terça-feira, 28 de novembro de 2023

Análise: Cruzeiro se remonta em campo após escalação duvidosa e Autuori conserta, em tempo, o erro inicial



A vitória do Cruzeiro sobre o Goiás, nesta segunda-feira (27/11), deu um imenso alívio - ainda não completo - ao torcedor do Cruzeiro. O gol de Robert tirou o grito da garganta de milhões de pessoas, em especial dos atletas que não querem manchar suas carreiras e que gostam do clube. Aos 50 minutos, o menino de 18 anos mostrou àqueles que dizem que base serve para completar grupo ou que não são decisivos quando precisam. O Cruzeiro chegou aos 44 pontos e deixou a batata quente para quem vem depois. Bahia, Santos, Vasco, Corinthians... que lutem. E praticamente rebaixou o Goiás.

Nos 11 iniciais, uma série de devaneios: Néris, Machado, Vital e Wesley. Pelo X, antigo Twitter, fui me alegrando ao ver um a um deixando o campo. Japa, Papagaio, Robert, João Marcelo foram me dando ânimo. O fato dos erros iniciais de Autuori não se juntarem a outros, possíveis, como Paulo Vitor e Palácios, também deu alívio, misturado à esperança. E sem quem atrapalhasse em campo, aliado ao retorno de Lucas Silva, a vitória veio.

Os críticos poderão dizer que o Cruzeiro começou bem, que poderia ter matado o jogo no primeiro tempo, mesmo com os cabeças de bagre em campo. Poderia. Mas quando a bola esteve nos pés de Wesley, não viraram gols e, com Bruno Rodrigues, faltou fazer o básico. Capricho demais fez o clube perder pontos, que hoje fazem falta. Bruno teve bola cara a cara com Tadeu, mas quis driblar e não deu certo. No entanto, se redimiu ao dar belo passe para Robert marcar.

Faltam três jogos, três decisões. Uma vitória salva o time de vez. Uma pena que o jogo contra o Athletico-PR seja de portões fechados. Era ideal para o torcedor levar o time para cima e para a vitória. Mas os vândalos de Curitiba não permitiram. 

Mas vai dar bom. Precisa dar bom. Sem invenções, sem insistências com pseudoatletas e com maturidade e vontade em campo.

JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 14 de novembro de 2023

SAIU NA IMPRENSA! Comentarista, amigo de ex-treinador, faz um desserviço à comunicação e ao futebol

Se tem uma coisa que é prejudicial ao futebol é uma relação promíscua entre membros da imprensa e dirigentes/treinadores/jogadores. Até onde esse profissional vai cobrar do amigo? Até onde ele vai pesar nas suas opiniões quanto a uma situação? Já vimos isso no passado de alguns jornalistas com técnicos, inclusive uns que chamavam/chamam fulano de "papa dos treinadores", etc., e, recentemente, um comentarista de uma rádio mineira disse que "Ze Ricardo estava surpreso com a possível demissão". Além disso, sempre se colocou como amigo do técnico, o que, ao meu modo de ver, perde qualquer credibilidade quando vai opinar, ou quando fala mal ou bem sobre um tema. 

É inacreditável como a rádio, por outro lado, acha isso bom, pois "traz uma informação única". Não é comentário de alguém imparcial. Ou seja, sendo um porta-voz de amigo é o mesmo que ser amigo de alguém que está sendo julgado no tribunal. Perde completa validade.

Uma pena que a imprensa tenha declinado tanto. Não bastasse página de Facebook ser taxada se imprensa, sendo conduzida por pseudojornalistas, temos esse tipo de profissional com destaque em grande rádio (ou que já foi um dia). A imprensa esportiva mineira só desce a ladeira, com cada vez mais gente que mente, especula, inventa ou, ainda, toma partido de treinador fracassado demitido.

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Última cartada vai contra a torcida: diretoria age com arrogância, decide de acordo com um grupo e se distancia mais do maior patrimônio do Cruzeiro



Na "Era SAF", o torcedor pouco importa, a não ser o dinheiro dele. Sem ser gerido por um torcedor, a SAF do Cruzeiro é guiada como uma empresa própria, que não aceita sugestões de fora, a não ser que essa pessoa tenha muito dinheiro, caso de Pedro Lourenço, dono dos Supermercados BH. Fora isso, palavras ao vento.

Nesta terça-feira (14/11), o clube anunciou Paulo Autuori como técnico "tampão" até o final de 2023. Fico pensando em como foi a interlocução com outros profissionais disponíveis no mercado, como Luxemburgo e Roger. "Tipo assim, o contrato é só até o fim do ano, ok? Ganhando ou perdendo, você sai". É isso que imagino que tenham falado. Imagine se alguém aceitaria isso. O pessoal fica se colocando acima do bem e do mal, não ouvem a torcida e fazem as coisas do próprio "sovaco". Assim como tudo em 2023, trata-se de mais uma decisão escabrosa da diretoria incompetente, capitaneada por Ronaldo.

O torcedor sempre será grato por Ronaldo ter chegado e assumido a dívida do clube. Contudo, isso não o faz um Deus e, muito menos, alguém que represente os 9 milhões de torcedores. Um time que não tem um diretor de comunicação ativo, um interlocutor com a imprensa e diretores que só se conhece por nome, não pode ser profissional.

Desde o inicio do ano que tudo tem sido feito da pior forma possível. Mantiveram um treinador que queria sair, trouxeram e tiraram um treinador desconhecido, trocaram-no por um outro, incompetente histórico e, agora, trazem um aposentado. Planejamento zero e resultado bizarro. Quem quer reconstruir, age junto com a torcida, tem ela como aliada, não como quem vai ficar pagando R$ 400 em camisa comemorativa.

Torço pelo clube, amo o Cruzeiro. Mas não concordo com a gestão do clube dentro das quatro linhas. Se fora está tudo sendo feito dentro da lei, com dívidas sendo saneadas, pagas e com alívio financeiro, dentro de campo não há como aceitar Wesley, Machado, Palácios, Paulo Vitor, Oliveira, Néris, Nikão e outros, que em nada colaboram. A situação financeira não permite erros. Mas em 2023, o clube foi inimigo do acerto, assim como Wesley é inimigo do gol.

Assim como muitos, pedi, hoje, o cancelamento do sócio. Não vou querer ser quem levante o braço e erga a bandeira contra. Mas se não compactuo com a gestão, não vou deixar que façam a gestão temerária do dinheiro que, somo socio, coloco no clube. Não importa se é R$ 10, R$ 42, R$ 99... o que seja. Mas não vou apoiar decisões monocráticas de pessoas incompetentes que, ao que parece, tanto faz se cair ou não. Desde sempre a ambição foi ridícula, assim como o que vemos em campo. 


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Como sempre, direção perdida, com decisões tardias. Que ouçam a torcida uma vez no ano!




2023 é mais um dos anos para esquecer. Tudo começou muito errado a partir do momento que Paulo Pezzolano disse que não queria ficar e a cúpula de Ronaldo insistiu para sua permanência. Pezzolano disse que estava cansado. Em nada justificaria mantê-lo, já que o discurso sempre foi que "ninguém está acima do clube". Naquele momento, que deram a ele, um cara descontente, o papel de montar a equipe para iniciar o ano, que se deu por uma reformulação completa do time campeão de 2022, tudo começou a dar errado.

Pezzolano, que já acertou que não prolongaria muito sua estadia em BH fez as alterações no time e, em abril, vazou. O pseudoplanejamento de Ronaldo e sua turma ficou cada vez mais evidente quando começaram a trazer jogadores medianos/ruins a preços altos. Wesley e Arthur Gomes, cada um por R$ 16 milhões, foi uma amostra de como se torrar o dinheiro que não há.

Aí veio Pepa, que teve um bom início, mas que foi perdendo a equipe a partir do momento que passou a insistir com os mesmos jogadores, fazer as mesmas coisas e pior: quando jogou a culpa no próprio time, se eximindo de qualquer coisa. Acabou demitido após 25 jogos. E aí começou mais um martírio. Demitiram um treinador sem um plano b. Demoraram a anunciar um novo nome e, quando veio, trouxeram um que a torcida não queria. Um problema grande de ser SAF é isso: não ouvem a torcida. O dono do time não tem um porta-voz e os jornalistas ficam sabendo mais das noticias quando ele tá lá no joguinho os joguinhos de lutinha.

Ou seja: a comunicação, que poderia ser priorizada, com um diretor presente, que desse satisfação ao torcedor, que falasse com a imprensa, que falasse à torcida, não existe. Pedro Martins deu poucas entrevistas desde que assumiu. O mesmo vale para Gabriel Lima. Elias, Paulo André e outros sequer se pronunciaram uma vez. 

E aí o Cruzeiro chegou à reta final do Brasileiro, com apenas seis jogos e precisando de um aproveitamento de 55%. Zé Ricardo deixou o time com 33%, Pepa com 42%. Ou seja, quem chegar, precisará ser o melhor de todos para salvar o clube de mais um vexame.

Nos bastidores, o nome é o de Luxemburgo, que faria a sua quarta passagem pela Raposa. É o melhor nome? Sim. Primeiro porque não vê problemas em deixar um ou outro no banco. Zé Ricardo sempre usava os mesmos. Nikão, Wesley, Vital, Artur, Machado, Neris e cia eram sempre os chamados, quando não, Paulo Vitor, que sequer é jogador profissional, assim como Palácios. Luxa sempre fala em projeto. Apaga o fogo de momento e projeta o outro ano. Se vier, precisa de carta branca. De todos os disponíveis, é o que se encaixa e que entende o clube, do qual, sem dúvida, é o maior treinador da história.

Agora é ver se a cúpula de Ronaldo vai ouvir a torcida, que queria Zé Ricardo longe há tempos e que pede Luxemburgo. Será que haverá tempo para a opinião do torcedor? Veremos. Quero nem ouvir falar em Roger Machado.


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Hora da última tacada: demissão de Zé Ricardo



Se o Cruzeiro quiser respirar na elite do Brasileiro, precisa trocar o comando. Zé Ricardo não dá mais! Não conhece o elenco, não tem treinado finalização, não escolhe bem os jogadores e não tem esquema tático. Por um momento pareceu que tinha descoberto o melhor time, porém, diante do Internacional, que era uma final entre dois times, que correm para fugir da degola, viu-se um time, novamente, que pareceu se conhecer na hora. Uma confusão em campo, jogadores insistindo em bola aérea sem ter centroavante e uma incompetência sem fim.

O Cruzeiro de Zé Ricardo já deu. Nove jogos e uma oscilação de deixar qualquer um de cabelo em pé. O que se viu diante do Inter, mesmo com três bolas na trave, foi um amontoado de jogadores, falta de opções no banco, insistência com os mesmos que em nada ajudam e falta de pontaria absurda.

Não dá mais para aguentar Zé Ricardo e a culpa de tudo isso é da diretoria. Planejou muito mal o ano, contratou mal, dispensou jogadores que ajudariam o time, quebrou-se a liga de uma equipe que era próxima do torcedor. Entrar o ano com um técnico que sabia-se, não ficaria, foi o pontapé ais equivocado que poderia ocorrer. Como planejar o ano, montar um elenco, com um treinador quase que tampão? Depos trazem um treinador sem currículo, que chegou a fazer o time render, mas perdeu o comando quando passou a tirar o dele da reta e jogar tudo nas costas do time.

Zé Ricardo caminha a passos largos para deixar seu nome marcado negativamente na história do clube. O Cruzeiro precisa ganhar dois de oito jogos. Várias decisões pela frente e o time não emenda. A culpa, segundo Ronaldo, é da torcida. Isso mostra que a gestão, mais uma vez, não entende nada de futebol. Gabriel Lima, Pedro Martins, Paulo André, Elias, Ronaldo... todos dando uma aula do que não se fazer na elite. E manter Zé Ricardo, um técnico que coleciona fracassos por onde passou, inclusive sendo rebaixado no futebol japonês, é apenas a ponta do iceberg.


POR: JOÃO VITOR VIANA 

sábado, 4 de novembro de 2023

Jogo contra o Inter é para a torcida empurrar o time para a vitória




Como dito na publicação anterior, não adianta jogar bonito e perder. Já ouvi de um certo jornalista, aliás, muito criticado nas redes - e com razão -, por várias de suas falácias. Uma delas, que "prefere ver o time perder jogando bonito que ganhar jogando feio". Ou seja, assim como fala bobagens pelas letras - quem já viu o texto original sabe o quanto o editor tem trabalho -, como pela boca. Se assemelha a alguns políticos, inclusive, que espalham notícias falsas por aí e dizem que "fulano me ligou".

Bom, voltando ao que interessa, o Cruzeiro, não há outra alternativa ao jogo deste domingo que não seja a vitória. Contra o São Paulo, deixou o empate escapar por detalhes e não venceu por incompetência ofensiva. O detalhe que digo e reitero, foi a hora que Zé Ricardo colocou em campo, numa tacada só, Palácios, Wesley e Vital. Acabou com o time. Pelo lado de Palácios surgiu o gol do time paulista, que se livrou do rebaixamento em cima da Raposa.

E como cabe a nós passar a batata quente para quem quiser cair -  o que tem sido incrível esse ano, pelo tanto de candidato rodada após rodada -, cabe ao torcedor fazer o Mineirão tremer, impulsionando o time para cima do Inter. Não importa se vencerá com gol contra, com gol de bunda, de tornozelo, com chute errado, sem querer, se foi o goleiro quem fez. O importante é vencer. E não precisa jogar bonito, aliás!

Que Zé Ricardo deixe fora do banco quem não acrescenta; leve jovens do sub-20 que podem dar um fôlego maior ao jogo e mudar alguns panoramas. É inadmissível termos o pior ataque do campeonato! Que mais de 40 mil pessoas empurrem o Cruzeiro para uma vitória épica contra o Inter, que, aliás, não larga o perrengue. Time por onde o Coudet passa é essa lástima. Uma pena ter deixado o rival.

O time pode ser o mesmo que vinha jogando. Talvez, trocando o Arthur pelo Papagaio de início. No mais, não mexer ou, se quiser, dar uma chance ao Fernando Henrique no lugar de Machado que, para nós, deveria ser comentarista ou tentar outra profissão. Destoa do time até quando boa parte joga bem e surpreende quando não atrapalha.

Que o Cruzeiro tenha um fim de semana de alivio, de vitória. É preciso chegar décima, décima primeira. Temos várias finais pela frente, principalmente contra adversários diretos. Em casa, não podemos pensar em outro resultado que não a vitória contra Inter e Vasco. Além disso, temos o Coritiba, fora, que podemos também vencer.

O Cruzeiro precisa, para ontem, sair dessa situação incômoda e planejar 2024 com mais zelo. Com um treinador que possa tirar o máximo do time e um time que possa render mais que esse ano. O que fizeram em 2023, com técnico entrando temporada querendo sair; trocar por um sem capacidade e, outro, sem currículo, não dá. Além disso, gastaram quase R$ 50 milhões com jogadores medianos e com contratos longos. 

Porém, antes de tudo, é preciso definir a vida para a próxima temporada. O primeiro passo é amanhã. Esteja lá! Eu estarei.


JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Nova derrota: não adianta jogar bem e não vencer



De nada adianta jogar bem, chutar na trave, exigir do adversário grandes defesas se, num momento de incapacidade de marcação joga-se fora a chance de pontuar. Caso chegasse aos 38 pontos, já não figuraria na 16ª posição, como acabou permanecendo, após o gol de Luciano e o fim da partida. 

O Cruzeiro entrou bem, dominou a primeira parte do primeiro tempo e foi melhor em boa parte do segundo. Contudo, as alterações promovidas pelo senhor Zé Ricardo, tirando, ao mesmo tempo, Matheus Pereira, Lucas Silva e William, ferrou tudo. Quem entrou não tem a menor condição de jogar no Cruzeiro. Os três, que sequer vou nominar. Um acha que é lateral, o outro dá entrevista pós-jogo jogando a culpa nas finalizações ruins (as quais ele deveria se incluir) e o outro, jogou bem um jogo e nunca mais apareceu em campo.

Diante da derrota do Goiás, as coisas ficaram menos difíceis. Acredito que, agora, somente uma vaga está a ser preenchida. Assim como no topo há alguém que não quer ser campeão, lá embaixo, no inferno, parece que a disputa esta bem acirrada. Toda rodada tem um candidato à Série B. O Santos está em dúvida, o Vasco também, o Bahia começou a querer demais e o Inter, que mostrou por um pequeno momento que não queria, ao golear o Santos por 7 a 1, agora quer voltar.

Ou seja, o jogo deste domingo (5/11) é uma final. Vencendo o Inter e o Vasco (22/11), ambos no Mineirão, são de extrema importância. Com 43 pontos e 11 vitórias o Cruzeiro não cai. A questão é saber se vai jogar bem e perder como sempre ou se vai - o que deveria sempre querer - jogar pelo resultado. Não é hora de dar show, de mostrar qualidade. É hora de vencer e deixar a batata quente para os demais.


JOÃO VITOR VIANA