terça-feira, 11 de junho de 2024

Mais um anúncio em posição carente. Faltam, ao menos, mais três reforços, além de saídas de atletas que em nada ajuda ou ajudarão


O Cruzeiro de Pedrinho é bem diferente do de Pedro Martins e companhia. Além da preocupação com o passivo financeiro, Pedro Lourenço, proprietário do clube, quer ver atletas de ponta na equipe. Em entrevista, afirmou que vai fazer um aporte alto, de cerca de R$ 100 milhões até o final do ano e, em 2025, a folha do Cruzeiro será alta, no valor de R$ 20 milhões em média.

Pedro disse, ainda, que há a necessidade de saídas, até para diminuir os custos. Machado e Papagaio devem ser os primeiros. Palácios e Neris, questão de tempo. Um goleiro também deverá respirar novos ares, já que hoje, além de Cássio, há Anderson, Leo Aragão e Grando. Todos com mercado.

Nesta teça-feira (11/6), o clube confirmou o acerto com Kaio Jorge, de 22 anos, vindo da Juventus, por cinco temporadas. Filho de pai cruzeirense, Kaio desde cedo já ouviu falar da grandeza do clube, da torcida e da história celeste. Outros nomes vão chegar também. Um zagueiro, um volante e, ao menos um meia - contando a permanência de Matheus Pereira -, é vital. Vou além: mais dois atacantes. E se puder negociar alguém, bom também. Não é porque o Pedrinho tem grana que vai ficar só injetando, sem retorno. É empresário, precisa de lucro também. O Cruzeiro nunca poderá ser uma filantropia.

Aí me perguntam: e a base? Pois é. Há tempos cobro que Pedrão, Japa, Vitinho e outros que ainda estão no sub-20 sejam aproveitados. Por que, por exemplo, o Otávio não pode ser o terceiro goleiro? Em que Néris é melhor que Pedrão? Japa, sendo um coringa como lateral e volante, não poderia ser uma opção? Por que Papagaio tanto joga e Arthur, artilheiro da base, sequer é convocado? João Pedro é outro que precisa voltar a ter espaço, pela exposão física e velocidade que tem.

Com a chegada de Adilson, Fabricio, Célio Lúcio e outros componentes na base celeste, certamente, em médio e longo prazos, o clube vai revelar atletas, não perdendo, de forma bisonha, jogadores que poderiam ter livrado uma grande parte da dívida, como Vitor Roque e Messinho (Estevão). Lembrando que vendemos Fabrício Bruno a preço de banana; Bruno Viana, idem; Ederson de graça; Rafael (goleiro); e tantos outros.

A gestão mudou o patamar do clube, vai ter contratações boas, deixou o clube mais robusto e ambicioso, como sempre foi. Agora é saber medir investimentos com atletas jovens, formados no Cruzeiro, com alma e disposição de um cruzeirense de verdade. Depois que a base foi sucateada nas eras "Gilvan", "Wagner" e "SSR", Ronaldo recuperou, trouxe uma nova cara à base, antes, cabide de emprego e completamente amadora. O que se espera, agora, é a formatação de valores e atletas que façam, geração após geração, um time jovem, vibrante e vencedor. 


POR: JOÃO VITOR VIANA

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