sábado, 30 de janeiro de 2021

Breno Lopes: Mais um da base que vinga longe de BH



O atacante Breno Lopes, de 24 anos, autor do gol do título da Libertadores diante do Santos, esteve na base do Cruzeiro. Belo-horizontino, a trajetória dele no futebol teve passagem por torneios e clubes amadores em Belo Horizonte. Breno, que foi contratado pelo Palmeiras em setembro, junto ao Juventude, jogou no sub-15 do Cruzeiro, mas não foi aproveitado.

Ele chegou a desistir do futebol, mas, depois de um teste por indicação de um amigo em Porto Alegre, conseguiu uma vaga no São José-RS. De lá, ainda na base, jogou pelo Cerâmica-RS e foi para Santa Catarina, onde se profissionalizou em 2016 pelo Joinville, sendo negociado com o Juventude em 2019. Foi dele o gol para o time gaúcho na vitória por 2 a 1 que eliminou o América na segunda fase da Copa do Brasil da última temporada.
Tempos depois, foi dele o gol do título do Palmeiras, escorando um cruzamento de Rony, outro jogador que também passou pela base do Cruzeiro, mas nunca foi observado.

De mudança, Conceição chega até quarta




O técnico Felipe Conceição deve chegar até quarta em BH para ser apresentado e iniciar o trabalho no clube. Apesar do período de férias, treinador vai tocar a reformulação no elenco, ainda que à distância. Contudo, algumas questões serão resolvidas apenas pessoalmente.

Inicialmente a chegada do treinador estava prevista para hoje, depois passou para segunda e, por fim, quarta-feira. O atraso se deve à mudança para Belo Horizonte.

Com contrato por uma temporada, Felipe Conceição acertou com o clube que, em caso de acesso, seu contrato é renovado automaticamente, dobrando os vencimentos.

Aos 41 anos, é a segunda vez que trabalhará em BH. Antes, Felipe teve boa passagem pelo América.

 

Por: João Vitor Viana

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Mesmo com despedida, Cruzeiro não anuncia Felipe




A comunicação do Cruzeiro, já há algum tempo, se mostra não apenas inútil, como incompetente e deficiente. Em dia que toda a imprensa já sabe da contratação de Felipe Conceição e, inclusive, detalhes de cláusulas contratuais, o próprio clube omite tal informação. No seu site, ainda após a partida, que foi uma merda, contra o Paraná, o site do clube se mostrava sem notícias interessantes, como se fosse uma revista trimestral.

Após a derrota em casa, para o Juventude, resultado que credenciou o clube gaúcho a retornar à Série A, Felipe Conceição fez pronunciamento no Guarani, agradeceu ao presidente e aos gestores, disse um "até logo" e anunciou que sai "com o Bugre no coração˜. Ainda assim, a comunicação do Cruzeiro não fez nada, nem uma arte no site, nada. Amadorismo, ali, é mato.

Não seria de se espantar que neste sábado tivesse o anúncio de uma "supernovidade". Como se ninguém soubesse ou fosse burro ao extremo, o clube deverá confirmar a contratação de seu treinador para a temporada. Felipe Conceição tem 41 anos e vem respaldado pela torcida, principalmente pelo trabalho que fez no América.

Já cedo, o nome de Felipe já era dado como certo, o que acabou se confirmando ao final da Série B. 


Por: João Vitor Viana

Super Bowl sem emoção



Não, você não leu errado Chamei o jogo entre Paraná e Cruzeiro de Super Bowl. Não por ser uma final, não por ser um jogo decisivo entre os melhores e com craques em campo. Mas pelo simples fato de haver um número incontável de bicudos por cima do gol. Para quem não conhece, o gol do futebol americano é aquele em formato de um garfo (ou uma pá) que o jogador chuta para o alto entre as balizas. No jogo horroroso no Paraná, essa foi a tônica da partida.  O 0 a 0 foi o resultado justo e previsível para algo que se assemelhou a uma pelada de times barrigudos e bêbados.

Foi Pottker chutando para o alto, Welinton "chifrando"a bola, Sóbis carimbando zagueiro e, quando havia lances lúcidos, defesas dos goleiros Lucas França, pelo Cruzeiro, mostrou muito mais segurança do que na partida diante da Ponte Preta, quando levou um "frango"horroroso.

Quem teve paciência viu um jogo xoxo, como já era preconizado. Situações raras de gol e partida que mais se assemelhava a uma disputa de campeonato amador. Se bem que já vi jogos amadores de melhor qualidade.

Um jogo que não significava nada para ninguém, até pelo fato de o Cruzeiro não almejar nada e o Paraná, sem presidente, estar rebaixado à Série C.

A comparação ao Super Bowl fica somente nos bicudos. Tecnicamente foi completamente o oposto

Por: João Vitor Viana

ESPECIAL: A INDEPENDÊNCIA DO CRUZEIRO PASSA PELO MINEIRÃO




O Cruzeiro é um time grande, de tradição, de histórias, de uma grandeza absurda. Certamente tudo isso foi bem abalado pelas gestões passadas, principalmente de 2010 para cá, quando o buraco foi se abrindo até se transformar num "Grand Canion".

Contudo, dentro da apequenada momentânea celeste, várias ações não podem faltar. Estádio e torcida. Com a vacinação, a volta do público será gradativa e, talvez em 2022, ela já possa ir normalmente ao campo, onde sempre foi um espetáculo.

E o campo? Esse tem que ser o Mineirão, a casa do Cruzeiro desde 1965, estádio de tantas glórias e histórias. As maiores conquistas do Cruzeiro acontecerem naquele gigante, imponente da Pampulha. "Ah, mas o Independência é mais barato", Ah, estão nos pagando para jogar ali". Não, o ressurgimento do Cruzeiro se dá pela sua casa. Que o clube faça um acordo com a Minas Arena, abaixe os custos a um patamar menor que do Independência e jogue no estádio majestoso!

A mudança que o clube optou numa reta final de Série B não foi sábia. O Cruzeiro não estava, certamente, pontuando tanto no Mineirão. Mas pontuou assim no Independência? Desculpe, mas o campo ficou ainda mais neutro. Sem torcida e sem nenhuma ligação com o Cruzeiro.

A Independência do Cruzeiro da Série B passa pelo Mineirão. Teremos, sim, um time de Série B, sem atletas badalados, com folha bem menor. Mas com vontade e mudança de comportamento da diretoria tudo é possível. O Cruzeiro é maior que tudo isso, inclusive que o próprio Mineirão.

Mas juntos, Cruzeiro e Mineirão se confundem. Temos que ser independentes! E pensamento positivo em voltar logo à Série A!


Por: João Vitor Viana

ESPECIAL: A escravidão, segundo Dedé




Quando Dedé pede a palavra, podem esperar que já vem bobagem! Foi assim na "Era Ceni", no pós-rebaixamento, está sendo assim em mais um ano de inatividade e vontade árdua de deixar o Cruzeiro, onde alega viver em condições análogas à escravidão.

Afinal, ele trabalhou muito nesse tempo de Cruzeiro. Quatro anos só no Departamento Médico. Uma faculdade! No caso dele, uma pós, um mestrado, um doutorado, PHD... De fisiologia ele certamente entende e dá aulas para muitos médicos especialistas por aí. E sob um salário de R$ 750 mil, mais bônus por conquistas, nossa, o "escravo Dedé˜ passou muita necessidade! Conseguiu adquirir apenas algumas propriedades, fez viagens, trocou porsches, coisas que todo o escravo, antes da Lei Áurea, fazia.

Aliás, buscando nos livros históricos, em séculos atrás, tínhamos absoluta certeza que o escravo recebia, sem trabalhar, algo em torno de R$ 30 milhões. Autores que escreveram o contrário, é bom retirarem seus livros das prateleiras! Escravo, segundo Dedé, é milionário, não trabalha, viaja para a Disney, dança funk machucado, bloqueia seguidores das redes sociais e processa o clube com quem tem contrato, exigindo receber R$ 750 mil mensais quando a receita no ano chegou a R$ 80 milhões. De rescisão contratual, pede R$ 35 milhões e, pasmem, quer danos morais! Fora 1/3 de férias para quem passou quatro anos parado.

A escravidão mudou de conceito? Vou voltar a pesquisar no dicionário Michaelis, o significado do termo. Será acho que me enganei?

Escravidão:

Condição daquele que é escravo; cativeiro, escravaria, escravatura.
Sistema social e econômico fundado na escravização de pessoas; exploração do trabalho escravo; escravagismo, escravatura, escravismo: “Em homenagem ao herói que lutou contra a escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares, o Dia Nacional da Consciência Negra costuma ser marcado por denúncias e protestos contra a discriminação racial” (RJ).
3 Condição de falta de liberdade; submissão a uma autoridade despótica.
4 FIG Condição daquele que se encontra sob o domínio ou na dependência de uma droga, paixão, compulsão ou de qualquer vício em geral: Vive na escravidão do crack.
5 FIG Situação, atividade ou qualquer outra coisa que, pelo seu caráter repressivo, impõe alguma restrição ou constrangimento: “[…] cozinhar deixou de ser vergonha e símbolo de escravidão da dona de casa comum para virar justamente o oposto, prova de ascensão social, de bom gosto, de requinte e de libertação feminina” (RN).


A cara de pau do ser humano assusta! A ganância e a ambição de alguns é insana e passa dos limites. Que vergonha! Se alguém tinha que pedir danos morais, esse alguém era o Cruzeiro. Que roubada ter esse zagueiro aqui por tanto tempo, fazendo absolutamente nada, dando só prejuízo e acreditando na recuperação dele, que a cada dia parece estar mais longe de acontecer.

E aproveitando o ensejo e o momento, a escravidão foi um momento nefasto da história da humanidade! Só o ser humano é tão ruim capaz de escravizar alguém de sua espécie. E trazer um cenário tão débil à tona, não apenas é um ultraje pela situação, como um câncer jurídico peticionado. Uma mentira deslavada de quem, quando sair, faremos festa. Que outros R$ 277 mil sejam pagos pelo próprio atleta à justiça! E que o Cruzeiro avalie o caráter de um atleta antes de contratá-lo. Esse aí, com cara de bom moço, de discurso de coitadinho, que todos falam que tem um grande coração... olha só o que aconteceu! Culpa só dos advogados, que não sabem orientá-lo? Certamente não.

E muita falta de cultura de alguém que deveria saber muito bem o que foi a escravidão. Afinal, é algo que ninguém merece e que, infelizmente, os negros, no mundo todo, sentiram isso na pele, com dor, com morte, com sacrifícios. 

Escravidão, senhor Dedé, é muito longe disso! Conheça a realidade do país onde vive, respeite o povo, que às duras penas, recebe um salário, quando muito, no fim do mês! Se não tem o que acrescentar, é melhor não pedir a palavra!

Por: João Vitor Viana


Cruzeiro acerta com Felipe Conceição




O técnico do Cruzeiro será Felipe Conceição. O técnico, de 41 anos, faz sua despedida do Guarani nesta noite, pela Série B do Brasileiro. Ele é esperado em Belo Horizonte já nesse sábado, mas devido à mudança, pode ser que esteja na capital somente na segunda-feira. Em trabalho bem feito no Bugre, o treinador, que renovou recentemente o contrato por lá, saiu do rebaixamento e, em determinado momento, quase ficou entre os melhores, numa recuperação que chamou a atenção mais uma vez.

Felipe volta a trabalhar em Minas. Como técnico do América, fez ótima campanha em 2019, deixando o clube e acertando com o Bragantino em 2020. Contudo, apesar do desempenho inicial, acabou demitido e contratado pelo Guarani, onde fez outro bom trabalho de recuperação.

O perfil de Felipe é muito diferente do xará, Felipão. Adepto do futebol moderno e ofensivo, Felipe se categorizou, ultimamente, por usar atletas "bons e baratos", de uma maneira tática envolvente, dentro e fora de casa. Seus times costumam trabalhar bem a base e jovens jogadores "esquecidos" em centros periféricos, somados a outros, mais experientes, mas que agregam ao time. Para tirar Conceição do Guarani, o Cruzeiro terá que pagar uma multa, considerada de baixo valor, cerca de R$ 100 mil. Segundo informações preliminares, Felipe chega ao Cruzeiro com "carta branca" para reformular o elenco, com um contrato bem melhor que no Bugre até o final do ano, com cláusula de renovação por mais um, com bonificação por metas alcançadas, principalmente quanto ao acesso.

Respaldo da torcida e de dirigentes

Sérgio Santos Rodrigues buscou informações com dirigentes que trabalharam com Felipe e teve resposta positiva. Em enquetes, Felipe sempre foi um dos mais lembrados, tendo, assim, respaldo da China Azul. Diferentemente de 2020, quando a diretoria foi na contramão do torcedor, ao que parece, dessa vez, ambos pensaram parecido.

 

Por: João Vitor Viana

O Fantástico Mundo de Dedé: o escravo que recebe R$ 750 mil




O mundo atual é de uma hipocrisia e de uma cara de pau difícil de acreditar. Nem é conversa de advogado somente. Falo isso porque, assim como jornalista, também sou advogado mas há tanta coisa que acontece que, quando a gente acredita que já viu de tudo, eis que aparece um jogador de futebol, dono de porsches, posses variadas e um salário de R$ 750 mil falando que vivia em condição análoga de escravo no Cruzeiro. O cara não tem filtro!

O juiz, quando viu as alegações de Dedé no processo que pede rescisão contratual com o Cruzeiro e uma indenização de R$ 35 milhões, deve ter, no mínimo, dado risada daquilo transcrito ali. Afinal, Dedé alegou que vivia em condição de escravo no Cruzeiro, não recebia seus vencimentos integralmente e que isso o fazia passar necessidade. Eis o Fantástico Mundo de Dedé, o mundo do coitadismo, do vitimismo, da mentira, da necessidade de tirar vantagem em tudo e da extrema cara de pau.

Ainda bem que o juiz não apenas negou o pedido do jogador, como ainda o condenou a pagamento de custas processuais no valor de R$ 277 mil.

É lamentável a postura que muitas pessoas têm adotado e tão lastimável quanto, são as justificativas, as mais infundadas, sobre aquilo decorrido. Dedé, menos! Quatro anos no estaleiro e recebendo integralmente, dançando funk em festa com o joelho todo ferrado e vem falar de escravidão?

Assim como disse o juiz, atualmente vivemos em um país onde pessoas, em plena pandemia, lutam para sobreviver com um salário mínimo. Essas pessoas, Dedé, não reclamam de barriga cheia! O senhor, que já foi chamado de "mito", além de jogar sua história no Cruzeiro no lixo, mostra-se uma pessoas de índole terrível. É inacreditável quando Dedé pede a palavra e tudo costuma dar errado. 

O melhor caminho seria o senhor propor rescisão com o Cruzeiro de forma amigável. Mas quer sair na vantagem, como saiu em todos os anos no DM do clube e isso a justiça não vai permitir. Vamos ver no que isso vai dar. Enquanto isso, aquele que se diz viver em condição de escravo pode continuar comendo seus brioches, queijos importados, vinhos franceses, dentro de seu carro do ano.

Por: João Vitor Viana

Twitter: @jvviana

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Três frentes de receita e uma possível venda: o Cruzeiro dos próximos dias




O Cruzeiro trabalha nos bastidores para, primeiramente, acertar as questões financeiras emergenciais. Paralelo a isso, necessita de contratar um técnico para fazer o planejamento, em conjunto com o departamento de esportes do time, de reestruturação do time para o ano de 2021.

No entanto, há necessidades de criação de receitas. Para isso, o Cruzeiro se aproximou de Ronaldo Fenômeno e algo pode sair dessa parceira. Junto a isso já havia formalizado um acordo com o governo de Moçambique por cinco anos, recebendo R$ 2,8 milhões por ano e necessita pagar dívidas na Fifa, principalmente aquela que impede o registro de novos atletas temporariamente.

Para tanto, negocia a venda de Jadsom ao Bragantino e tem sondagens pelo zagueiro Cacá, que iria jogar a última partida, nesta sexta-feira, contra o Paraná, mas que devido a negociações nem foi relacionado. O Cruzeiro pretende vender o jogador, mas continuar com percentual futuro dele. Em 2020 chegou a receber uma proposta de um clube norte-americano, no valor de US$ 2 milhões, mas era por 100% do jogador, o que não interessou naquele momento. No momento, as sondagens são do futebol japonês, que são por empréstimo, com possibilidade de compra. O Cruzeiro estuda possibilidades, que deve passa pelo crivo do novo técnico.

Outras receitas

O Cruzeiro está tentando vender a sede campestre da rua das Canárias. O preço fixado é de R$ 13,6 milhões por uma área construída de 6.200m2 e uma área total de 9.500m2. Junto a isso, iniciou conversas com o ex-atacante Ronaldo Fenômeno, que poderá abrir muitas portas e investimentos para a Raposa a partir de 2021, além, obviamente, a questão da venda do Orejuela.

Por: João Vitor Viana


Sob olhar de Mazzuco, Cruzeiro monitora Henrique




O Cruzeiro está de olho em reforços para a sequência de 2021. E o primeiro nome que aparece é um velho conhecido de André Mazzuco, que trabalhou no Vasco há pouco tempo. Trata-se do lateral-esquerdo Henrique, de 26 anos. O jogador é revelado pelo Vasco e só jogou por aquele clube em toda a sua carreira.

Técnico, é um jogador regular, que costuma defender e atacar bem. Próximo de poder assinar um pré-contrato e sair de graça, o atleta poderia rescindir ou ser moeda de troca com algum jogador do Cruzeiro. O time mineiro busca clubes na Série A para alguns de seus atletas e pode, inclusive, fazer algum negócio sem envolver dinheiro. 


Machado fez sua despedida contra o Operário




O volante Machado não joga mais pelo Cruzeiro. O clube informou que tanto ele quanto Manoel estão fora da partida contra o Paraná. O Cruzeiro, que já tinha uma legião de desfalques, soma mais dois. Além deles, que segundo informações, estariam com dores na coxa, serão ausências: Fábio, Ramon, Cacá e Airton. 

Desde que seu empresário encontrou com a cúpula celeste e disse que Machado não ficaria, pois tem propostas de outros clubes, era forte a informação que ele não jogaria mais pelo clube. Talvez até por preservar um último jogo e uma ida a um clube sem contusão, ele não vai a campo. O mesmo ocorre com Manoel, que poderá, também, deixar o Cruzeiro.

Ou seja, esse comunicado que ambos estão com dores na coxa mais se assemelha a um migué diante de uma partida sem a menor importância para ambas as equipes. Jogo com cara de treino.


Por: João Vitor Viana

Cruzeiro perto de vender Jadsom




O Cruzeiro deverá anunciar, até amanhã ou, no mais tardar, sábado, a venda de 40% de Jadsom Silva ao Bragantino. O clube, que tem bala na agulha por causa da empresa Red Bull, vai pagar US$ 1 milhão (5,4 milhões) pelo jogador, mais uma bonificação, não revelada. O Cruzeiro, ainda, manterá 20% dos direitos do volante, de 19 anos.

Jadsom, recentemente, entrou na justiça contra o Cruzeiro e teve, liminarmente, a rescisão indireta negada. Por causa da venda, conduzida por André Mazzuco, o atleta vai retirar a ação que pedia, entre outros, um valor de R$ 2 milhões à Raposa.

Contratado junto ao Sport ainda para a base, Jadsom tem 60% dos direitos presos ao Cruzeiro e o restante ao clube nordestino. Qualquer percentual envolvendo o Sport será negociado à parte, se for desejo do Bragantino.

Polêmica

Jadsom, recentemente, teve seu nome ligado à uma polêmica com uma torcedora. O jogador, após o problema, veio a público explicar o mal entendido. No entanto, não melhorou muito a situação. No mesmo dia que entrou na justiça contra o Cruzeiro, ele suspendeu sua conta no Instagram sendo que, um dia antes, declarava amor ao clube.

Por: João Vitor Viana

Sassá deixa o Cruzeiro




Sassá não deverá mais vestir a camisa do Cruzeiro. Com contrato até o final deste ano, o jogador foi emprestado, ontem (27), ao Marítimo, de Portugal. O jogador, inclusive, embarca hoje para o país. O vínculo com o atleta também é de um ano. O Cruzeiro não divulgou se prorrogará o contrato de Sassá devido ao empréstimo, mas a tendência é que isso não aconteça.

Pouco utilizado no ano passado, até porque estava emprestado e acabou devolvido pelo Coritiba, o atacante, que chegou com fama de "baladeiro", "bagunceiro", mas que fazia gol, nunca engrenou no Cruzeiro.

Desde que retornou, fez 11 jogos pelo Cruzeiro e nenhum gol. Ao todo são 81 jogos e 20 gols pela Raposa.

Covid-19

Sassá terá um problema burocrático a ser resolvido quando chegar ao país europeu, que nesta quarta-feira fechou as fronteiras com o Brasil, salvas situações. Sassá, possivelmente, terá que cumprir isolamento social e atestar que nas últimas 72h fez teste de covid. O país europeu vive verdadeiro surto, com mais de 200 mortes por dia. Nesta quarta-feira, o maior hospital do país teve mais de 20 ambuläncias em fila, esperando atendimento para pacientes.


Por: João Vitor Viana

Cruzeiro quer valor mínimo por sede campestre




O Cruzeiro tem um valor mínimo pela sede campestre, da rua das Canárias: cerca de R$ 13,6 milhões. No entanto, as propostas que chegaram até aqui são bem abaixo do valor de mercado. Uma área de 9.500m2, sendo 6.500m2 construída e que é bem valorizada. No entanto, o momento atual, de pandemia, segundo especialistas é muito ruim para venda de imóveis, devido à baixa de poder de compra de vários investidores ou, até mesmo, desinteresse.

O clube tenta acertar a venda do imóvel para quitar algumas dívidas da Fifa e também pagar parcelamentos de outras.

Inicialmente, este é o único imóvel a ser posto à venda. O clube não tem, de imediato, intenção de abrir mão de outro, para quitação de dívidas. 

O presidente Sérgio Santos Rodrigues afirmou, ainda, que o clube pretende abrir mão da sede administrativa do clube, que seria alugada. No entanto, até ontem, o funcionamento da sede era normal, como foi observado, in loco, pelos jornalistas do site.

Por: João Vitor Viana

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Organizadas marcam novo protesto. Será sexta-feira!

 Algumas torcidas organizadas do Cruzeiro marcaram para a próxima sexta-feira, às 17h, na Sede Administrativa do clube, novo ato de protesto. As reivindicações foram listadas na convocação, divulgada nos perfis oficiais da Fanati-Cruz e da Máfia Azul.

O protesto acontecerá devido ao ano catastrófico do clube e a falta de proximidade da diretoria e seus torcedores, além de blindarem diretores incompetentes. Diferentemente do papo do início de 2020, tudo aconteceu de forma diversa e nenhuma explicação plausível veio à tona, muito pelo fato de o clube não ter um diretor de comunicação e um diretor de marketing competente, mais parecendo que o senhor Sérgio Rodrigues quem faz o trabalho.

“É inadmissível a postura do nosso ‘até então’ presidente do clube, além de omisso e sem pulso, desde a sua entrada só escutamos promessas em vão, mentiras atrás de mentiras, que vem comprometendo a montagem do elenco desde quando assumiu (sic)”, diz o chamamento.

“Nossas reivindicações são os desejos de todos: demissão Deivid (diretor-técnico) e Benecy (Queiroz, administrador da Toca II); planejamento competente no departamento de futebol para temporada 2021; expulsão dos 29 conselheiros e apuração dos demais envolvidos; voz ao povo”, complementa o grupo.

O protesto acontecerá horas antes do jogo entre Cruzeiro e Paraná, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O time comandado pelo auxiliar Célio Lúcio, que substitui Felipão interinamente,  entrará em campo às 21h30, no Durival de Britto, em Curitiba. A Raposa não tem mais chances de acesso ou risco de rebaixamento. Já o Paraná, coitado, está rebaixado, cagado em dívida e sem presidente.

No último dia 20, torcedores se manifestaram na porta do Independência, antes da partida do Cruzeiro contra o Operário-PR. Naquela oportunidade, as pautas do protesto foram muito parecidas. Faixas exigiam as saídas de Benecy e Deivid e chamavam o presidente Sérgio Santos Rodrigues de ‘mentiroso’.


Leia, na íntegra, a convocação para o ato desta sexta:


PROTESTO GERAL!


Convocamos os demais torcedores cruzeirenses a realizar um protesto geral na sede administrativa.


Nossas reivindicações são os desejos de todos:


- Demissão Deivid e Benecy.


- Planejamento competente no departamento de futebol para temporada 2021.


- Expulsão dos 29 Conselheiros e apuração dos demais envolvidos.


-Voz ao Povo


- Dissolução de todo Conselho.


É inadmissível a postura do nosso "até então" presidente do clube, além de omisso e sem pulso , desde a sua entrada só escutamos promessas em vão, mentiras atrás de mentiras, que vem comprometendo a montagem do elenco desde quando assumiu.


O "Sr. Jim Carrey" é um ser autoritário que quer a todo custo impor sua vaidade dentro do clube, e deixando o verdadeiro dono do clube o TORCEDOR de fora das decisões do clube.


Não podemos deixar que manchem mais a história do Cruzeiro !

Imóvel da Pampulha pode ser vendido


O Cruzeiro, em breve, poderá obter um alívio financeiro. Isso porque nesta quarta-feira,
obteve a substituição de bem penhorado e poderá negociar o imóvel situado em frente ao clube da Pampulha, na Rua das Canárias, bairro Santa Branca, em Belo Horizonte. Em contrapartida, foi oferecida à União Federal, em caso de eventual execução fiscal, o prédio da sede administrativa do Barro Preto. O juiz federal substituto João Miguel Coelho dos Anjos, da 26ª Vara Federal de Execução Fiscal de Minas Gerais, proferiu a decisão na última segunda-feira, 25 de janeiro. Aliás, nesta quarta-feira, o prédio funcionava normalmente. Há alguns dias o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, afirmou que o clube estava de mudanças para outras instalações, o que ainda não ocorreu e nunca foi explicado como tudo aconteceria.

“Dessa forma, considerando a existência de acordo entre as partes e que a União se manifestou favoravelmente ao pleito, autorizo, nos termos do art. 15, II, da Lei nº 6.830/80, a substituição da ordem de indisponibilidade que recaiu sobre o imóvel localizado na Rua das Canárias nº 269, Bairro Santa Branca, em Belo Horizonte/MG, com área total de 9500 m², representado nas matrículas nº 46.117, 46.118, 46.119 e 46.120 do Cartório do 6º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte/MG, pela penhora do imóvel que compõe a sede administrativa da parte executada - matrícula nº 68.174 do Cartório do 7º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte”. 

Com contas atrasadas, dentre elas, a maior, o pagamento de salários de atletas e dívidas com clubes, inclusive o PSTC, esta que impede o Cruzeiro de registrar novos atletas até o presente momento, o clube poderá, enfim, acertar muitas pendências, ainda que para isso tenha que vender o imóvel, o que, no momento, não é bom, devido à pandemia. Segundo especialistas, o mercado imobiliário está de compra, não de venda.

Por: João Vitor Viana

Cruzeiro vai precisar crescer

O Cruzeiro é um gigante.

Mas diante de profissionais, terá que crescer.

Para o Brasil inteiro, o clube é uma bagunça, não tem projeto e conta os dias para fechar as portas devido sua imensa dívida.

Aliás, diariamente, jornalistas mineiros e pelo Brasil fazem questão de ressaltar isso em matérias.

Um jornalista diz que Felipe Conceição não aceitaria proposta "nem do Flamengo", outro diz que "Lisca já descarta do Cruzeiro", ainda que não tenha falado, em nenhum momento, que não aceitaria treinar o Cruzeiro.

Mas todas as matérias são escritas com o intuito de dizer que o Cruzeiro deve muito e a dívida é de "X".

Por isso, o convencimento de profissionais terá que ser forte.

A "marca Cruzeiro" perdeu valor desde 2019.

A diretoria anterior destroçou um clube quase centenário e, a atual, pouco fez para melhorar isso.

Aliás, tem uma comunicação e um marketing bem ruim de serviço, sem direção e com profissionais que mais parecem alunos de quinta série a um jornalista formado.

Time com um sistema de sócio que não engrena, de um presidente que não fala a verdade e some e de diretores questionáveis.

Quem vier para o clube, precisa saber do que está ocorrendo e como as coisas vão acontecer.

Tudo tem que ser feito dentro de um orçamento e PRECISA SER HONRADO!

Iniciativas novas também precisam acontecer, principalmente voltada à base do clube.

A "marca Cruzeiro" é gigante, mas se apequenou junto aos gestos, fatos e momentos que sua diretoria foi o "ator principal".

Isso de 2010 para cá, sem poupar ninguém.

Numa avalanche de lixo, merda, mijo e dívidas, é preciso que isso seja limpo, ainda que demore.

Mas dentro de um planejamento, de uma coerência, de um passo para trás para que seja tomado impulso para um lugar melhor.

Isso sem vaidade, com conversa, com profissionalismo e sem ideologias ultrapassadas.

O Cruzeiro precisa crescer.

E isso vai depender de quem guia o barco, à deriva e que necessita de alguém que ponha as coisas nos seus devidos lugares.

Vamos ver o que será proposto a técnicos e atletas.

Hoje não há 12 jogadores que sirvam para vestir a camisa do clube.

Assim, precisaremos não apenas de um maestro para comandar a banda, como de músicos calejados, contratados em atacado para compor um elenco.

Lembrando que o clube, ainda, está com bloqueio de inscrição de novos atletas, já que tem uma dívida com o PSTC.


Por: João Vitor Viana

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Hora de um projeto!


A última rodada da Série B vai reservar somente emoções na parte de cima da tabela. América e Chapecoense lutam pelo título, que significa mais R$ 3 milhões na sua conta, já que o vencedor da Série B entra direto nas oitavas-de-final da Copa do Brasil; além da última vaga no G-4, disputada por Avaí, CSA e Juventude. A tendência é que o CSA ocupe aquela posição, pelos encontros de sexta-feira, última rodada da competição.

Na parte de baixo, já caíram os quatro: Oeste, Botafogo-SP, Paraná e Figueirense. Assim, o jogo entre Paraná e Cruzeiro é meramente protocolar. Inclusive poderia o auxiliar fixo, Célio Lúcio, já usar esse jogo como amistoso para testar esquema e atletas, deixando alguns, que não vão continuar de fora. É o caso, por exemplo, de Machado, atleta que interessa a alguns clubes e que já foi anunciado por seu procurador que não permanecerá. Atletas caros, como Moreno, Henrique e Leo, sequer deveriam figurar no banco. São jogadores que a diretoria vai precisar por em algum time, já que não há orçamento para suportá-los.

Bom, ao menos deveria ser. O Cruzeiro precisa de um projeto. Para 2020, falou-se de um "Novo Cruzeiro", que nunca existiu. Erros e mais erros e um ego que falou mais que a competência diretiva foi determinante para permanência do time da Série B. Um clube que se distanciou da torcida, de um presidente que iludiu jogadores e treinadores e que paga por isso hoje, haja vista a pressão que a torcida faz. 

O Cruzeiro, hoje, não tem uma comunicação eficiente, não tem um marketing decente e não consegue falar a língua do torcedor, que nada mais é que um mero consumidor. O presidente, infelizmente, acha que qualquer um faz comunicação. Hoje, a comunicação do Cruzeiro é uma assessoria pessoal do presidente, de extremo mal gosto e imensa "lambeção de saco". É inacreditável!

Se o Cruzeiro quer atrair não apenas o torcedor, mas treinador e jogadores que mudem a realidade de agora, é preciso ter pés no chão, humildade, aproximação com o torcedor e deixar alguns posicionamentos de lado, principalmente a blindagem de dirigentes, que nunca mostraram empatia e se escondem atrás de um escudo de Sérgio Rodrigues, numa covardia incrível.

João Vitor Viana

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Rodada maluca!

 As chances são mínimas, quase inexistentes. Mas os resultados dessa rodada parecem conspirar a favor. Parece que aquele quarta vaguinha de acesso está sem dono ou sem interessados. O Juventude e o CSA, que estavam mais ali com mais frequência, têm tropeçado constantemente. O Sampaio Corrêa, derrotado pelo Cruzeiro na rodada passada em seus domínios, voltou a perder e já pode ser ultrapassado pela própria Raposa. O Cruzeiro, que joga hoje a campo, contra o lanterna Oeste, se vencer, pode ficar a apenas cinco pontos do G-4. Isso faltando quatro rodadas para o final da competição. Ou vi um "haja coração"? Pois é.

Nas redes sociais, o torcedor tem dito: "O problema é que a gente precisa acreditar no Cruzeiro"; "O Cruzeiro não me dá sossego. Será que vai?"; "Cruzeiro, por que você fica me fazendo acreditar?". Por mais que o Cruzeiro seja irregular, caso vença, o clube não só chega ao nono lugar como diminui a distância para o grupo dos quatro melhores. 

O maior dos problemas, no entanto, parece ser interno. O clube parece não ter presidente e, nesta terça-feira, como protesto, os atletas não se concentraram para a partida, haja vista que estão com salários atrasados e não têm sido atendidos pela diretoria. A atitude contou com o aval do técnico Luiz Felipe Scolari. No entanto, os atletas prometeram compromisso com o clube nessa noite.

Resultados

Ponte 2 x 2 Cuiabá (bom)

CRB 2 x 0 Guarani (bom)

Confiança 1 x 2 Operário-PR (ruim)

Botafogo-SP 2 x 1 Sampaio (bom)

Paraná 2 x 0 CSA (bom)

Brasil-RS 2 x 1 Juventude (bom)

Náutico 0 x 0 América (bom)

Chape 2 x 1 Figueirense (bom)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

100 anos em seis partes. Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. O famoso 6-1 (6/6)

Como venho escrevendo nessa série, comecei a ir ao Mineirão em 1990. Vi jogos épicos, vi derrotas e vitórias do Cruzeiro. Vi vários títulos. Mas um jogo, especificamente, não quis estar presente. Não confiava naquele time de 2011, desmontado por completo do ano anterior e completamente remendado e sem dinheiro. Num jogo onde os dois melhores jogadores não estariam em campo: Fábio e Montillo estavam suspensos. E o jogo poderia decretar o inédito rebaixamento do Cruzeiro. Pela frente, o maior rival em Minas. De consolo, apenas que a torcida seria toda azul e branca.

Vi de casa. Já morava sozinho naquela altura e resolvi ver o jogo ajoelhado. Eu e minha tv. Nem meu cachorro, Enricco, eu tinha ainda naquele momento. Mais parecia um árabe rezando para Meca. O jogo estava rolando, mas eu mais ouvia que via. Tudo só melhorou quando vi Roger iniciar o massacre. O mais interessante é que nem depois dos 3-0 eu ainda estava convicto.

Mas quando ficou 5-0, aí sim, veio o alívio. 6-1 acabou sendo uma consequência que até hoje o torcedor do adversário afirma que foi comprado. Não admitem que brocharam. Talvez por terem festa no meio de semana, achando que seria fácil vencer. Mas viram jogadores em campo com espírito de campeão. Ao menos ali, naquele momento de 2011, viu-se um time jogar com muita vontade, orquestrado por Roger Flores, que comandou aquela vitória épica.

O complicado foi o depois do jogo. Eu havia prometido que para qualquer gol naquela partida, seja do Cruzeiro ou do rival, seria uma dose. E, pelo que me lembro, se o Bahia vencesse o jogo dele, o Cruzeiro já se salvava. Tomei mais duas doses para o Bahia e, depois, ainda fui para um bar comemorar a permanência na Série A. 10 doses. No outro dia, quem era eu?

Nova chance: Cruzeiro segue sua sina de buscar o equilíbrio. Chance de acesso é de 0,74%

 O Cruzeiro é uma espécie de "Potkker da Série B". Aquele que você aposta que vai engrenar mas, de uma hora para outra, chuta o balde de leite. A vaca burra da fazenda ou, ao menos, a improdutiva. Aquela que vive numa onda de um mundo paralelo e que, para por os pés no chão, custa. Ou custou. Desde que o clube se viu em apuros financeiros e se viu "rasgando dinheiro" sob comando de Adilson/Bolicenho e, depois, com Enderson/Ney/Drubsky/Deivid, o clube passou a mudar o discurso. Do "vamos cumprir os salários", "é nossa obrigação estar em dia" e "é nossa obrigação subir", deu lugar para "2021 a gente sobe no final do ano", "aprendemos com os erros", "precisamos de uma segurança maior". O que? Você não ouviu o "aprendemos com os erros", né? Pois é. Foi pegadinha. Eu também não ouvi.

E assim como o time não aprendeu com os erros que a instabilidade em campo é imensa. O time não tem um equilíbrio e quando mais se espera dele, que ele consiga uma sequência, a deficiência técnica, junto a um nervosismo, atrapalha, e o resultado não vem. Sinal disso é estar no meio da tabela, mesmo com uma folha salarial mais cara da Série B.

Com apenas um clube na B que também foi campeão Brasileiro, o Guarani, o time celeste dificilmente subirá. Chances remotas. Segundo estatísticas da UFMG, 0,74% apenas. Diante do Oeste, o lanterna, que venceu apenas uma das 16 partidas que fez fora, o Cruzeiro terá nova chance de emplacar duas vitórias seguidas, algo raro desde o ano passado. Que Fábio motive o time, como fez diante do Sampaio Corrêa; que o sal grosso seja jogado do Independência; que qualquer mandinga seja feita para o Cruzeiro chegar aos 47 pontos. Não porque acredito que o time vá subir. Acredito, aliás, que daqui uns meses estará diante do Botafogo, do Coritiba, do Remo, do Paysandu, do Goiás, do Bahia. Times muito mais fortes que esses que pegamos essa temporada. Até por isso, fala-se, nos bastidores, de enxugamento de folha, contratações pontuais de jogadores "cascudos" e rodagem e num time mais coeso, menos técnico, mas mais vibrante.

Contra o Oeste, nova chance de mostrar equilíbrio. Contra o Oeste, mais uma chance de alguns mostrarem valor. Manoel volta; Potkker e Giovanni, suspensos, estão fora. 

 

Por: João Vitor Viana

100 anos em seis partes: Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. O Novo Mineirão (5/6)

 O palco celeste se fechou por anos.

O Cruzeiro teve que mandar seus jogos para longe.

Lembro de ter que ir para Sete Lagoas, naquele acanhado estádio, ver o time jogar Libertadores.

Muito chão e pouca história por aqueles lados.

Cruzeiro é de BH, do Mineirão.

Nem se os jogos fossem para o Independência teria o mesmo sentido.

Até que o Mineirão voltou.

Reabriu sobre outra égide.

Sobre uma administração que não era mais da Ademg.

E como foi difícil ver o jogo de reestreia do estádio.

Uma bagunça.

Problemas com ingressos aos torcedores, de credenciamento aos jornalistas.

Eu, que estava apto a cobrir o jogo, perdi o primeiro tempo por causa da burocracia de entrada.

Não vi o gol contra de Marcos Rocha naquele Atlético x Cruzeiro.

Não vi o gol do Atlético, que empatou a partida.

Mas consegui ver o gol de Dagoberto, que decidiu o jogo.

No campo, tudo bem.

Fora dele, parecia que havia passado um furacão.

Faltou até água.

Ainda bem que tempos depois se resolveu e hoje não há mais esse amadorismo.

Mas foi tenso.

Tempos que, graças a Deus, não voltam mais.

E uma história que só posso contar pelo segundo tempo, já que não vi o primeiro.

Ah, Minas Arena!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

100 anos em seis partes. Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. O jogo da minha vida (4/6)

 Poucas são as pessoas que têm a feliz alegria de estar numa final de campeonato. Seja regional, Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores, Supercopa, Mundial, dentro de um nicho de milhões, você estar ali, no palco da decisão, é uma sensação incrível. Imagina para alguém com 17 anos, iniciando a vida e sendo movido por uma avalanche de cânticos e atmosfera incrível? Esse alguém era eu na final da Copa do Brasil de 2000.

O Cruzeiro foi tetra, pena, hexa depois. Havia sido campeão da Libertadores três anos antes. Mas a emoção que aquele jogo passou, não tenho dúvidas, foi a maior que já senti. Cruzeiro de André, Muller, Fábio Júnior, Sorin, Viveros, Oseas, Clebão, Ricardinho e ele, Giovanni, o predestinado. Giovanni, dois anos antes, havia sido emprestado ao América, onde não teve tanta chance e quase foi dispensado pelo Cruzeiro em 1999, com Levir Culpi. E aquele seria o jogo que marcaria a vida dele e de milhões de cruzeirenses.

Na antiga cadeira de setor do Mineirão, abaixo das arquibancadas e no nível do gramado, lembro do gol de Marcelinho Paraíba, que silenciou o Gigante da Pampulha, mas a torcida, apenas de forma momentânea. Vi e ouvi choros por perto, de quem estava acreditando mas, por algum motivo, começara a duvidar daqueles guerreiros que estavam em campo. Talvez, até pelo fato do técnico, Marco Aurélio, fazer sua despedida. Ainda que fosse um treinador de final, o Cruzeiro havia anunciado, antes do jogo, a chegada de Luiz Felipe Scolari. Ou seja, haveria troca no comando e os jogadores poderiam não se dedicar como a torcida esperava.

No entanto, as coisas começaram a mudar quando Ricardinho acionou Muller que, com um tapa, pôs Fábio Júnior frente a frente com Rogério Ceni. E ali o fuzil AR15 do matador azul furou a barreira do gol são-paulino. Tudo empatado aos 34min de jogo e uma esperança ressurgiu. O empate ainda daria o título, naquela época, ao São Paulo, por ter feito gol na casa do adversário. O primeiro jogo havia terminado em 0 a 0.

O tempo foi passando e o torcedor voltou a ficar apreensivo. Clebão, aos 41min, deu um bico e a bola foi parar nas mãos de Rogério. A sensação de tristeza e apreensão voltara. Não apenas naquelas pessoas que haviam começado a chorar quando o gol do adversário saiu, mas de todos no Mineirão. Jovens, adultos e idosos roíam as unhas e torcidam pelo lance que decidiria a partida.

E o lance veio aos 44min, quando a bola, curiosamente, estava com o São Paulo, que trocava passes no meio e o Cruzeiro estava recusado. Levir Culpi, aquele mesmo, que quase mandou Giovanni embora no ano anterior, havia tirado todos seus atacantes e recuado o time. Pôs um tal Axel em campo, jogador rodado, experiente, com a função de marcar e parar o jogo. E foi justamente Axel que errou um passe no meio-campo, recuando a bola de forma equivocada para Rogério Pinheiro, que perdeu na corrida para o menino Giovanni. O zagueiro não teve outra alternativa que não parar o atacante celeste com falta e levar o cartão vermelho.

O lance estava ali. Poucos metros da grande área. Mas o tempo estava correndo e era mais um adversário contra. O São Paulo não respeitava a distância da barreira de 9,15m, ficando ali, entre 7,7m e 7,9m, como se pode ver, hoje, no Youtube. Quem batia faltas no Cruzeiro era Ricardinho, que estava ali, próximo de Giovanni. Contudo, o atacante de 20 anos naquele momento, pediu a bola. Muller, aos berros, falava para ele bater forte. Enquanto isso, Alberto Rodrigues dizia: “Muller o aconselha”; Luciano do Valle falava: “Muller fala para Giovanni bater com fé”; “Cleber Machado ecoava um “Muller está bravo”. A torcida estava tensa e esperava, do jovem, o gol do título. E num chute, de falta, que mais parecia um pênalti, diria Albertinho, Giovanni estufou as redes de Rogério. Poucos se lembram que o volante Donizete Oliveira, na hora da cobrança, deu um tranco na barreira, que abriu. A bola passou debaixo das pernas do volante Axel, aquele mesmo que Levir havia optado por entrar e esfriar o jogo e que errou no passe que originou a falta.

O mundo deu voltas para Levir. O seu time acabou sendo derrotado com o gol do atacante que ele não soube aproveitar um ano antes, por erro de um jogador que ele acreditou que venceria aquela final para “fechar o meio”. Mas aí vocês vão perguntar: “Mas e aquele lance que teve logo em seguida, quando Clebão salvou em cima da linha?”. Sim, teve, sim, esse lance. Marcelinho Paraíba, novamente, quase marcou. Numa defesa monumental, André salvou o Cruzeiro e Cléber, antes que Raí chegasse, deu um bico para longe”.

E aí? Realmente não foi o jogo mais emocionante? Logicamente aquele jogo traz várias outras perguntas. Por exemplo: o que Marco Aurélio queria orientar o time logo após o gol de Giovanni? Algo que nunca entendi. E onde está a menina de óculos, que pulou tanto após aquele gol e que virou lembrança junto ao gol? Até hoje, vendo e revendo esse jogo, é possível se emocionar. E como é bom lembrar que estar presente a essa partida histórica é algo que ficou marcado eternamente na memória.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

100 anos em seis partes. Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. As histórias por trás das câmeras (3/6)

 Estar no campo, como jornalista, cobrindo um jogo do Cruzeiro, é sensacional. É a mistura da “fome com a vontade de comer”. É poder, como profissional, buscar ser o melhor ali presente e, como torcedor, poder ver os ídolos de perto, não se deixando, no entanto, envolver-se em emoção além daquilo que o trabalho exige.

Contudo, em 2017 saí da linha. Sai sim e admito! Ali, na área de imprensa do Mineirão, em dois jogos, deixei de lado o lado profissional. Jogos tensos na Copa do Brasil e decisões nos pênaltis. E quem sabe bem, a área da imprensa é bem ao lado de onde fica a torcida do time visitante. Ah, eu não estava aguentando as provocações dos gremistas, nas semifinais. E olha que tenho um carinho especial pelo Grêmio, por histórias particulares. Mas em campo, a batalha era tipo “A Batalha dos Aflitos”. Contudo, quem estava aflito era o torcedor, que teve em Fábio, o ídolo daquele momento.

Como foi bom explodir com a classificação para a final, onde pegaríamos o Flamengo. E sim, o torcedor do Grêmio ouviu! Não só eu, mas vários jornalistas vibraram junto com a torcida com a classificação para a final. As provocações dos gremistas foram rebatidas à altura, ainda que talvez 10% menos que seria se estivesse vestindo a indumentária celeste nas cadeiras do Mineirão. Os gremistas, talvez, não tenham ouvido o suficiente, que soltamos na final, na conquista diante do Flamengo, naquele jogo que o goleiro do adversário teve cara de pau de pedir dois toques de Thiago Neves na cobrança final. Tentando, na malandragem, anular o gol do título do Cruzeiro, a torcida do Flamengo também ouviu. E quem me conhece, sabe. Não gosto de injustiça, embora no futebol, isso seja um tanto quanto relativo. Mas quem quer ganhar na molecagem, para mim, precisa ser bem repreendido. E o grito de campeão ecoou, inclusive da área da imprensa.

É recomendado que a gente não se manifeste. Mas só quem está ali, naquela tensão da final, ouvindo provocação calado para imaginar como estava aquela atmosfera. Ah! Se ouve alguma contensão de emoção diante do Grêmio, contra o Flamengo, a noite estava só começando. A cidade ficou pequena, as entrevistas foram ótimas e o coração bateu bem, mas bem forte por sermos, ali, penta.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

100 anos em seis partes. Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. O desfile de craques (2/6)

 100 anos é tempo suficiente para um clube ter nomes marcados. O Cruzeiro, um gigante não de Minas, mas do mundo, não é diferente. Craques passaram pela Toca da Raposa e diversas são as histórias deles dentro e fora de campo. Tostão, Dirceu Lopes, Palhinha, Evaldo, Piazza, Raul, Nelinho e tantos outros abrilhantaram um tempo de estrelas que bateu de frente com o Santos, de Pelé. E a Taça Brasil de 66 mostrou que o melhor time do Brasil, naquele momento, não era do badalado “Melhor de Todos os Tempos”.

E como não lembrar de outros tempos áureos? Esquecer, por exemplo, a técnica de Raimundo Nonato, a marcação precisa de Ademir, o passe refinado de Douglas, o pensamento rápido de Luis Fernando Flores? Que time era aquele de 91/92, que iniciava com Paulo César Borges e fechava com Roberto Gaúcho? E o “Boi, Boi, Boi, Boi, Boiadeiro, vê se faz um gol para a torcida do Cruzeiro?”. Época de um time coeso, liderado por grandes técnicos como Ênio Andrade, Carlos Alberto Silva, Jair Pereira...No passado, com Zezé Moreira, Ilton Chaves, Niginho... 100 anos que craques envergaram e honraram o manto sagrado. Um manto que foi vestido, posteriormente, por craques mais atuais como Dida, Alex, Aristizábal, Maldonado, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e outros, que ainda estão por vir, terão essa honra.

O Cruzeiro tem, na sua cerne, a produção de jogadores, a projeção de outros e a construção de uma história, de títulos e de glórias. E assim será pelos próximos 100 anos! É o desejo da torcida, que não se esquece do que já viveu e espera reviver novamente. Afinal, recordar é viver e tantos foram os craques, que acabaram com vocês, rivais!

100 jogos em seis partes. Momentos históricos vividos por um torcedor e jornalista. O Mineirão antigo (1/6)

Você tem quantos anos? Foi ao Mineirão antes de 2012? Sabe o que é saborear um feijão tropeiro na chapa sem o mimimi de hoje? Sabe o que é fazer isso, envolto em árvores, num ambiente mais torcida e menos gourmet? Assim era a parte de fora do estádio, onde torcedores se aglomeravam mas, principalmente, se confraternizavam antes e após os jogos. Obviamente havia episódios onde a cavalaria chegava, brigas ocasionais de torcedores do mesmo time ou com torcedores rivais, mas era um outro ambiente.

Mais escuro, mais ermo, pessoas que mijavam nas árvores? Sim, mas que dá saudade. Talvez por ter ido muito ao Mineirão antes da última reforma. Desde muito cedo, meu pai me levou ao estádio. Tudo bem que o primeiro jogo não foi lá essas coisas. Pelo menos, pelo que me recordo, uma derrota por 3 a 1 para o Corinthians, na estreia de Ramon Menezes pelo Cruzeiro. Acho que era 1990. Mas ali, naquele estádio antigo, eram e são tantas as emoções e títulos, que não seria uma estreia minha, ali, que faz alguma diferença. Vi Ronaldo estrear no Mineirão, vi o mesmo Ronaldo se despedir. Vi o menino de 17 anos fazer cinco no Bahia e vi Elivelton marcar o gol do título da Libertadores. Vi Giovanni fazer o Mineirão explodir aos 45min do segundo tempo e o Cruzeiro ser tri da Copa do Brasil num jogo histórico e arrepiante vi Renato Gaúcho marcar outros cinco gols num mesmo jogo, inclusive, um deitado no gramado.

Muitas emoções, regionais a internacionais. Vi brigas, vi decepções, vi choros, de alegrias e tristezas. Vi um Cruzeiro gigante se tornar estratosférico e vi pequenas estrelas virarem verdadeiras potências mundiais. Vi pernas-de-pau envergarem a camisa do clube, vi Amaral vestir a camisa 10 de Alex e Dirceu Lopes e Alberto Rodrigues dizer que ele não era digno daquilo. Vi Muller, Marcelo Ramos, Eder, Dida, Nonato, Sorin. Vi Alex, Ari, Deivid. Vi muito jogador bom também. E vi Gottardo levantar a taça da Libertadores, vi Dida defender aquele chute do Julinho...

O Mineirão antigo dá saudade, pelo seu ar de interior e pela sua história majestosa.