Apesar de estarmos em época eleitoral, o candidato maior para o torcedor cruzeirense, é Luiz Felipe Scolari. Não entendeu? Explico. Felipão chega, literalmente, como "Salvador da Pátria", alguém que vai saculejar o elenco, cheio de problemas, jogando mal desde o ano passado e que não teve qualquer estabilidade nesse período. Além disso, precisa alcançar metas, sendo a primeira, a de tirar o time da Zona de Rebaixamento. Cumprindo metas, é candidato a ser o maior da história.
Com contrato até 2022, Felipão terá "carta branca" para fazer o que quiser no clube, deixando alguns treinando em separado, adaptando outros, para "arredondar o time". Primeiro desafio: tirar o Cruzeiro da zona da degola; segundo, subir o time na tabela; terceiro, subir de divisão. Missão árdua, mas não impossível para um campeoníssimo. Se cumprir todas as metas, ainda que não todas no mesmo período, será alçado a um patamar de pouquíssimos técnicos, onde estão, por exemplo, Ênio Andrade e Vanderlei Luxemburgo. Felipão chega para ser o motivo de inpiração de jovens, alguns que ainda usavam fraldas quando o Brasil foi penta. Agora é hora de mostrar que não apenas cresceram, como podem, também, serem comandados por um campeão mundial.
Não será tarefa fácil, mas nada que um pentacampeão do mundo não possa resolver, ainda que seja "trocando pneu com carro em movimento". O primeiro desafio já está confirmado, diante do Operário. Seria muita audácia dizer que ele vai por sua cara no time logo de cara, mas, talvez, já consiga melhorar o posicionamento de alguns atletas, tire uns "encostos" do elenco, arme um time defensivamente bom e rápido em contra-ataque e que comece a ter uma capacidade maior de finalização.
Em nome, no papel, o Cruzeiro não é ruim. Na verdade, individualmente, comparando equipes, o Cruzeiro jamais deveria estar onde está hoje, mas futebol não se explica com ciência exata.
Por: João Vitor Viana