O Cruzeiro precisa ser ajustado, inclusive com os reforços que irão chegar. Dois ou três atletas deverão chegar na próxima janela de transferência, que passou para o dia 20 de abril. Até lá, o técnico Pepa poderá analisar o grupo, ver as deficiências e buscar tirar o máximo dos jogadores.
O time, num todo, desagradou até aqui. Diferente de 2023, o time perdeu coesão, os atletas parecem perdidos e o excesso de improvisações deixaram a torcida de cabelo em pé. Atacante de ala, volante de zagueiro, lateral de zagueiro e time sem armação foram as maiores críticas.
Essa desorganização tática fez com que o Cruzeiro, durante o Campeonato Mineiro, fosse um time confuso, que além de não ter casa, fez uma campanha desastrosa, a pior entre os quatro semifinalistas, sem vencer nenhuma partida como mandante, se é que pode ser chamado de mandante em algum momento.
A defesa, um bate-cabeça danado. Média superior a um gol por jogo, o que mostra completo desequilíbrio. E é aí que Pepa entra: precisa acertar o setor e, posteriormente, os demais. Time com jogador atuando em cada função que sabe, sabendo sair jogando, tocando bem, marcando forte, criando e finalizando com eficiência.
Eficiência, aliás, foi uma marca de 2022, que foi embora junto com os 22 atletas que saíram. Quem chegou não deu liga até aqui. Culpa de Pezzolano? Da diretoria? Dos próprios jogadores? De todos? Certo é que Pepa vai ter trabalho. O elenco não é essas mil maravilhas que ele disse na sua primeira entrevista coletiva, não vai brigar por título de Copa do Brasil e precisa, urgentemente, de acertos táticos e técnicos para não fazer feio na Série A. Por sua grandeza e tradição, o Cruzeiro que o torcedor que ver é outro. Nã precisa ser o elenco galático, mas precisa ser um time brigador.
JOÃO VITOR VIANA