suficientes para manter o equilíbrio do grupo. Até a parte final, o Cruzeiro sobrou, muito pela fraqueza do adversário, que em poucos momentos ameaçou. A zaga esteve bem, assim como o goleiro Anderson. No primeiro encontro entre Cássio e Corinthians - ele estava no estádio mais uma vez - viu de perto a boa opção que fez ao mudar de ares.

Com uma linha de quatro defensores, um volante à frente da zaga e três jogadores que jogam mais do meio para frente, auxiliando os dois atacantes, que "flutuam", sem jogador de referência. Destaque para Álvaro Barreal, que na função mais centralizada, caindo pela esquerda, deixa o meio mais leve, rápido e protagonista.

Mais uma lição para Fernando Seabra: não é para inventar a roda, é para fazer o básico. O básico é por as peças certas, dentro do esquema desenhado. Nada de Néris, Machado, Palácios, Ramiro, Robert e afins. E não é questão de pegar no pé de jogador. São abaixo dos demais e não rendem como os demais. É simples. Uma coisa é entrar durante o jogo, atuar por um tempo. Mas ser titular falta muito.

Diante do Corinthians, 56 mil pessoas, R$ 3 milhões de renda, show da torcida (não há problema com manta) e jogo que fluiu bem, do início ao fim, com atuação ótima de alguns atletas, com destaque para Matheus Pereira, William, Zé Ivaldo, Anderson, Arthur Gomes e Romero.


JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 4 de julho de 2024

No Cruzeiro, a "invenção da roda" derruba treinador



Adilson Batista foi um dos que mais ficaram marcados com a alcunha de "Professor Pardal", nos últimos 20 anos. Isso porque testou Henrique de zagueiro, Marquinhos Paraná de lateral, volantes como armadores e por aí vai. Nesta seara, Fernando Seabra, até então coerente com escalações, sistema tático e alterações, parece ter sentido inveja daqueles tempos e resolveu, também, "inventar a roda".

De cara, uma lastimável definição por escalar um jogador medíocre como titular: Palácios, que não jgava desde janeiro, justamente por não fazer parte dos planos do clube e, pior, por não jogar bem. Herança maldita da "Era Ronaldo", Palácios foi um dos que não rendeu, como já era de se esperar. Junto a isso, a irritante escalação de Lucas Silva junto a Ramiro no meio é inconcebível. O meio fica lento, marca mal e não constrói. Matheus Pereira também esteve mal. 

Mas mal mesmo foram as alterações. O time, que havia se encontrado no sistema 4-1-2-1-1, sendo Barreal um dos jogadores de meio, numa espécie de segundo volante, foi deixado de lado. A imprevisibilidade que o argentino causa quando atua mais centralizado, caindo pela esquerda, fazendo uma dobrada com Marlon, deixou de existir, passando o time a jogar de forma burocrática e previsível. Sem um jogador de área, a insistência em bolas na área dão raiva no torcedor, que não entendeu, em nada, o que o Cruzeiro fez em campo contra o Criciúma. Principalmente com as trocas de Seabra que, ao final, deixou um time desfigurado, num amontoado ridículo. Desta vez, não tem desculpas a não ser assumir a própria incompetência.

Hora de trocar? Não. Mas serviu de alerta. O Criciúma é um time muito inferior e que, mesmo assim, venceu o Cruzeiro. Aliás, o Cruzeiro, fora de casa, antes era um time competitivo que não pontuou por um acaso. Diante dos catarinenses, não pontuou por erros catastróficos de seu treinador. Coloco toda a culpa pela derrota nas costas do Seabra, sem medo de errar. 

Contra o Corinthians, que não seja assim. Mais de 30 mil pessoas estarão no Mineirão para levar o clube a mais uma vitória em casa. Se tentar inventar a roda de novo e as coisas não derem certo - como é a tônica do futebol, que quem complica, se ferra - os mesmos que apoiam vão iniciar a entoar o coro por mudança. O inicio tava ótimo, pois o arroz com feijão não tem como errar (tanto). Contudo, se quiser "ser mais realista que o rei", vai ouvir muito. Quem tenta achar que só ele é o certo e o mundo está errado, acaba derrubado. E a torcida quando quer, tira. Acorda, Seabra!


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Não é momento de tempestade em copo d'água. Derrota pesada, mas nada que abale um projeto!



Hoje, até certo ponto, fiquei surpreendido com a reação de alguns torcedores que, por trás de seus computadores e celulares, esbanjaram ódio contra um ou outro. O mais surpreendente foi em relação ao técnico Fernando Seabra, um dos que mais levou "chumbo" desse pessoal.

Comportamento até certo ponto questionável, uma vez que o Cruzeiro fazia um jogo equilibrado mas, com um a menos, acabou sendo envolvido pelo time do Bahia. Não fosse a expulsão bizarra de Marlon - mais uma vez -, ainda que perdêssemos, não seria por esta grande diferença, que acabou não sendo o retrato do jogo.

No entanto, como o futebol nem sempre é justo - e isso que faz com que ele seja apaixonante -, o placar aconteceu, a derrota foi grande, mas não é hora para achar culpados, nem mesmo o próprio Marlon. Chance para o bom Kaiki Bruno mostrar seu futebol, já diante do Athlético-PR, que nem de técnico virá a Belo Horizonte, na quarta-feira (26/6), às 19h, no Mineirão. Cuca pediu demissão, mais uma vez abandonando um time no meio do caminho.

O Cruzeiro vem jogando um futebol bom, dentro de um esquema. Claro que há questionamentos quanto à titularidade de alguns, como Lucas Silva, Robert e Ramiro. Eu, particularmente, gosto do futebol do Japa e, desde já, voltaria com Arthur Gomes no ataque. O Cruzeiro perde robustez sem ele e, até 10 de julho, quando os reforços serão escritos, é com este elenco que iremos. 

E saio, aqui, em defesa de Seabra. Não é hora de trocar treinador. Vi muita gente falando de Renato Gaúcho, o próprio Cuca, entre outros nomes. Nâo creio nem em mudança e nem que seja a hora para tal. Lógico que, caso o Cruzeiro oscile por mais tempo, não obtenha os pontos ou jogue mal, uma troca é inevitável. Quem aí não se lembra que quem demtiu o Pepa foi o Pedrinho? E olha que nem dono era ainda do clube.

Menos mimimi, mais torcida. Bora ir ao Mineirão empurrar o Cruzeiro contra o Furacão! Momento de união e de voltar a subir na tabela.

JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 18 de junho de 2024

"Caso Dudu": em três dias, atleta conseguiu desagradar duas diretorias. Para o Cruzeiro, um alívio e possibilidade de investir em outro jogador



De sábado até segunda-feira, uma discussão tomou conta do futebol brasileiro: Dudu de volta ao Cruzeiro. Formado na base da Raposa, o próprio jogador procurou seu amigo, Alexandre Mattos, querendo mudar de ares. No Palmeiras, com contrato até fim de 2025, não teria espaço e buscava voltar às suas origens. Mattos, então, colocou o atleta, de renome internacional e um dos jogadores mais bem pagos do país, como prioridade. Acertou com ele, com o Palmeiras e o Cruzeiro anunciou como reforço, pegando todos de surpresa, mesmo as conversas terem começado 25 dias antes.

No entanto, uma "conversa" com membros da Mancha Verde teria mudado tudo. E o atacante, mimado, voltou atrás, não honrando aquilo que havia acertado verbalmente e, o Palmeiras, assinado. Deixou Leila Pereira com extrema raiva, ao ponto de ela falar, em rede nacional, que o "ciclo de Dudu tinha se encerrado no Palmeiras". O Cruzeiro ficou puto também. À noite, publicou nota desistindo da contratação, deixando claro que "pretende contar com atletas leais". Porta fechada para Dudu, que ganharia na Raposa um contrato de quatro anos, podendo chegar a cinco e um contrato milionário, não apenas o maior do país, como uma certeza de ter um grande contrato, talvez o último da carreira, com altos valores. Jogou fora a chance de voltar a ser um protagonista, o que ele não conseguirá no Palmeiras, dos "amigos de Mancha Verde". Será que os integrantes da "organizada" irão até a casa de Leila exigir a titularidade do amiguinho? Leila peita e Abel, tampouco, parece fazer questão do pupilo do torcedor.

Águas passadas agora. De tudo, mostrou ao país que o Cruzeiro tem audácia e que vai atrás de grandes nomes. Haverá investimento e nao será pouco. Recado à imprens nacional, às torcidas e, principalmente, ao torcedor do clube, que não haverá medição de esforços para fazer do Cruzeiro um protagonista o futebol, de fato. Se não com Dudu, com Michael, com Talisca ou outro grande nome. Gabigol? Quem sabe em 2025. Não duvidem! 

Para este ano, o que seria investido em Dudu pode ser revertido a outro jogador ou, ainda, outros. É certo que o clube precisa, no mínimo, de mais dois ou três nomes, principalmente um volante, um meia e um centroavante.

Até dia 10 de julho, quando será aberta a janela de transferência, nosso ataque estará bem desfalcado. Perdemos dois recentemente (Dinenno nem tão recente assim) e teremos que nos adaptar por quase um mês. Seja com dois jogadores rápidos, falso 9, o que for. O importante é saber jogar sem a figura do "matador". E esperar que um chegue após a abertura da possibilidade de contratação.

POR: JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 14 de junho de 2024

terça-feira, 11 de junho de 2024

Mais um anúncio em posição carente. Faltam, ao menos, mais três reforços, além de saídas de atletas que em nada ajuda ou ajudarão


O Cruzeiro de Pedrinho é bem diferente do de Pedro Martins e companhia. Além da preocupação com o passivo financeiro, Pedro Lourenço, proprietário do clube, quer ver atletas de ponta na equipe. Em entrevista, afirmou que vai fazer um aporte alto, de cerca de R$ 100 milhões até o final do ano e, em 2025, a folha do Cruzeiro será alta, no valor de R$ 20 milhões em média.

Pedro disse, ainda, que há a necessidade de saídas, até para diminuir os custos. Machado e Papagaio devem ser os primeiros. Palácios e Neris, questão de tempo. Um goleiro também deverá respirar novos ares, já que hoje, além de Cássio, há Anderson, Leo Aragão e Grando. Todos com mercado.

Nesta teça-feira (11/6), o clube confirmou o acerto com Kaio Jorge, de 22 anos, vindo da Juventus, por cinco temporadas. Filho de pai cruzeirense, Kaio desde cedo já ouviu falar da grandeza do clube, da torcida e da história celeste. Outros nomes vão chegar também. Um zagueiro, um volante e, ao menos um meia - contando a permanência de Matheus Pereira -, é vital. Vou além: mais dois atacantes. E se puder negociar alguém, bom também. Não é porque o Pedrinho tem grana que vai ficar só injetando, sem retorno. É empresário, precisa de lucro também. O Cruzeiro nunca poderá ser uma filantropia.

Aí me perguntam: e a base? Pois é. Há tempos cobro que Pedrão, Japa, Vitinho e outros que ainda estão no sub-20 sejam aproveitados. Por que, por exemplo, o Otávio não pode ser o terceiro goleiro? Em que Néris é melhor que Pedrão? Japa, sendo um coringa como lateral e volante, não poderia ser uma opção? Por que Papagaio tanto joga e Arthur, artilheiro da base, sequer é convocado? João Pedro é outro que precisa voltar a ter espaço, pela exposão física e velocidade que tem.

Com a chegada de Adilson, Fabricio, Célio Lúcio e outros componentes na base celeste, certamente, em médio e longo prazos, o clube vai revelar atletas, não perdendo, de forma bisonha, jogadores que poderiam ter livrado uma grande parte da dívida, como Vitor Roque e Messinho (Estevão). Lembrando que vendemos Fabrício Bruno a preço de banana; Bruno Viana, idem; Ederson de graça; Rafael (goleiro); e tantos outros.

A gestão mudou o patamar do clube, vai ter contratações boas, deixou o clube mais robusto e ambicioso, como sempre foi. Agora é saber medir investimentos com atletas jovens, formados no Cruzeiro, com alma e disposição de um cruzeirense de verdade. Depois que a base foi sucateada nas eras "Gilvan", "Wagner" e "SSR", Ronaldo recuperou, trouxe uma nova cara à base, antes, cabide de emprego e completamente amadora. O que se espera, agora, é a formatação de valores e atletas que façam, geração após geração, um time jovem, vibrante e vencedor. 


POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 28 de maio de 2024

Jogo de quinta-feira (30/5) é para a torcida fazer o que mais sabe: empurrar o Cruzeiro à liderança


POR: JOÃO VITOR VIANA

Quinta-feira será um dia que o Mineirão, campo que representa o Cruzeiro, deverá estar bem cheio. Até essa terça (28/5), cerca de 35 mil ingressos já foram vendidos numa escala que deverá se aproximar dos 50 mil. Tudo isso porque o jogo contra o Católica vale a liderança do grupo, uma boa quantia em dinheiro (cerca de R$ 3 milhões) e classificação direta à próxima fase da Sul-Americana.

Caberá à maior torcida do Estado, então, fazer sua parte: empurrar o time para cima da Católica. Depois de um início medíocre - não há outra palavra - o Cruzeiro se recuperou, contou com a sorte e, agora, depende apenas de si para ser o primeiro. É uma chance boa de recuperação de recursos, rasgados após a perda do Mineiro e a eliminação ridícula na Copa do Brasil. Águas passadas quando a gestão era outra e tinha objetivos menores, agora o Cruzeiro não apenas está mais audacioso, como também não aceita situações assim. Elevou o patamar de exigência e tem em sua diretoria de futebol pessoas que visam mudar a cara do time, com nomes que cheguem para assumir a titularidade. Enquanto a janela não abre - só acontecerá um julho -, conversas vão acontecendo e, em breve, outros nomes serão anunciados, além de Cássio. Até lá é confiar e apoiar o time.

Contra o Católica, no entanto, desfalques importantes não poderão ajudar a equipe de Fernando Seabra. Arthur Gomes e Dinenno estão de fora, com o argentino parando por cerca de 3 meses, devido a uma cirurgia no púbis; e Matheus Vital, ainda se recuperando de uma cirurgia no ombro. Deverá voltar entre 8 e 12 semanas. Já Arthur deverá ficar de fora nos próximos dois compromissos celestes.

AUSÊNCIA Sei que estou meio ausente das resenhas, principalmente pós-jogo. O último que estive presente, aliás, no Independência, Deus nos livre. O jogo em si não foi ruim, mas poderia ter sido melhor. Valeu pela vitória simples. Pior mesmo foi o acesso ao estádio e a saída. Uma confusão em um espaço pequeno. Estádio de time de quinta categoria, aliás. Banheiros entupidos, fedorentos e extremamente mal conservados. Além disso, uma sujeira no estádio que dá vergonha. Quando o Cruzeiro manda seus jogos no Independência, além de vários setores não conseguirem assistir a várias partes do gramado, o que é um absurdo, precisa lidar com questões básicas, seja de conforto, higiene ou, mesmo, para pegar uma cerveja. Incrível como um estádio que custou milhões seja uma porcaria em quase tudo. 


Estádio sujo, vergonhoso


Banheiros transbordando


Visão ruim de vários pontos da partida


Quem senta, não enxerga absolutamente nada


Visão horrível do campo


Conforto zero. Independência é um estádio bem ruim em muitos sentidos ao torcedor

Fotos: João Vitor Viana / Blog Cruzeiro Online


segunda-feira, 29 de abril de 2024

Mudança de mãos e conserto de rota: em comum acordo, sai um descontente e entra um entusiasta




Cruzeiro foi adquirido por Pedro Lourenço, que passa a gerir o clube em outros moldes, mais perto da torcida e com vontade de investir

O Cruzeiro tem novo dono: sai Ronaldo e entra Pedro Lourenço. Ronaldo teve a coragem de pegar o clube em seu pior momento e, ainda que tenha visto nisso, uma oportunidade de negócio, é inegável que fez um bom trabalho de reestruturação, formou uma equipe, trouxe oxigênio financeiro e deu projeção a um clube que, historicamente, sempre foi gigante, mas se apequenou em 10 anos de desmandos gerenciais, culminando em parar em páginas policiais em diversos momentos.

No entanto, em pouco mais de dois anos, Ronaldo voltou a dar a credibilidade que o clube havia perdido, equacionou dívidas, pagou outra parte e, agora, passa o bastão a quem sempre vestiu e esteve junto à torcida: Pedro Lourenço, o Pedrinho BH.

CLIQUE AQUI E VEJA A ENTREVISTA DADA POR RONALDO, PEDRO LORENÇO E GABRIEL LIMA

Ao meu entender, deixa o clube alguém que já estava cansado de ser cobrado e entra um entusiasta. Ronaldo detestou a queima de sua imagem, os sucessivos questionamentos sobre investir. Contudo, isso partiu dele mesmo, que prometeu um ano audacioso e não é o que se viu. Com um diretor de futebol limitado - que acabou indo para o Vasco e vai passar um perrengue por lá -, e outros funcionários, alinhados com a política do bom e barato, Ronaldo não apostou em ousadia. Queria sim, com o tempo, deixar o Cruzeiro melhor. Mas gestão empresarial e futebol, para caminharem juntos, precisa de aceleração, por mais que haja uma dívida bilionária em questão.

Ronaldo sempre pregou que o principal era honrar os compromissos, fazer um time competitivo e diminuir a dívida. E isso cumpriu. Mas sendo Cruzeiro, um time de camisa pesada, a pressão é grande, mesmo que, por vezes, a torcida - ou parte dela - transpareça uma ingratidão com o agora, ex-gestor. 

Pelas redes sociais, a irmã de Ronaldo, Ione, disse estar triste e que ver o irmão tocar algo que estava lhe custando tempo, dinheiro e nada de reconhecimento, não era mais algo saudável. E isso teria sido o motivo de Ronaldo abrir mão de seu maior case de sucesso no futebol até aqui. Dessa forma, mais uma vez chegamos à conclusão que o Cruzeiro não evoluiria muito além do que vem mostrando em 2024 nas mãos do Fenômeno. Seria um time para não correr riscos, terminar bem o ano, chegar à Sul-Americana e, no máximo, tentar passar de fase da competição internacional desse ano que, inclusive, está bem mal num grupo deprimente.

Chega Pedrinho com planos novos, discurso motivador, contratação de um homem forte do futebol (Alexandre Mattos) e vontade de investir. Será que virá estádio? Quantos reforços e quais chegam no meio do ano? Teremos a tal ousadia e alegria na próxima janela? O torcedor passou a sonhar. Saiu do pesadelo causado por tropeços inacreditáveis para outra situação. 

Que o Cruzeiro mude de patamar. Que Pedrinho realize os sonhos do torcedor que, aliás, ele o é.


POR: JOÃO VITOR VIANA


sexta-feira, 26 de abril de 2024

2024 é de mais testes e amadorismo: o Cruzeiro de Ronaldo não é o mesmo que o do torcedor



O torcedor do Cruzeiro está impaciente e com razão. Isso porque o audacioso time anunciado por Ronaldo na virada do ano, por meio de carta aberta, não se concretizou. A SAF mantém uma espécie de estratégia ridícula aplicada pelo último presidente do clube, antes de ser vendido. A diferença e que agora paga dívida e salários em dia. Em campo, um time desconexo, com treinadores modificados a cada quatro meses e um trabalho questionável da direção.

Rafael Cabral saiu e deixou as portas fechadas com o torcedor, ainda que esteja emprestado. Falou muita asneira em sua apresentação no Grêmio e a torcida não o receberá de volta, por mais que tenha sido peça chave na reconstrução do clube em 22 e 23. Paga pela língua e não deixa saudade. Perdeu uma boa chance de por seu nome na história do time. Outro que saiu, já na hora extra, foi Pedro Martins. Entrevistas insossas, sorrisos lamentáveis e discurso de um profissional que parecia viver em um mundo paralelo. A torcida do clube agradece o Vasco por tirá-lo daqui. Já não merecia desde 2023.

Em campo, a torcida espera por respostas. Os bondes têm saído, ainda que aos poucos. Faltam Néris, Machado, Palácios, Ramiro, Papagaio... quem sabe em julho? Mas, antes disso, é preciso ter esquema, aproveitarem a base, por para jogar quem foi contratado e que nem do banco sai. A entrevista de Paulo André pouco mostrou de mudança, mas, ao menos, viu-se um semblante mais sério que na época das lorotas de Pedro Martins, um sujeito que nunca planejou o Cruzeiro e deu muita sorte em 22.

Agora é ver se com uma semana cheia e tempo de treinamento, Seabra vai parar de fazer mágica na escalação, sumindo com quem joga bem, e colocando pseudoatletas entre os 11. Pela Sul-Americana, sete mudanças, várias questionáveis e, outras, inaceitáveis. A torcida quer ver chances a Pedrão, Japa, João Pedro, Kaiki, Henrique, Bastistella, Artur. Mas a insistência com Neris, Machado e Papagaio trazem incertezas e a crença que tudo caminha pela busca, novamente, pelos 45 pontos.

Não bastasse o vexame na Copa do Brasil e a passividade da final e último jogo contra o rival, Ronaldo nada faz. Terceiriza a culpa e não se pronuncia. Paulo André, dois anos e quatro meses depois, disse que, agora, vai dar a cara a tapa. Pelo histórico recente, vai tomar muito.

Vamos ver se contra o Vitória conseguimos jogar, ao menos, de forma decente. O time que Ronaldo montou não é, nem de longe, o que a torcida imaginou. Desempenho pífio! 2024 parece que não começou...

POR: JOÃO VITOR VIANA 


quarta-feira, 10 de abril de 2024

Cruzeiro conserta a rota, mas não reconhece erro, que custou ao clube praticamente o ano de 2024



O torcedor do Cruzeiro iniciou o ano com esperanças maiores que em 2023. Se no ano passado a meta era ficar na elite e, ainda, buscar alcançar uma vaga na Sul-Americana, o que aconteceu, em 24 as coisas, segundo o próprio Ronaldo, seriam maiores, com anseios e buscas por ser protagonista nos campeonatos, mesmo que ainda sem poder medir forças com equipes com maior investimento. Contudo, o time seria competitivo e iria contratar atletas de patamares acima dos anteriores.

Vieram os jogadores e uma comissão técnica nova. Os "competentes" dirigentes nomeados por Ronaldo preferiram iniciar uma nova filosofia, em vez de apostar na continuidade de Fernando Seabra, que queria ficar. Contudo, não o valorizaram e não apostaram nele. Quatro meses depois, após dois vexames, chegaram à conclusão que fizeram errado. Vão pagar caro por isso! Afinal, o contrato de Larcamon iria até 2025.

Seabra virou de dispensado à solução em um curto espaço de tempo. Nesse período foi para o Bragantino, mas estava na equipe B. Voltou com um bom discurso e falando em aproveitar a base, que Larcamon quase sucateou. Pedrão, Japa, Fernando e João Pedro não tiveram chances. Uns até saíram. Que voltem a atuar. Kaiki também precisa de mais minutagem.

Se perguntarem a mim: era o treinador que você traria? Digo que não. Eu apostaria em alguém com mais pulso, bagagem e currículo. Mas já que veio, que faça um grande trabalho, como fez em 2023, em conjunto com Paulo Autuori. 

Seabra chega com respaldo da direção com o discurso que se alinha àquilo que o clube pensa, o que não aconteceu com Larcamon. Aliás, nada aconteceu com Larcamon, a não ser as escalações temerárias, as substuições lastimáveis e a falta de conhecimento de futebol. Ouso dizer que o Cruzeiro trouxe um "analfabeto à beira do gramado". Precisa estudar, entender e saber fazer, principalmente, o básico. A vinda dele ao Cruzeiro apenas mostrou mais um profissional que, caso mantenha sua linha de pensamento, vai sumir do cenário esportivo. Aliás, esse senhor comprometeu todo o ano de 2024. O que vier, agora, será lucro.

Que Seabra já mande a campo um time mais coeso, motivado e dentro de um esquema tático nesta quinta-feira (11/4), pela Sul-Americana. Hora de dar tempo para que ele trabalhe e dê chance a todos. Gostaria, no entanto, que Néris, Machado e Papagaio tivessem menos. Esses já mostraram que não servem como jogadores do clube.

Bilu

O atacante Bilu, em fase final de recuperação de lesão, renovou seu contrato até o fim de 2024. É uma opção bem melhor ao time que Papagaio.

Sócio do Futebol

Se você quer ser sócio do futebol deve ter passado pelo mesmo lastimável atendimento que eu. Esperei por meia hora para ser atendido. Além disso, quando se adquire um pacote anual, o torcedor tem que esperar sete dias úteis. Segundo o atendente, é para o "clube verificar os dados do torcedor para saber se não é fraude ou golpe". Não fiquei triste por esse tempo de dias. Afinal, não pude ir à final, quando Larcamon deu aquele vexame. Mas até hoje ainda não liberaram meu acesso ao site do Cruzeiro. A incompetência não é apenas na gestão da SAF. Vai também ao atendimento ao torcedor, tratado como um qualquer, entre outras áreas.

JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Chega de bizarrice! Ou chama a atenção para parar de fazer porcaria ou troca o comando!



É inadmissível um treinador do Cruzeiro querer inventar a roda. Fez isso contra o Sousa e conseguiu um grande vexame. Fez no primeiro jogo da final e teve que consertar durante a partida. No segundo jogo, com torcida a favor e vantagem de um gol, lá vem o sr. Larcamon de novo. Quer fazer algo além do básico para mostrar que entende mais que todos no mundo do futebol? Pois é. Não apenas não entende a mais, como entende a menos

O treinador deve acreditar que Neris é um jogador de seleção. Virou até capitão do time na Sul-Americana. Não sai do time por nada. Da dupla criada com Machado, jogadores contestáveis e que estavam tendo uma sequência discutível entre os 11 titulares, restou ele, imponente entre os preferidos de Larcomon. Um zagueiro que mais se assemelha a uma tragédia. Fraco, lento, ruim e que não serve nem para compor grupo. Mas o treinador quer "morrer abraçado".

Nesta segunda-feira (8/4), pode selar sua despedida do clube de forma melancólica. Chegou com pompa, com estilo dito ousado, de um time que iria para frente. Mas no segundo jogo da final e diante de um fraco adversário na Sul-Americana, se mostrou covarde, recuando o time, que não sabe se defender, principalmente porque ele opta pelos piores no fundamento da marcação.

Ao perder, por lesão, Mateus Vital, colocou João Marcelo que, aliás, não se sabe porque começou no banco. Ah, sim: porque Neris é titular, mesmo que sem nenhum embasamento. Em vez de buscar matar o jogo, numa partida que dominava e teria mais espaço, preferiu recuar e, o final, é conhecido. 61 mil vozes calaram-se diante do trágico maestro fora das quatro linhas, que mais se assemelha ao Professor Pardal. Mais uma vez foi ridículo! Mais uma vez mostrou não ter capacidade de escolher e substituir. Acha que sabe mais que qualquer pessoa. Vive num mundo que só ele enxerga, confia em jogador que só ele acredita e decide de uma forma que só ele acha que dará resultado. Quer ser mágico, mas se mostra um inventor. A roda já foi inventada, basta fazer o carro andar. 

Mas o carro de Larcamon é igual aquele dos Flintones! Um cara que acredita em Machado, Néris e Papagaio não  pode ficar.

Fora!


JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 26 de março de 2024

ALÔ, CRUZEIRO! Espero não haver dois pesos e duas medidas!



O Cruzeiro, após a eliminação humilhante para o fraco Sousa, da Paraíba, pegou três meninos, crias da base, e jogou aos leões, como exemplos para os demais. O motivo: participaram de festa dias depois da vergonha do clube e ainda publicaram em redes sociais. Para os dirigentes do clube, aquilo não era momento para farra e, tampouco, para agir como se nada tivesse acontecido. Fernando, por causa disso, acabou emprestado à Ferroviária, de Araraquara, Henrique voltou ao sub-20 e João Pedro treina, até hoje, em separado.

Pois bem. Eis que, agora, o equatoriano Cifuentes esteve presente a uma festa, agindo contra os valores do própria seleção, que já se pronunciou e falou em "punições futuras, possivelmente em convocações", lamentando o caso. O Cruzeiro, até o momento, não falou nada. E não pode se calar. Não pode deixar de agir. O momento é de final. E se teve atleta rodado em festa, deve passar pelo mesmo que os jovens. Por que só a base paga? Não mesmo!

Não há que se falar em dois pesos e duas medidas. Aliás, quanto mais velho se é, maior deve ser o exemplo aos mais novos. O Cruzeiro não pode se calar e, ainda, deve rever algumas situações. João Pedro tem talento e já pagou pelo que fez; Henrique é um jovem promissor que pode ajudar o time em vários momentos. E já que emprestou o Fernando, observe-o para a próxima temporada. Mas Cifuentes não pode ficar impune nem o clube calado.

Se há uma regra, que seja para todos!

Na gestão passada perdemos jovens por falta de gestão do senhor Sérgio Santos Rodrigues. Não queremos perder valores, dinheiro e acabar com futuro de jovens novamente. Para o bem do Cruzeiro e dos próprios atletas.


JOÃO VITOR VIANA