domingo, 23 de março de 2025

Primeiro amistoso e erros antigos: o desafio de Leonardo Jardim no Cruzeiro



Quem assistiu ao jogo entre Bragantino e Cruzeiro, nesse sábado (22/3), tirou algumas conclusões. Algumas boas e outras ruins. A começar pelo melhor em campo: Cássio. Isso não pode acontecer. Sinal que algo está bem errado, principalmente no setor defensivo. Mas também podemos citar a triangulação boa envolvendo os atacantes, os bons passes de Dudu, a missão de segundo homem de ataque de Kaio Jorge e o poder de velocidade de Wanderson. Cita-se, ainda, Gabigol, que foi certeiro em um chute e, por pouco, não fez o segundo. Contudo, o time precisa de equilíbrio, que passa, e muito, pelo meio.

A tática de Jardim, com quase um 4-2-4 é ofensiva demais e deixa o meio-campo vulnerável. A necessidade de fazer Dudu e Wanderson voltarem sempre não apenas desgasta os jogadores como cobra deles uma função que nunca fizeram. Acredito que até possa ocorrer essa situação durante o jogo, mas começar jogando assim é loucura.

A instabilidade do Cruzeiro passa, e muito, pela falta de homens de marcação no meio, o que deve se ajeitar com o passar dos jogos. Do meio para frente há uma nítida melhoria. Mas o setor defensivo continua precisando de melhorar. As costas de William, principalmente, tem virado um "Deus nos acuda". Outra coisa: com Villalba de lateral, o Cruzeiro perde muito ofensivamente, jogando basicamente no setor ofensivo pelo lado direito. Isso faz a equipe ser mais facilmente marcada, ainda que os atacantes sejam rápidos. Digamos que o time fica meio capenga, já que pela esquerda o time fica apenas com Dudu sendo o responsável pelas jogadas.

Alguns vícios do Dinizismo ainda são encontrados, mas ainda bem, menos que antes. A necessidade de toques desnecessários faz com que sejam criadas jogadas ofensivas ao adversário, principalmente porque quem as cria, normalmente, não têm a menor categoria para tal, como zagueiros e goleiro. Um lance e a derrota vem. É preciso melhorar. Corrigir os erros antigos e desenvolver os potenciais de cada jogador: os desafios de Leonardo Jardim.

Vou, ainda, puxar a orelha de Matheus Henrique. Normalmente técnico e um dos mais regulares, diante do Bragantino viu-se afoito, fazendo muitas faltas, inclusive um pênalti desnecessário. Há muito futebol ali, mas até pela disposição tática, talvez, tenhamos visto um dos piores jogos dele com a camisa do Cruzeiro. Como disse, algo raro. Ainda que seja um amistoso, é preciso que cada um renda o que dele se espera. Possivelmente com a entrada de um volante de toque de bola, como Christian ou Lucas Silva, esse equilíbrio sejam mais facilmente encontrado, não sobecarregando Walace ou algum outro atleta, dando ao Matheuzinho a possibilidade de marcar e atacar, o que ele faz tão bem.

Foi o primeiro teste de verdade do Cruzeiro antes do Brasileiro, mas que ainda acende alertas. E hoje, os problemas passam mais pela disposição em campo que propriamente deficiência técnica. Com os atletas certos nas posições certas, parar em insistir com outros, que não rendem e uma tática que tire dos jogadores o melhor de cada um, o Cruzeiro pode, sim, ser muito mais que vem mostrando. A consequência disso, só veremos depois. Mas, primeiro, é preciso que o time se acerte. As peças estão aí, só falta serem colocadas corretamente no tabuleiro.

POR: JOÃO VITOR VIANA 

sexta-feira, 7 de março de 2025

Pré-temporada com treinos, desafios, jogos-treinos e amistosos em aberto: o que esperar do pós?




Uma pré-temporada meio forçada foi iniciada no Cruzeiro tão logo aconteceu, de novo, a eliminação do Campeonato Mineiro, torneio sem sal, mas que ano após ano vira um desafio vencê-lo, haja vista o tempo que o caneco não é levantado. Após o fatídico dia, uma série de notícias envolveram diretoria, torcida organizada, chegada de jogadores, disponibilidade de outros ao mercado e possibilidades, tanto de novas chegadas, quanto de atividades no período, que vai beirar 40 dias.

O que esperar nesse tempo? Certamente conversas, avaliações, possíveis chegadas e algumas partidas. Tudo vai passar pelo crivo de Leonardo Jardim que, ao que parece, recebeu carta branca de Pedro Lourenço para mexer naquilo que achar conveniente. Isso vale, por exemplo, para Villalba, uma pedida equivocada de Fernando Diniz, e que rendeu, até aqui, um prejuízo de R$ 5 milhões ao clube. Villalba deverá ser um dos atletas que deixará a equipe antes do início do Brasileiro, que acontecerá no final de março.

Lautaro também tem perdido espaço, principalmente com a contratação de Wanderson, que chegou com status de titular. Romero é outro que pode perder espaço, mas entre os 11, com o possível aproveitamento maior de Walace, que tem se dedicado bastante nos treinos, e com uma possível contratação de Thiago Maia, ventilada nos bastidores. Aguardemos!

Sobre os treinamentos, sem jogos-treinos ou amistosos de qualidade, fica difícil testar, de fato, um esquema ou uma equipe. O Cruzeiro tem enfrentado problemas, principalmente com equipes da Série A. A pergunta que fica: por que não viajam para um país e fazem amistosos por lá? No português, de Portugal, chamam de digressão. Aqui, excursão. Mas querem que os jogos sejam no Mineirão, em data que o Cruzeiro estipula. Vão ficar chupando o dedo!

O maior dos desafios do Cruzeiro, na minha visão, passa a ser zerar o dinizismo, que a equipe ainda mostrou no último desafio oficial. Excesso de toques para trás, jogadas sem finalidade, pouca criatividade e finalizações deficientes. O Cruzeiro, para ter um 2025 minimamente decente - que não é o jardim de rosas desejado por Pedrinho, que pediu a classificação à Libertadores e, pelo menos, um título - passa por se ajustar em campo, ter um padrão e voltar a ser competitivo. Isso também passa pelo aproveitamento melhor dos jogadores, inclusive da base, e, ainda, potencializá-los ao máximo em campo. Com um detalhe: sem entrevistas pós-jogo com mimimi que pode ser resolvido internamente. Isso vale para os senhores Matheus Pereira e Marlon, principalmente. 

O que esperar do pós após a pré? É mais ou menos por aí mesmo. O que vai definir o rumo do Cruzero é a constância e os resultados, que vão passar pelo trabalho, pelas mexidas necessárias, fim dos vícios lamentáveis, ajustes de elenco e motivação interna. A torcida do Cruzeiro, que até aqui deu um show de presença e só levou no lombo, precisa de uma alegria. Se não aquilo que Pedro deseja, que seja algo próximo. Até mesmo para não ficar dando explicação em reuniões com torcidas organizadas...

PO: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Vídeo >> O Cruzeiro atinge níveis históricos e exige mudanças: por Caio Fábio

 


Qual s sua opinião? Acesse, curta o canal e deixe seu comentário!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Intertemporada forçada: eliminação no Mineiro escancara falhas de planejamento e ego acima de tudo


Há tempos que falo que ter dinheiro não é sinônimo de ter time. Gastar de forma inteligente, ainda que menos, é muito melhor que jorrar dinheiro em cima de pouca coisa. Com Pedrinho, em 2025, o Cruzeiro foi essa espécie de time que achou que ter dinheiro era sinal de poderio e de conquistas. Mas investindo mal, conseguiu, mais uma vez, ser eliminado pelo América, que tem uma folha 10x menor.

Com três treinadores em 2025 (Diniz, Wesley e Jardim), isso em fevereiro, o Cruzeiro mostra não apenas a falta de comando, como de liderança e planejamento. Jogadores contratados passaram pelo ego dos dirigentes e do dono do clube. Gabigol, por exempo, era sonho do dono do Cruzeiro. Dudu, amigo de Mattos. Fora tudo que tem acontecido nos bastidores, com entrevistas atravessadas de um ou outro e, que depois que falam, fica por isso mesmo. Isso mostra falta de tato da direção e que jogador pode fazer e falar o que quiser, sem resolver as coisas internamente.

Além de tudo, as esposas podiam ajudar, deixando de manifestar suas irritabilidades nas redes sociais. Hoje em dia a torcida acompanha o atleta e com quem ele tem relação. E algumas já vieram a público falar de "mudanças", "novos ares" e outras coisas. Não ajuda em nada, principalmente em época de instabilidade.

Com um comandante de currículo, o Cruzeiro, agora, terá mais de um mês para se acertar e promover uma intertemporada forçada. Análise de elenco já está sendo feita e dois jogadores já foram pedidos. Que esses atletas cheguem para vestirem a camisa, que tenham liderança e espírito de grupo. Infelizmente o Cruzeiro se transformou num time mimizento, que tudo está ruim e que não conseguem, internamente resolver coisas básicas, jogando, na imprensa, o desconforto por isso ou aquilo. 

Isso passa por um time que carece de jogadores de posicionamentos firmes, que não serão Romero, Lucas Silva, William, Marlon ou outro que já tenha usado a braçadeira. O Cruzeiro, hoje, não tem um jogador que mereça ser capitão. O que mais se aproxima é Walace, mas que nem titular é e, inexplicavelmente, parece ter sido esquecido. E estava pedindo passagem, uma vez que Romero não vive sua melhor fase.

Não farei "caça às bruxas", mas o Cruzeiro precisa, antes de tudo, definir um esquema tático. Tem jogadores para jogar com três zagueiros, pode jogar com uma trinca de volantes, liberando mais Matheus Henrique ou pode jogar mais aberto, com dois pontas e um jogador centralizado. O maior dos problemas é que querem fazer de Gabigol esse centroavante, o que ele não é. Primeiro por não ser um jogador alto e, segundo, por não ser o aleta "espetado" que o atual esquema proporciona. Dessa forma, o único capaz de ser esse 9, hoje, seria Dinenno. Nem Kaio Jorge se enquadra naquilo que está sendo feito em campo.

Um mês: prazo que Jardim terá para ajeitar esse time, que estreia, no Brasileiro, contra o Mirassol, time organizado e que foi vice-campeão da Série B. A se comparar com equipes de séries B, C, D e divisão alguma, maioria das equipes do Mineiro, o Cruzeiro vai ter que melhorar bastante para ficar numa posição melhor que em 2024, o que foi muito aquém do que a diretoria queria. Contudo, assim como 2024, foi um estrago atrás do outro quanto ao planejamento. Pior disso tudo é que parece que não serviu de lição. 2025 começou igual terminou 2024: com o ego dando as cartas e a torcida pagando o pato.

Infelizmente...


POR: JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Novela Matheus Pereira: sem enredo, sem roteiro, poucos personagens. Uma espécie de filme com "final ruim"




A transferência de Matheus Pereira é uma daquelas típicas histórias muito nada a ver que o futebol reserva à mídia e ao torcedor. O roteiro, clássico, parte da história de um time europeu que, para repor a saída de um atleta, busca outro, perto do fim da janela de transferências. Até aí, tudo normal. 

Tentaram Garro, do Corithians; Gerson, do Flamengo; e, por fim, Matheus Pereira, do Cruzeiro. As cifras eram altas. Ao Cruzeiro, importante negócio, o mais vantajoso da história. Primeiro pela quantia (mais de R$ 100 milhões) e, segundo, por se tratar de um jogador de 28 anos. Daqui um, um ano e meio já não chegará uma proposta nesse nível e, a tendência a partir daí é ser cada vez uma oferta inferior.

Ao atleta, a realização do sonho de criar o filho na Europa, como ele mesmo disse. Contudo, ainda que tenha feito e sido aprovado, a história ficou muito mal contada. Um disse que a minuta do contrato não era a que tinham acertado; o outro disse que o próprio Zenit teria desistido por questões financeiras; e, ainda, há quem diga que a questão da guerra tenha pesado no subconsciente de Matheus. Por fim, ele ficou, o dinheiro não veio, o final ficou meio tosco e a vida que segue. História de poucos personagens, meio doida, uma historinha pastelona, por assim dizer.

E por que no título eu coloquei "final ruim"? Eu gosto e sou fã do Matheus Pereira. Acho que ele e um craque, de características bem próprias. Contudo, os últimos meses têm sido preocupantes na questão de empenho. Após um ano de 2024 muito bom, que mereceu convocação à Seleção Brasileira (embora isso não seja lá algo que hoje em dia seja um merecimento), Matheus parece ter perdido a vontade de jogar com a camisa celeste. Tem dado entrevistas muito ruins, criado um atrito desnecessário com o torcedor, fora as fofocas da mídia que ama um escândalo.

No entanto, ficou ruim para todo mundo: o Cruzeiro não recebeu um dinheiro alto; Matheus não foi jogar a Eiropa como queria; e o Zenit não repôs a saída de Claudinho. Com contrato até o meio de 2026, Matheus pode sair de graça, caso assine com algum time no fim desse ano. Ou seja: se ficou, cabe ao Cruzeiro estender esse contrato, que seja por um ano, para evitar um prejuízo estratosférico.

Na época do Perrella, a conta que ele fazia era essa: pega o valor da proposta, soma ao salário do jogador até o fim do contrato, divide pelos meses que ainda tem de contrato e chega-se a um valor. Caso os números sejam verdadeiros, o custo de Matheus, em vez de R$ 2 milhões mensais, seria, agora, de R$ 10 milhões. Será que valeu à pena? Saberemos, em princípio, alguma coisa diante do América.

Seguimos...

POR: JOÃO VITOR VIANA


terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

VÍDEO >> O Cruzeiro hoje: por Caio Fábio


 Qual sua opinião? Concorda? Acesse e comente no canal "Fala Cruzeirense!". 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Primeiros 90 minutos: jogo sem ímpeto, vontade, pressão e protagonismo



O Cruzeiro segue seu martírio, ainda com influências do dinizismo e sem vencer. Com um público bom no Mineirão, a Raposa, mais uma vez, fez um jogo sonolento, principalmente no primeiro tempo, quando quem viu de casa, certamente nem uma cerveja bebeu, porque nem isso a partida merecia. Envolto a um cenário de muitas faltas por parte do time do América, o Cruzeiro insistiu, tão somente, em bolas alçadas na área. Até entendo que isso seja uma alternativa. Contudo, o Cruzeiro parece ter como meta de vida. Pior: sem uma referência ou especialista em jogo aéreo.

Jogando dessa maneira e sem produtividade, precisou de momentos de lucidez (ou destempero adversário) para sair na frente, em pênalti infentil feito pela zaga americana. Gabigol, com categoria, abriu o placar. E foi só isso que fez em toda a partida, além de, mais uma vez, receber cartão por reclamação. Talvez seja o atleta que simbolizou todo o time: sem ímpeto, vontade e protagonismo.

Cássio segue sem passar confiança, a transição ainda está lenta e a criação está com muitas falhas. Quando há um ataque rápido, tabelas, inflitrações, chutes de longa distância e jogadas de bola parada são alguns dos artifícios que um time têm para ser pragmático. Não foi: o Cruzeiro, em momento algum, foi objetivo. Diferentemente do jogo contra o Democrata, que mesmo com reservas é insano perder, desta fez o time foi o titular. E deixou muito a desejar.

Jardim afirmou que precisará de tempo - um a dois meses - para deixar a equipe na ponta dos cascos. Estamos falando de o time melhorar entre março e abril, quando um campeonato já terá terminado e outro, o Brasileiro, começado. A torcida e o time precisam que isso aconteça antes, bem antes. Que sábado, 16h30, vejamos uma evolução. A insistência com Eduardo permanece, o que não dá para entender. Sem Marquinhos ou Kaio Jorge, o Cruzeiro deixa de ter peças importantes em campo.

Aliás, não entendi as modificações de Jardim no segundo tempo. Ele pode mexer na equipe em cinco posições, durante três paradas. Ele fez uma por vez e deixou de por dois atletas em campo. Kaio Jorge foi para enfeitar o banco. Time precisando de atacante e um, bom, sem entrar. Fica difícil também quando isso acontece.

Jardim terá uma semana para trabalhar a equipe e verificar pontos a serem melhorados para o jogo de volta. Novo empate leva a decisão para os pênaltis. Vitória leva o time à final e, em caso de derrota, seria mais uma eliminação para o América, time que não vencemos desde 2019. Ontem poderia ser o dia, mas a canela de Jonathan Jesus desviou a bola que empatou a partida. Acontece. Paciência.

Seguimos...


JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Com todo respeito ao Democrata, perder não era uma opção


O time pode já estar classificado, pode jogar com o dente de leite, mas não pode perder, jamais, para uma equipe que quer, ao menos, disputar a Série D do Brasileiro esse ano. Com todo o respeito ao Democrata, que jogou bem, soube se adaptar ao péssimo gramado da Arena do Jacaré, mas o Cruzeiro, um time grande, de estrelas, de salários milionários, não pode perder. E perdeu. 2 a 1, de virada, mostrando que o técnico Leonardo Jardim terá um trabalho grande para fazer. Se não ganha do Democrata, vai ganhar de quem?

Ah, vão dizer que era um jogo com cara de treino, para dar ritmo aos jogadores que não são titulares absolutos e tal. Mas não. O que se viu foi um time sem vontade, lento, pragmático, sem jogadas e, pior, praticando o dinizismo. Jardim, em vários momentos, chamou a atenção do limitado Villalba e de outros atletas por retardarem o jogo e não saberem fazer a transição rápida ao ataque.

Tanto é que recorreu às entradas de Dudu, Matheus Pereira e outros jogadores para que isso fosse feito. E não conseguiu. A mesma lentidão e irritabilidade que a posição dos atletas em campo mostrada no primeiro tempo aconteceu no segundo. Um marasmo que nem mereceu um gole de cerveja dos presentes e dos telespectadores. Foi um jogo digno de vaias, que, ao final, aconteceram. Sair de casa para ver isso é desanimador a quem quer fazer o sócio, ao torcedor que se desloca, por vezes, de longas distâncias e, certamente, da diretoria. 

Tanto é que tiveram uma longa conversa pós-jogo com o treinador, que fez sua estreia e viu mais destaques no adversário que no próprio grupo. Aliás, no Cruzeiro, destaque negativo para Leo Aragão: duas falhas e dois gols. Villalba foi outro: lento, confuso, marcando mal e posicionando ainda pior. Há tempos disse que a permanência dele foi um erro em todos os sentidos: primeiro, tirando chances de atletas da base como Pedrão (já emprestado), Bruno Alves e Janderson. Talvez, com a chegada de João Victor, vê-lo em campo seja difícil. Assim espero.

Já àqueles que queriam ver Cássio no banco, o aviso foi dado. Não é titular à toa. Não apenas pela história, mas, pelo visto, não há concorrência.

Agora é o América.

E parabéns ao Democrata. Uma pena que times como o Cruzeiro não vejam, como antigamente, potencial em atletas de times do interior de Minas. O tal Luann jogou muito. Lucas Lima também. Mas, sem grife, serão talentos a rodarem Minas ou estourarem em outros clubes.


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Clássico sendo clássico: nem sempre o favorito vence e, como sempre, há vilões



Arbitragem duvidosa, goleiro que falha, atacante expulso: tudo isso deu ares diferenciados ao jogo

Mais de 60 mil pessoas no Mineirão e, ao final, o mar celeste acabou saindo desanimado. Primeiro, pela expulsão de Gabriel Barbosa; segundo, pela arbitragem duvidosa e, terceiro, pelas falhas individuais. Aliás, Cássio do céu: não inspira a menor confiança!

Junta tudo isso e o clássico, onde tudo se iguala, independentemente de fase, elenco, sol e chuva, acaba sendo decidido. Nos detalhes e na falta de capacidade de conclusão as coisas acabam acontecendo. Para o torcedor do Cruzeiro, da pior forma.

Aos 30min de jogo, Gabigol é expulso após revisão do VAR. Estranho? Jamais! O que a Federação Mineira pudesse fazer, ela faria, inclusive escalando árbitro que tem histórico envolvendo um ex-presidente do Cruzeiro. Ali há algo muito maior. Tanto que o pisão de Lyanco em Dudu sequer foi visto e o pênalti em Fabrício Bruno passou ileso. Afinal, não foi o Sérgio, do Atlético, que foi flagrado pelas câmeras de vídeo dentro de uma boate acompanhado de uma determinada senhora, certo? 

Junta toda essa maracutaia a erros individuais de marcação e técnica e deu no que deu: 2 a 0 para o rival, com direito a um peru gigante de Cássio e a falhas individuais gritantes de marcação. Aliado a isso, uma disposição ofensiva nula, que pouco exigiu de Everson alguma intervenção. 

O que dizer para a torcida ao final? A imprensa não perde tempo e cutuca quem ama dar entrevista ruim: Matheus Pereira. O meia disse que tinha pedido para sair do Cruzeiro no final do ano para criar o filho na Europa. Isso dentro de um contexto, mas que no recorte ficou bem ruim. Dureza! Ao final de um clássico, com a derrota que foi, o mínimo que se espera é não darem entrevista. Mas o Cruzeiro, até hoje, não se ligou quanto a isso.

Aí o torcedor fica puto em níveis estratosféricos. Além de perder como perdeu, ainda tem que ouvir e ver balela de jogador. Aí quando a torcida vaia, ficam de beicinho, caso do senhor Cássio, péssimo dos péssimos, que precisa justificar ao que veio. Se é isso que a torcida pode esperar dele durante o ano, um abraço. Jogar com nome não dá! 

Que Leo Jardim, apresentado à torcida, no Mineirão, nesse domingo, avalie melhor quem vai a campo e consiga ajeitar, taticamente, esse amontoado que jogou contra o rival. No papel tava uma beleza, em campo, uma tristeza. Nem sempre o favorito vence. Era jogo para enterrar o rival. Ressuscitaram um morto!

POR: JOÃO VITOR VIANA