quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cruzeiro de Diniz é uma brincadeira de mau gosto!




Os torcedores do Cruzeiro, ao menos os mais sensatos, começam a concordar com a avaliação que fiz há algum tempo, quando, de forma equivocada, trocaram Fernando Seabra pelo xará, Diniz. Em um ano de completos fracassos, o treinador, que quer reinventar a roda, mostrando que é o único a fazer algo que ninguém faz, continua a fazer das suas. Até quando? Teremos que perder para o Criciuma? Quantos vexames mais teremos que presenciar para verem que o planejamento de 2024 foi mais confuso que o sistema tático do Diniz?

Contra o reserva do reserva do Flamengo - que é, sim, forte, pelo investimento feito no clube há algum tempo -, o Cruzeiro voltou a ser o ˜Cruzeiro de Diniz˜. Time confuso, que corre errado - e cansa por isso -, não chuta, toca demais a bola e não é, minimamente, objetivo.

Num primeiro momento, primeiros 30 minutos, até mostrou algo, num certo equilíbrio, mas totalmente pela vontade de um ou outro jogador. Com o tempo, esses mesmos jogadores, talvez por correrem errado ou por ouvirem, de forma reiterada, xingamentos do "comandante", largaram o leme do barco. Resultado: mais uma derrota de um time que poderia chegar ao G-7, desgarrar um pouco de Vasco e Atlético, mas que parece preferir, a cada rodada, que a gente agradeça ao Seabra por ter vencido muitas partidas no primeiro turno, o que nos salvou de um possível caos.

Deixo claro que não sou defensor do Seabra e até acho que, caso estivesse acontecendo algo internamente, alguma insatisfação, que se trocasse. Contudo, como também afirmo há um tempo, era apenas trazer alguém que fizesse o básico, o que Diniz infelizmente, não consegue entregar. Inclusive escala mal, mexe mal e - não acompanho - deve treinar mal. Não foi capaz de enxergar que Marlon estava péssimo no jogo e, para tentar o empate, tirou o camisa 10 para por um atacante. Depois, voltou a por Lucas Silva. Só faltou acionar Ramiro.

A sobrevida desse senhor se deu pela sorte de Kaio Jorge e pela incompetência do Lanús, um time que no campeonato argentino está ladeira abaixo há um tempo. A classificação à final da Sul-Americana fez muitos cruzeirenses pensarem que com o tempo, o trabalho de Diniz iria se encaixar. Uma certa rádio aí, inclusive, fica batendo nessa tecla. Discurso barato para manter o Cruzeiro num patamar inferior, já que a ela e ao seu dono não é bom o Cruzeiro estar bem.

Em 2024 Diniz coleciona decepções. Demitido com o Fluminense no Z-4, demitido com um trabalho pífio na Seleção Brasileira e, agora, no Cruzeiro. Ano para esquecer. Contudo, Pedro Lourenço e Alexandre Matos continuam entendendo que ele é o melhor do mercado. O melhor que não vence, que não empolga, que não contagia elenco, que só deu certo uma vez na vida. 

Perguntem aos torcedores de São Paulo e do próprio Fluminense o que pensam sobre ele. A resposta é simples. Aliás, é bem fácil encontrar faixar no Google com uma hashtag #ForaDiniz. Não torço contra o Cruzeiro, jamais o farei. Mas não me iludo com quem veio para cá achando que vai manter a fama de "mago da tática". Para mim, um técnico comum, complexo, tumultuado, confuso, que precisa passar na porta da educação e saber o mínimo de tática e futebol. Como técnico, um ótimo comentarista.

POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Quarta-feira para superstições, rituais, rezas e torcida por algo inédito na "Era Diniz": a vitória (ou classificação nos pênaltis)




Tirem seus terços das gavetas, as fitinhas de Salvador, a cueca da sorte, tudo que se possa se prender pelos próximos 90 minutos do Cruzeiro. Quarta-feira (30/10), às 19h, na Argentina, será o jogo mais importante do ano, diante do Lanús. O adversário, aliás, está na mesma "draga" do Cruzeiro: não vence ninguém. NO último desafio, outra coincidência: perdeu para um time também chamado Atlético (Tucumán).

Desde que Diniz chegou, seis jogos, com quatro empates e duas derrotas. Todos em partidas ruins, com atletas decaindo de forma vertiginosa e vergonhosa, o desempenho individual.

Além da queda técnica, é visível a queda emocional, o que não incluo a agressão feita por Rafa Silva, que, inclusive, será investigada. 

Quando vi os jogadores treinando, no Instagram do Cruzeiro, fiquei de olho em Cássio. Precisaremos muio dele. Aliás, se não levar gol, ao menos para os pênaltis iremos.

E vamos ver se esse time começa a ganhar. Nunca apoiei a chegada de Diniz, por todo o histórico dele, que é ruim de vstiário, quer reinventar a roda e quer, de toda a forma, enfiar os jogadores no próprio esquema em vez de adaptar um esquema com aquilo que possui em mãos. Inclusive já postei aqui para a torcida subir a hashtag #ForaDiniz.

Além disso, desde que aquele áudio do Pedrinho vazou, que tudo começou a desandar. Se quem escala o time é o presidente, treinador não só não tem moral e autonomia, como também não possui liderança nenhuma junto ao grupo. E é esse o conjunto da obra que a diretoria do Cruzeiro criou. Por isso é bom se ater a todas as mandingas! Que comecem os jogos.

POR: JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Dinizismo é um câncer para o futebol: um atraso que foi visto como solução em momento decisivo do ano

Assim como foi no São Paulo e no Fluminense, a torcida precisa subir essa hashtag


Sou chamado de chato, que não dei tempo, que isso, que aquilo. Seja em grupos de WhatsApp, página do Facebook, Instagram, X, onde for, sempre tem aquela pessoa que, sem ser perguntada, quer porque quer, justificando, por "A mais B", que Diniz é solução para o Cruzeiro. Desde que foi anunciado, eu bati na tecla: "Jamais o traria para o Cruzeiro, principalmente pelas circunstãncias". Faltando menos de 20 jogos no ano em apenas dois meses e meio para terminar a temporada, quaisquer mudanças, se ocorressem, deveriam caminhar para quem faz o básico, o "arroz com feijão". Mas trouxeram quem insiste em inventar a roda e que teve um 2024 horroroso, com duas demissões. Por mim, a terceira já poderia acontecer e deixá-lo descansar o resto do ano e repensar essa esquizofrenia tática que ele insiste em dizer que é revolucionária.

Seabra estava bem? Não. Vinha de uma sequência bem ruim. Contudo, nunca foi plano dos donos do clube mantê-lo. Era funcionário de gestão anterior e, só e somente só, por ser jovem e ainda sem currículo, foi trocado pelo "melhor que havia no mercado". Melhor pelo fato de ter sido o treinador do Fluminense, campeão da Libertadores em 2023 e pelo ano passado. Isso o credenciou para chegar a assumir o posto como um rei. Anunciado, teve tempo, teve a data Fifa para implantar o seu "sistema de jogo revolucionário". E no que isso deu? Deu no mesmo de quando jogou aqui, em 2004: nada. E não vai dar. O dinizismo é um câncer para o futebol. Aquilo visto como solução é um atraso para o futebol, que é simples, com cada um jogando na sua posição, fazendo o beabá, sem invenção de moda. Futebol se faz com marcação forte, passes inteligentes e envolventes e chutes a gol. Onde o Cruzeiro está fazendo isso com Diniz? Cinco jogos e NENHUMA vitória. Aliás, alguns dos empates foram lucro diante do jogo pífio feito pelo time, que tem jogadores desmotivados, fora de função e outros mal aproveitados.

Contra o Lanús eu cheguei às 16h15 em ponto. De folga do trabalho, fiz toda uma logística para chegar cedo, vibrar, empurrar o time, mesmo com Diniz no comando. E o que vimos? Um jogo muito ruim, de um gol achado e outro levado. Time perdido em campo, Diniz falando asneira em suas entrevistas e entregando nada em campo. Estava ruim com Seabra, ficou pior com Diniz. E pior ainda: praticamente acabando o ano um mês depois que chegou. Pelo menos para o Cruzeiro, que só despenca no Brasileiro e, agora, precisa derrotar, ainda que nos pênaltis, um dos piores times da atualidade da Argentina.

No Brasileiro, um adversário que está caindo pelas tabelas e, possivelmente, vai voltar à Série B em 2025: o Athletico-PR. E o que esperar? Talvez um empate?

Que o Cruzeiro feche 2024 de uma forma minimamente digna. E falar uma coisa: pensando seriamente se volto ao estádio esse ano. Muito esforço, gasto, voz praticamente perdida no dia seguinte, tudo misturado com frustração. Para decepcionar, melhor em casa que é mais barato.


POR: JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Já comprou seu ingresso? Dia de ir, torcer e calar o goleiro do Lanús!


Dia 23 de outubro o torcedor celeste tem um encontro importante com o time: ir ao Mineirão para apoiar, do início ao fim, a equipe diante do Lanús. É jogo de semifinal, vale dinheiro e mais: um passo importante rumo à final. Se campeão, dinheiro no bolso e classificação à Libertadores, o que não acontece há um bom tempo.

Já comprou seu ingresso? Uma galera já garantiu lugar. No primeiro dia, mais de 40 mil pessoas garantiram seus lugares. Até o dia 23, é para o torcedor esgotar. Por mais que o ingresso não esteja barato, mas quem passou pelos perrengues recentes, o sofrimento de reerguer e quer ver o time disputando tudo que é importante novamente, precisa ser uma voz no estádio. Juntos somos mais fortes! O meu está garantido: setor vermelho superior! Dos meus amigos Vitor e Leo (não são os cantores), também!

Por mais que os gostos pessoais podem não condizer com os da diretoria, da comissão técnica ou dos próprios jogadores, o jogo é para união da torcida. Nada de perseguir este ou aquele, nada de jogar coisas no gramado nem quebrar cadeira. É para torcer. Se você é destes revolucionários, agressores, bandidos, fique em casa! O Cruzeiro e boa parte da torcida não precisa da sua presença! Quem for, torça, se divirta e leve o time à vitória!

Chegue cedo, se possível! O horário é bem ruim. Quem mora em Contagem, meu caso, dependendo da hora, tudo fica engarrafado. Já remarquei a folga do serviço. 

E mais: tenhamos um rival específico no Lanús: o goleiro. Losada, ilustre desconhecido, veio depreciar o brasileiro, dizendo que "argentinos são melhores" e o Cruzeiro, dizendo que "a taça está para nós". Bom, veremos em campo. Querem ganhar de véspera? Pois bem, futebol não é assim.

Vamos juntos, torcendo, incetivando nosso time e calando certas pessoas. Tem gente da imprensa com o fiofó coçando, torcendo contra. Mas queremos que tirem o sorrisinho do rosto e que o Cruzeiro jogue como Cruzeiro e faça valer o mando de campo. 

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POR: JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Pausa precisa ser uma mudança de chave no Cruzeiro



O que os defensores do Dinizismo dizem é que a paralisaçaão de duas semanas é o momento ideal para que os jogadores do Cruzeiro assimilem o jeito de jogar do novo treinador. Pois bem, ainda que neste período tenha se perdido um volante (Matheus Henrique machucou e não tem previsão de alta) e Cássio também tenha ido para o esteleiro, temporariamente, ainda assim é tempo de aprender e por aquilo que Diniz quer, em prática.

Ideal seria se fizessem jogos-treinos, valorizando a intertemporada. Mas como pelo visto isso não vai rolar, que a teoria seja posta em prática e os acertos comecem a vir. O time que esteve em campo com Diniz conseguiu, sem sombra de dúvida, ser pior que o que Seabra estava pondo. Tanto que ainda não venceu.

Hora de virar a chave porque agora é reta final. O Cruzeiro, que já chegou a ameaçar clube do G-4, precisa, para ontem, buscar estar entre os seis. Para tanto, precisa focar em chegar aos 58, 60 pontos. Para isso, precisa ganhar, nem que seja por meio a zero com gol de Cássio, de bicicleta, em cruzamento de Ramiro.

Há, também, uma semifinal para ser decidida e o Lanús, por pior jejum que viva, é um argentino numa reta final de competição. Sabemos como eles encaram esta etapa. Para passar, será necessário melhorar muito, tanto o futebol do fim da "Era Seabra", como o ainda nem visto, na "Era Diniz".

Convocado

Matheus Pereira foi convocado para a Seleção Brasileira para substituir Lucas Paquetá. Esperamos que Dorival Júnior não faça como fez com William, muito mais jogador que Danilo, mas que esteve com o grupo e apenas passeou.



terça-feira, 1 de outubro de 2024

OPINIÃO: Preocupante as declarações de Pedro Lourenço. Entenda!



De antemão digo que o Cruzeiro mudou de patamar nas mãos de Pedro Lourenço. Ousadia e alegria marcam a trajetória do dono do Cruzeiro. Se com Ronaldo os investimentos eram módicos, outros, porém, eram certeiros. Aos poucos Pedro tem deixado essas certezas de lado e volta a gerenciar o Cruzeiro como outros, do passado.

A recente declaração - que vai contratar três atacantes de peso para 2025 - precisam ser bem explicadas. Não que o Cruzeiro tenha que entrar para a próxima temporada com o que tem hoje. Precisa, sim, melhorar, qualificar, principalmente o ataque, zaga e meio-campo. No entanto, deixa uma pulga atrás da orelha quando a base, sequer, é citada. Aliás, Ronaldo fez um trabalho exemplar na reformulação da sucateada categoria, que ficou à margem do razoável nas três gestões anteriores.

Quando é anunciado que serão contratados jogadores de ataque, o que pensar sobre, por exemplo, a reintegração de João Pedro e Fernando, jóias que parecem ter cometido um crime? E o que falar de Tevis, Kenji e Ruan Índio? Vão ficar emprestando e, depois, perdê-los, como tantos outros que saíram daqui e foram aparecer em outros clubes valendo milhões?

O Cruzeiro precisa se reforçar, mas também olhar para a base. Precisa manter o investimento no futebol feminino e não fazer o que o Atlético, por exemplo, fez e faz: desmoralizar o esporte, deixando ser apenas uma obrigação. 

Ronaldo se importava com a base, com o feminino e com a gestão responsável. Pecou em não investir mais e preocupar tão somente com o lucro futuro. Pedrinho não se preocupa com o futuro: é imediatista, torcedor, apaixonado e, por vezes, emocional demais. O equilíbrio é fundamental para uma gestão eficiente. O dinheiro é dele? Verdade. Ele pode queimar, limpar a bunda, jogar fora, rasgar euros diariamente? Sim. 

Mas o que a cerne do Cruzeiro foi sempre formar, trazer esse sentimento de pertencimento aos meninos da base, que ficam, às vezes, 10 anos. Vivem e respiram Cruzeiro desde cedo com um nítido sonho: ser atleta profissional do clube. Menos de 1% consegue. E há talentos aos montes.

Que Pedrinho invista, mas também permita ao clube revelar atletas, formá-los e vendê-los. São, também, fonte de renda. Que tenhamos, em 2025, jovens sendo testados no Mineiro e, quem sabe, assumindo, em breve, protagonismos. O Brasil revela talentos diariamente. Perdemos o Brasileiro sub-20 porque o Palmeiras leva a base a sério há tempos. Por aqui perdemos Vitor Roque, Estevão, Bruno Viana, Éderson, Roni e tantos outros. Mais de R$ 1 bilhão em valores atuais. Será mesmo que vale à pena voltar a sucatear uma mina de ouro? Pensa, Pedrinho!

JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

OPINIÃO: Cartão de visita deixou a desejar e mostrou um Cruzeiro covarde e atrasado em mudanças



Fui ao campo para ver Cruzeiro x Libertad e sai de lá sem voz. Não por gritar pelo Cruzeiro, mas por raiva da forma como o time jogou, com as alterações que o treinador fez e como em pouco tempo o time involuiu ainda mais.

Vão dizer: "Ah, mas foi só o primeiro jogo, você está sendo muito duro". Eu acho, sinceramente, que o futebol é simples. Não é necessário inventar a roda. Lateral é lateral, meia é meia, goleiro defende, zagueiro marca e, em alguns momentos, tenta o gol numa bola parada. Mas para alguns treinadores, o meia tem que jogar atrás de volante, o lateral é quase um meia e o atacante, se não está na área, está marcando. Difícil.

Ontem algumas monstruosidades do dinizismo já pôde ser notada. O posicionamento de Matheus Pereira, extremamente recuado, iniciando jogadas o tirou de perto da área, onde costuma ser letal. A marcação distante permitiu ao time sub-60 do Libertad de criar e não vencer o jogo por causa de uma defesa fantástica de Cássio. E olha que levamos gol e um quase aposentado de 43 anos!

Mas outros dois pontos também chamaram a atenção: Romero, com oito minutos, foi amarelado. Você, com Walace no banco, não mudaria no intervalo? Diniz preferiu correr o risco e por culpa dele, ficou com um a menos. Lerdo para  mexer, ainda foi mais covarde e incompetente quando ao levar o gol de empate, tirou Matheus Pereira e pôs um zagueiro. O que pensar disso?

Pois é. Recuou todo o time, tirou todos os atacantes e preferiu empatar o jogo, garantindo a classificação às semifinais com um futebol pobre e cretino. Não vou passar mão em cabeça de treinador retranqueiro. "Ah, mas ele é ofensivo!". Contra o Libertad o Cruzeiro fez um jogo terrível, um dos piores do ano. Se repetir esse tipo de jogo e postura vai passar perrengue no Brasileiro e pode esquecer título de Sul-Americana!

O Cruzeiro tem uma veia ofensiva. O que se viu em campo, contra um time de asilo, foi um time preguiçoso, sem ambição e jogando por resultado. Jogo fraco, que não merecia nenhuma palminha no final. Sair de casa, andar uma distãncia grande, pagar caro no ingresso, caro no consumo, exige do torcedor muita paixão e disposição numa quinta-feira, às 21h30. O torcedor não quer mais ver isso. Terminar o jogo sem nenhum atacante e quase levando o segundo gol foi um cenário lamentável de um jogo tecnicamente fácil de ser vencido e até ótimo para uma estreia. Mas Diniz quer ser o diferentão. A voz, hoje, está ruim. Garganta emitiu muitos sons, maioria deles de baixo calão, para uma postura pífia e alterações bizarras de um técnico que nunca gostei.

JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Chegada de Diniz: primeiro jogo ainda não será base para nova filosofia



A "Era Diniz" vai começar, oficialmente, nesta quinta-feira (26/9), diante do Libertad. Com caminho facilitado pela vitória no Paraguai, o Cruzeiro pode até mesmo perder por um gol de diferença. Mas conhecendo o histórico de Fernando Diniz, isso sequer passa pela cabeça. 

Uma das principais críticas ao xará, Seabra, era na escalação. Quando definiu um esquema de jogo e os 11 titulares, o Cruzeiro chegou a voar em campo, com Barreal de meia, Arthur pelas pontas e um centroavante como referência, tendo Matheus Pereira como principal jogador. No entanto, Seabra, com o tempo (e quanto mais tempo tinha, pior o time ficava), foi alterando esta forma de jogar. Chegou a por Zé Ivaldo de lateral, Vitinho de atacante, entre outras bizarrices. Logicamente ainda teve problemas com muitas lesões, como a de Dinenno, que só volta em 2025.

Já Diniz, em sua primeira entrevista, não fugiu de nenhuma pergunta. Inclusive afirmou que vai fazer Cássio jogar com os pés, se tiver que improvisar, vai fazê-lo, "tudo em busca do melhor para o time". Disse também que o seu maior desejo é "potencializar os atletas para que rendam o seu melhor".

Mas isso não vai acontecer de cara, ok, torcedor? Não adianta achar que num passe de mágica o Dinizismo será implantado. As "loucuras" do novo comandante, que passou por aqui em 2004 como jogador e não deixou saudade alguma, acontecerão com o tempo. A intensidade, gana, vontade, talvez vejamos com o decorrer dos jogos. 

Filosofia no futebol requer tempo, somente tempo. Como o próprio Diniz disse, o trabalho acontece quando se ganha o tempo. E o tempo se ganha com vitórias e títulos. Então se vive o presente, jogo a jogo, consertando aquilo que se julga errado e optando pelos melhores em campo.

Diniz se mostrou bem sóbrio na entrevista, falou que vai observar a base - o que Seabra pouco fez mesmo sendo oriundo de lá - e que vai implantar seu estilo "autoral" com o tempo. O entretenimento será garantido e o coração... estejam com os exames em dia.


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Diniz anunciado: até quando o gás dele vai durar?



Sai um Fernando, chega outro. Um que não gosto, não queria aqui, mas que a diretoria está acreditando. Não é um etsilo que me agrada, mas que, de início, costuma dar certo e engrenar. O maior problema é que, com o tempo, o gás vira flatulência e, junto a isso, a torcida tende a pedir a cabeça do treinador, que inventou um estilo denominzado "Dinizismo", muito questionado, inclusive. A pergunta que fica: até quando ele fica?

Com alguns lapsos na carreira, Diniz não era o nome preferido das enquetes. Luís Castro aparecia como primeira opção em todas. Mas vai lá saber quanto ele pediria (ou pediu) para assumir a Raposa? Então aparece o nome de Diniz, atual campeão da Libertadores, mas que nos últimos trabalhos saiu bem pela porta dos fundos por onde passou - e também pela Seleção Brasileira.

É favorável ao goleiro ser um jogador que participa do jogo com os pés, de uma marcação pressão de todos os atletas e de uma invenção de moda tática, inclusive com improvisações que só ele acredita que dá certo. A teimosia - um dos motivos que levou Seabra a ser demitido - é uma praxe de Diniz, que também é adepto dos palavrões, gritos, discussões no campo e briga com adversários.

Se esse é o perfil procurado pela direção, bom, é o que vai. Contrato até final de 2025, com a chegada de alguns auxiliares. Começa a trabalhar já nesta terça-feira e estreia na quinta, contra o Libertad.

Que a passagem como treinador não seja como a de jogador, quando não deixou a menor saudade.

POR: JOÃO VITOR VIANA

Seabra demitido: caiu por insistir com Ramiro, ir contra a torcida e planos da diretoria




Fernando Seabra não é mais técnico do Cruzeiro. Caiu do cavalo por sua própria teimosia, insistência naquilo que reiteradamente dá errado e, ainda, com discurso pós-jogo que ratificava os próprios erros. Diante do Cuiabá, 19º colocado, com apenas 10 pontos conquistados em sua casa, o Cruzeiro optou por jogar com um esquema que não joga, atletas sem ritmo e, pior, vários que a torcida não quer ver nem pintado de ouro. O capitão? Ramiro, que jogou todo o jogo. Caiu abraçado com o "filhote".

Tudo isso, aliado aos últimos 10 jogos, de exibições questionáveis até quando venceu, fez com que a diretoria mudasse os planos. Não se sabe, porém, se já tinham em mente um novo treinador para esse ano. Certamente para 2025 Seabra não continuaria. Contudo, devido ao alto investimento feito e a ambição da diretoria, que é disputar a Libertadores em 2025, os planos foram antecipados.

Seabra, na verdade, nunca fez parte dos planos da direção. Quando mudou de dono, o Cruzeiro o manteve por causa dos resultados e pelo desempenho da equipe, naquele momento, até supreendente. No entanto, reforçado, o time perdeu o poder de fogo, a gana e a vontade que mostrava antes. Seabra perdeu o vestiário, passou a insistir nas próprias convicções, ainda que falhas, e defendê-las em entrevistas bisonhas no pós-jogo. Ao ver Ramiro de capitão eu desisti do jogo antes mesmo de ele começar. 

E sinceramente, as duas últimas vitórias, contra Boca e Atlético-GO ainda são questionáveis. O Boca jogou com um a menos a partir de 10 segundos de jogo. Ainda assim quase arrumou um empate no fim. O laterna goianiense perdeu por 3 a 1, mas desperdiçou uma penca de gols cara a cara com Cássio, mostrando o porquê de ser o pior time disparado do Brasileiro.

Já nos outros jogos, exibições sonolentas, escalações questionáveis e mudanças fora da realidade. Sob o pretexto de poupar atletas devido ao desgastante jogo contra o Libertad, no Paraguai, nem a diretoria acreditou. Afinal, antes o Cruzeiro teve 15 dias para se preparar e, diante dos reservas do São Paulo, mais uma derrota. Ontem o Inter mostrou o que se faz contra eles, como bem lembrou meu amigo Vitor.

Aliás, falando em amigo, outro, Leonardo Melo, disse ter sido precipitado demitir o Seabra nesse momento. Já até argumentei: imagina você investir R$ 180 milhões e ver uma pessoa gerenciar seu dinheiro com Ramiro sendo titular. As chances de você recuperar esse dinheiro vão minguando a cada jogo. E Pedrinho, que demitiu Pepa sem mesmo ser presidente, não vai ficar esperando de braço cruzado. Até porque não é todo dia que há, disponível no mercado, nomes como Luís Castro e Sampaoli. Não acredito em Luxemburgo, Felipão ou Renato. Para 2025, Portaluppi até poderia vir e montar. Mas para 2024, não deixa o Grêmio na mão antes de garantir os 45 pontos.

Agora, se inventarem de trazer Fernando Diniz...data de validade será antes do final do contrato. 

POR: JOÃO VITOR VIANA