Empate com o América deixou o Cruzeiro em 19º, com aproveitamento muito ruim
POR: JOÃO VITOR VIANA
Quem foi ao estádio, sábado, esperava por um jogo que não aconteceu. Diante de um time que lutou e empatou com o Figueirense e um que se mostrou bem no início, mas sucumbiu diante do Santa Cruz, o torcedor, logicamente em pequeno número, esperava ver uma evolução do time. Não viu. Time que não chuta, não ganha. E em mais de 90 minutos, apenas três chutes a gol. Aí fica difícil.
Não vou falar do trabalho de Paulo Bento até o momento, até porque é cedo para avaliar. Mas com três jogos, já é possível o treinador ver que alguns atletas não estão em boa fase e, por melhores que sejam e por mais qualidades que tenham demonstrado em outros tempos, a atualidade mostra que devem sair do time, dando oportunidade àqueles que pedirem passagem.
Um desses atletas que estavam de fora e entrou para não sair mais foi Elber, que continua sendo o destaque do time, mas tem prendido muito a bola. Se jogar de forma coletiva, pode render mais. Na ponta oposta estão Willian, Bruno Rodrigo (já sacado), Gino e Sanchez Miño. Enquanto o brasileiro naturalizado uruguaio mostra que não tem a menor condição de ser lateral, o argentino mostra-se displicente, perdido, mesmo que tecnicamente tenha bom passe e bom aproveitamento em bolas paradas. Mas, ultimamente, tem quase entregado gol ao adversário, além de estar deficiente na marcação e no ataque. Ou briga por uma vaga no meio com Cabral e Arrascaeta, ou fica do banco para fora.
Outro que está completamente instável é Arrascaeta, um dos piores em campo diante do América, no empate por 1 a 1. Se não fosse o gol marcado, teria saído de campo vaiado, como foi, por exemplo, Willian, que ineficaz, em nada ajudou ou participou da partida. E quando tem a chance de marcar, desperdiça. Hora de mandar Coutinho para o ataque, Bryan na esquerda, Lucas na direita e voltar com Romero para o meio-campo. Robinho, obviamente, não pode ser reserva. Mostrou futebol no pouco tempo que atuou.
Li que Paulo Bento deve mudar a equipe diante do Botafogo, sinal que ficou desgostoso com o que viu. Um alívio, pois seu antecessor, Deivid, assistia uma partida que ninguém via. Caso Bento altere o time como citei acima e o Cruzeiro mostre um padrão tático e chute mais a gol, não tenho dúvidas que poderá vencer o Botafogo, time combalido, limitado, fraco e que vai brigar na parte de baixo da tabela. O problema é que jogando contra equipes ruins, como é o América, Coxa, Figueira, a gente não tem se saído bem. Hora disso mudar. Até porque, se a gente não vence time que vai brigar para não cair (ou para cair), como serão os encontros com as equipes que vão brigar pelo G-4?
No empate por 1 a 1 contra o América, atuação pífia, abaixo da crítica. Paulo Bento, mude esse time, jogue o feijão com arroz (ou seria migas de feijão?) e ganhe os próximos desafios. O campeonato é longo, mas temos que pontuar e chegar o quanto antes aos 45 pontos. Do jeito que a coisa está indo, é melhor nos garantirmos na Série A para, em 2017, sonhar com algo maior.