segunda-feira, 29 de julho de 2024

Desempenho em alta, sócio idem. Cruzeiro bate a marca dos 71.000!



Se dentro de campo, o Cruzeiro vem fazendo bonito, colocando na roda, fora de casa, o até então líder do Campeonato Brasileiro, do lado de fora, a torcida também está dando um show. Além de se fazer presente nos jogos (último jogo em casa, contra o Juventude, mais de 46 mil pessoas estiveram no estádio), o torcedor tem atendido ao apelo de Pedrinho e adquirido o sócio. Na manhã desta segunda-feira, 71.209 pessoas se tornaram sócios do clube.

Desde quando Pedro Lourenço adquiriu o clube (que estava com cerca de 44 mil sócios), ele disse que contrataria jogadores de primeiro nível. Para isso, considerava justo que o torcedor dividisse a despesa. Alexandre Mattos falou em 100 mil sócios como meta. Desde então o torcedor tem comprado a ideia e quase que já dobrou os números de alguns meses atrás.

Pedrinho investiu, somente nesta janela, R$ 180 milhões. Para 2025, ele já afirmou que vai investir mais e que a folha, hoje em torno de R$ 17 milhões deverá subir para R$ 20 milhões, o que mostra a ambição do novo dono do clube que, junto ao departamento de futebol, liderado por Mattos, com auxílios de Pelaipe e Dracena, querem por o Cruzeiro de volta à disputa dos títulos das principais competições do continente.

Ronaldo brincava que "queria ver a bala de Pedrinho". Se por um lado a equipe dele organizou a zona deixada por gestões anteriores, por outro quem de fato está pondo grana e investindo no time por acreditar num projeto vencedor é Pedro Lourenço. 

Aliás, Pedrinho até tentou desfazer o acordo absurdo fechado por Ronaldo e cia., que venderam quatro mandos de campo. O jogo contra o Fortaleza, por exemplo, será em Cariacica. Pedrinho até tentou mudar o acordo, mas não conseguiu. O Fortaleza, que não é bobo, alegou que já teria feito uma logística antecipada. Mas eles sabem que sendo o jogo em campo neutro, o Cruzeiro, em tese, não terá o apoio maciço da torcida, o que é favorável. Assim, não toparam mudar o local do jogo, que vale uma vaga no G-4.

Vitória importante

Vencer o Botafogo atualmente é sinal de bons ventos. Na casa do adversário, com autoridade, com uma goleada, melhor ainda. Com Cássio inspirado, Barreal fatiando e Matheus Pereira distribuindo talento, o Cruzeiro deu uma aula de futebol. William, mais uma vez, mostrou porque é o melhor lateral do Brasil, ainda que Dorival Bananão continue achando que os seus melhores são aqueles capazes de protagonizar vexames homéricos.

Bem postado em campo e tomando as ações do jogo, o Cruzeiro fez um jogo perfeito. Aproveitamento avassalador diante de um Botafogo que, não se sabe, achou que venceria quando quisesse. A cara de Tiquinho Soares após o terceiro gol celeste foi a que os torcedores do clube de Textor fizeram desde o início do jogo. 

A vitória pôs o Cruzeiro na briga por uma vaga na Libertadores e, se deixarem chegar... sei não. Como para tudo é bom ter cautela, seguimos acreditando tão somente na possibilidade de Libertadores, que já seria um lucro imenso, olhando para um passado não tão distante que nos deixou, em 2023 em 14º e, este ano, com aquele senhor, Larcamón, com um vice do Mineiro vexatório. A tal "bala do Pedrinho" mudou bem a realidade celeste já em 2024.


POR: JOÃO VITOR VIANA

 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Eficiente, Cruzeiro mantém 100% em casa, em noite que o VAR só fez justiça e a arbitragem não interferiu no resultado



O jogo foi num horário que prejudica muito quem trabalha. O trânsito horrível para chegar fez com que muitas pessoas tivessem dificuldades de esar no estádio com antecedência. Os locais para estacionar lotados, estacionamentos extorquindo o torcedor, cobrando até R$ 50,00 por carro e, quando não, um monte de flanelinhas abusando de pagamentos antecipados para "olhar" os carros. Como fazer? Parar longe e volta à pé. Pouco policiamento e muita confusão.

Mas tudo bem. Por mais que demorasse duas horas para chegar até o Gigante da Pampulha e que, literalmente, tivesse entrado junto ao apito inicial, foi possível acompanhar o jogo, que não foi lá, a melhor apresentação do Cruzeiro, mas que, com eficiência, chegou-se ao resultado.

A defesa chegou a dar alguns sustos no primeiro tempo, com chutes de longe ou alguma trama envolvendo as laterais. No entanto, quem deu o primeiro chute perigoso foi Kaio Jorge, que obrigou o ex-goleiro do Cruzeiro, Gabriel, a fazer boa defesa. De cabeça, João Marcelo também ameaçou o gol adversário. Mas foi num lance de pleno amadorismo que a zaga do Juventude errou, cometendo pênalti em mão dentro da área. Um pênalti inoente cometido por... Gabriel Inocêncio. Com categoria, William abriu o placar, batendo no meio do gol.

No segundo tempo, time mantido, o Cruzeiro também voltou a ter as principais chances. Primeiro, com Kaio Jorge, que obriou Gabriel a mais uma defesa. De bicicleta, Matheus Pereira quase aumentou a vantagem da Raposa. Mais tarde, em mais uma bobeira da defesa do Juventude, que saiu jogando errado, Dinenno chutou e o zagueiro Lucas, como um atleta de vôlei, deu uma manchete na bola e tentou esconder das câmeras. Mas o fato não passou despercedibo. O VAR viu. Dinenno, com categoria, após três meses afastado, ampliou para o Cruzeiro, numa bela cobrança à esquerda de Gabriel.

Destaque da partida fica por conta de boas interevenções de João Marcelo, jogadas arquitetadas por Matheus Pereira, a boa vontade de Kaio Jorge e uma melhora na confiança de Cássio, que fez duas defesas muito boas, mostrando que está voltando a ter ritmo.

Uma puxada de orelha no Seabra: Lautaro se mostrou uma boa opção de segundo tempo, pelo tipo de jogo que faz e pela explosão que tem. No momento, no meu modo de ver, Arthur é mais importante para iniciar a partida. 

Com a vitória, o Cruzeiro se manteve 100% em casa e entre os melhores do Brasileiro, com um jogo a menos. A meta para o primeiro turno era 30 pontos, já superada com a vitória sobre o Juventude, uma vez que a Raposa chegou aos 32, na quinta posição.

POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Que o Juventude pague o pato! O que aconteceu no Allianz Parque é inadmissível!



Quarta-feira (24/7), o Juventude precisa pagar um pato do tamanho do mundo! Por que? Pela raiva que o Cruzeiro passou em São Paulo, ao ser muto prejudicado pelo sr. Davi que, espero, seja apenas incompetente.

A bizarrice da interferência do VAR em lance interpretativo leva o futebol buraco abaixo em um país que, de referência, passou a chacota. Haverá a necessidade de muitos 7 a 1 para que essa CBF, dirigida por pessoas da mais baixa estirpe, entenda que a Liga é necessária, assim como uma arbitragem independente e ranqueada, que rebaixe e promova árbitros pelo seu desempenho em campo. E mais: sem nenhuma intereferência da senhora CBF que, vemos, escolheu os times que ela quer disputando o título esse ano. Não há outra razão para tantos erros de arbitragem beneficiando sempre os mesmos times.

Enfim, voltando ao futebol celeste, quarta-feira é dia de descontar na equipe gaúcha a raiva passada no Allianz Parque. Que Fernando Seabra promova a entrada de Walace e Matheus Henrique de titulares, assim como Kaio Jorge e, talvez, Marlon. Time fica mais cascudo com jogadores de melhor qualidade. Kaiki não foi mal contra o Palmeiras, mas ainda precisa andar um pouco para chegar ao nível do hoje ttular.

Além disso, com a suspensão de Barreal, Vitinho não pode ser reserva. Tem entrado bem e ajudado, assim como Barreal tem. Na ausência dele, nada de Ramiro ou Lucas Silva, atletas lentos e de baixo combate e recomposição. Meio com Walace (Romero), Matheus Henrique, Vitinho e Matheus Pereira, ao meu ver, soa melhor para esta partida. No ataque, Arthur e Kaio. Na defesa, William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Kaiki (Marlon). No gol, Cássio tem mostrado que ainda carece de ritmo, mas pode seguir.

O Juventude, fora de casa, não tem sido um adversário tão complicado. Apesar de ter sido goleado pelo Botafogo (5 a 1), apenas para Palmeiras (3 a 1) e Bahia (2 a 0) a equipe perdeu por dois gols de diferença. Nas demais, perdeu por um gol ou empatou. O time alviverde ainda não venceu fora do Sul. Empates com Criciuma (1 a 1) e Fluminense (1 a 1); e derrotas para Bragantino (2 a 1) e Fortaleza (2 a 1). O Juventude ainda está com dois jogos atrasados, contra Internacional e Cuiabá.

Que o Cruzeiro entre em campo com a mesma força que tem feito quando atua em seus domínios. Mais de 30 mil pessoas já confirmaram presença e a expectativa de público é entre 35 e 40 mil nesta quarta-feira, às 19h, no Mineirão. Historicamente, o Juventude é uma pedra no sapato (ou na chuteira). Contudo, não há espaço para pensar em outra coisa que não seja a vitória e que a arbitragem passe despercebida no jogo.


POR: JOÃO VITOR VIANA

domingo, 14 de julho de 2024

Um Cruzeiro que tende a crescer! Ao que parece, Seabra entendeu o clube e o clube entendeu seu treinador



O Cruzeiro ainda não é tão falado na mídia. Não como merecidamente teria que ser. No entanto, não fazendo parte do eixo Rio-São Paulo, o máximo que se faz é mostrar os gols. Poucos comentários sobre questões individuais e táticas, pouco tempo entre os destaques dos noticiários. Tão somente porque não querem falar. Isso incomoda? Sim. Mas como isso não é de hoje e, para se renderem ao bom futebol demonstrado pelo Maior de Minas, é preciso mais, seja com liderança ou títulos, esperemos.

O certo é que, ao que parece, o técnico Fernando Seabra entendeu o Cruzeiro e os jogadores entenderam o treinador. A disposição tática com Barreal no meio faz toda a diferença para que o lado esquerdo do clube, seja com Marlon/Kaiki, Barreal/Matheus Pereira e Arthur Gomes seja letal quando se imprime velocidade. Por ali saem as principais jogadas da Raposa, que, sendo protagonista, ditando o ritmo da partida e tomando a iniciativa do jogo, tende não somente a dominar, como vencer. Já são três vitórias seguidas, uma ascensão na tabela e um futebol envolvendo e diverso.

Diante do Bragantino, um dos times que está sempre ali, na primeira página do Brasileiro, beliscando uma pré-Libertadores ou até a própria competição internacional, o Cruzeiro voltou a brilhar. Nada de ter Lucas Silva ao lado de Ramiro, que deixa o meio lento e sem pegada. Nada de Néris, Machado, Palácios ou outra invenção de moda. E ainda, com Verón, encantado, mais uma vez sendo decisivo. Senti apenas um pouco da participação de Arthur Gomes nessa partida especificamente. Após dois brilhantes jogos, contra Corinthians e Grêmio, o jogador ficou um pouco preso, chutando a gol apenas uma vez, pela rede do lado de fora. 

Com solidez defensiva, Cássio teve pouco trabalho em sua estreia. Foi mais exigido já nos minutos finais do segundo tempo, com boas defesas. O gol sofrido, já no finalzinho, não era defensável. O gigante, que agora assume o gol celeste, apesar de não ter trabalhado tanto, deixou boa impressão. Passou firmeza e tranquilidade. Ovacionado pela torcida - alguns até se fantasiaram com uma peruca -, tem tudo para mostrar, cada vez mais, uma performance que vai agregar e ajudar a equipe a estar entre os primeiros ate o fim do campeonato brasileiro.

A próxima partida será um desafio e, ainda, um encontro minimamente enigmático. Isso porque a Raposa irá até o Allianz Parque, diante do Palmeiras, um dos favoritos ao título. Por lá, talvez, encontre Dudu, o jogador que recusou um contrato de mais de R$ 100 milhões com o próprio Cruzeiro e que, atualmente, está mais no banco que qualquer outra coisa. Vejamos se Seabra continuará entendendo o clube e o clube entendendo seu treinador. O Palmeiras chega como favorito, mas não seria demais pensar que podemos voltar com algum ponto de São Paulo. Quem sabe, assim, a "imprensa do eixo" nos dê um espaço maior na mídia?


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Fazer o básico não causa problemas e o Cruzeiro flui. Quadrado com o Barreal no meio deixa o time mais leve, rápido e protagonista



Quem foi ao Mineirão, e não foi pouca gente, gostou do que viu. Por mais que o árbitro marcasse tudo para o Corinthians e quase nada para o Cruzeiro, e que o VAR tenha agido corretamente ao anular gol do time visitante, a Raposa soube se impor, fez gols nos "momentos certos", dominou o jogo e poderia ter goleado com um pouco mais de sorte.

Isso porque o Cruzeiro foi devidamente escalado, as alterações foram por questões físicas e, dessa vez, foram suficientes para manter o equilíbrio do grupo. Até a parte final, o Cruzeiro sobrou, muito pela fraqueza do adversário, que em poucos momentos ameaçou. A zaga esteve bem, assim como o goleiro Anderson. No primeiro encontro entre Cássio e Corinthians - ele estava no estádio mais uma vez - viu de perto a boa opção que fez ao mudar de ares.

Com uma linha de quatro defensores, um volante à frente da zaga e três jogadores que jogam mais do meio para frente, auxiliando os dois atacantes, que "flutuam", sem jogador de referência. Destaque para Álvaro Barreal, que na função mais centralizada, caindo pela esquerda, deixa o meio mais leve, rápido e protagonista.

Mais uma lição para Fernando Seabra: não é para inventar a roda, é para fazer o básico. O básico é por as peças certas, dentro do esquema desenhado. Nada de Néris, Machado, Palácios, Ramiro, Robert e afins. E não é questão de pegar no pé de jogador. São abaixo dos demais e não rendem como os demais. É simples. Uma coisa é entrar durante o jogo, atuar por um tempo. Mas ser titular falta muito.

Diante do Corinthians, 56 mil pessoas, R$ 3 milhões de renda, show da torcida (não há problema com manta) e jogo que fluiu bem, do início ao fim, com atuação ótima de alguns atletas, com destaque para Matheus Pereira, William, Zé Ivaldo, Anderson, Arthur Gomes e Romero.


JOÃO VITOR VIANA

quinta-feira, 4 de julho de 2024

No Cruzeiro, a "invenção da roda" derruba treinador



Adilson Batista foi um dos que mais ficaram marcados com a alcunha de "Professor Pardal", nos últimos 20 anos. Isso porque testou Henrique de zagueiro, Marquinhos Paraná de lateral, volantes como armadores e por aí vai. Nesta seara, Fernando Seabra, até então coerente com escalações, sistema tático e alterações, parece ter sentido inveja daqueles tempos e resolveu, também, "inventar a roda".

De cara, uma lastimável definição por escalar um jogador medíocre como titular: Palácios, que não jgava desde janeiro, justamente por não fazer parte dos planos do clube e, pior, por não jogar bem. Herança maldita da "Era Ronaldo", Palácios foi um dos que não rendeu, como já era de se esperar. Junto a isso, a irritante escalação de Lucas Silva junto a Ramiro no meio é inconcebível. O meio fica lento, marca mal e não constrói. Matheus Pereira também esteve mal. 

Mas mal mesmo foram as alterações. O time, que havia se encontrado no sistema 4-1-2-1-1, sendo Barreal um dos jogadores de meio, numa espécie de segundo volante, foi deixado de lado. A imprevisibilidade que o argentino causa quando atua mais centralizado, caindo pela esquerda, fazendo uma dobrada com Marlon, deixou de existir, passando o time a jogar de forma burocrática e previsível. Sem um jogador de área, a insistência em bolas na área dão raiva no torcedor, que não entendeu, em nada, o que o Cruzeiro fez em campo contra o Criciúma. Principalmente com as trocas de Seabra que, ao final, deixou um time desfigurado, num amontoado ridículo. Desta vez, não tem desculpas a não ser assumir a própria incompetência.

Hora de trocar? Não. Mas serviu de alerta. O Criciúma é um time muito inferior e que, mesmo assim, venceu o Cruzeiro. Aliás, o Cruzeiro, fora de casa, antes era um time competitivo que não pontuou por um acaso. Diante dos catarinenses, não pontuou por erros catastróficos de seu treinador. Coloco toda a culpa pela derrota nas costas do Seabra, sem medo de errar. 

Contra o Corinthians, que não seja assim. Mais de 30 mil pessoas estarão no Mineirão para levar o clube a mais uma vitória em casa. Se tentar inventar a roda de novo e as coisas não derem certo - como é a tônica do futebol, que quem complica, se ferra - os mesmos que apoiam vão iniciar a entoar o coro por mudança. O inicio tava ótimo, pois o arroz com feijão não tem como errar (tanto). Contudo, se quiser "ser mais realista que o rei", vai ouvir muito. Quem tenta achar que só ele é o certo e o mundo está errado, acaba derrubado. E a torcida quando quer, tira. Acorda, Seabra!


POR: JOÃO VITOR VIANA