sexta-feira, 27 de setembro de 2024

OPINIÃO: Cartão de visita deixou a desejar e mostrou um Cruzeiro covarde e atrasado em mudanças



Fui ao campo para ver Cruzeiro x Libertad e sai de lá sem voz. Não por gritar pelo Cruzeiro, mas por raiva da forma como o time jogou, com as alterações que o treinador fez e como em pouco tempo o time involuiu ainda mais.

Vão dizer: "Ah, mas foi só o primeiro jogo, você está sendo muito duro". Eu acho, sinceramente, que o futebol é simples. Não é necessário inventar a roda. Lateral é lateral, meia é meia, goleiro defende, zagueiro marca e, em alguns momentos, tenta o gol numa bola parada. Mas para alguns treinadores, o meia tem que jogar atrás de volante, o lateral é quase um meia e o atacante, se não está na área, está marcando. Difícil.

Ontem algumas monstruosidades do dinizismo já pôde ser notada. O posicionamento de Matheus Pereira, extremamente recuado, iniciando jogadas o tirou de perto da área, onde costuma ser letal. A marcação distante permitiu ao time sub-60 do Libertad de criar e não vencer o jogo por causa de uma defesa fantástica de Cássio. E olha que levamos gol e um quase aposentado de 43 anos!

Mas outros dois pontos também chamaram a atenção: Romero, com oito minutos, foi amarelado. Você, com Walace no banco, não mudaria no intervalo? Diniz preferiu correr o risco e por culpa dele, ficou com um a menos. Lerdo para  mexer, ainda foi mais covarde e incompetente quando ao levar o gol de empate, tirou Matheus Pereira e pôs um zagueiro. O que pensar disso?

Pois é. Recuou todo o time, tirou todos os atacantes e preferiu empatar o jogo, garantindo a classificação às semifinais com um futebol pobre e cretino. Não vou passar mão em cabeça de treinador retranqueiro. "Ah, mas ele é ofensivo!". Contra o Libertad o Cruzeiro fez um jogo terrível, um dos piores do ano. Se repetir esse tipo de jogo e postura vai passar perrengue no Brasileiro e pode esquecer título de Sul-Americana!

O Cruzeiro tem uma veia ofensiva. O que se viu em campo, contra um time de asilo, foi um time preguiçoso, sem ambição e jogando por resultado. Jogo fraco, que não merecia nenhuma palminha no final. Sair de casa, andar uma distãncia grande, pagar caro no ingresso, caro no consumo, exige do torcedor muita paixão e disposição numa quinta-feira, às 21h30. O torcedor não quer mais ver isso. Terminar o jogo sem nenhum atacante e quase levando o segundo gol foi um cenário lamentável de um jogo tecnicamente fácil de ser vencido e até ótimo para uma estreia. Mas Diniz quer ser o diferentão. A voz, hoje, está ruim. Garganta emitiu muitos sons, maioria deles de baixo calão, para uma postura pífia e alterações bizarras de um técnico que nunca gostei.

JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Chegada de Diniz: primeiro jogo ainda não será base para nova filosofia



A "Era Diniz" vai começar, oficialmente, nesta quinta-feira (26/9), diante do Libertad. Com caminho facilitado pela vitória no Paraguai, o Cruzeiro pode até mesmo perder por um gol de diferença. Mas conhecendo o histórico de Fernando Diniz, isso sequer passa pela cabeça. 

Uma das principais críticas ao xará, Seabra, era na escalação. Quando definiu um esquema de jogo e os 11 titulares, o Cruzeiro chegou a voar em campo, com Barreal de meia, Arthur pelas pontas e um centroavante como referência, tendo Matheus Pereira como principal jogador. No entanto, Seabra, com o tempo (e quanto mais tempo tinha, pior o time ficava), foi alterando esta forma de jogar. Chegou a por Zé Ivaldo de lateral, Vitinho de atacante, entre outras bizarrices. Logicamente ainda teve problemas com muitas lesões, como a de Dinenno, que só volta em 2025.

Já Diniz, em sua primeira entrevista, não fugiu de nenhuma pergunta. Inclusive afirmou que vai fazer Cássio jogar com os pés, se tiver que improvisar, vai fazê-lo, "tudo em busca do melhor para o time". Disse também que o seu maior desejo é "potencializar os atletas para que rendam o seu melhor".

Mas isso não vai acontecer de cara, ok, torcedor? Não adianta achar que num passe de mágica o Dinizismo será implantado. As "loucuras" do novo comandante, que passou por aqui em 2004 como jogador e não deixou saudade alguma, acontecerão com o tempo. A intensidade, gana, vontade, talvez vejamos com o decorrer dos jogos. 

Filosofia no futebol requer tempo, somente tempo. Como o próprio Diniz disse, o trabalho acontece quando se ganha o tempo. E o tempo se ganha com vitórias e títulos. Então se vive o presente, jogo a jogo, consertando aquilo que se julga errado e optando pelos melhores em campo.

Diniz se mostrou bem sóbrio na entrevista, falou que vai observar a base - o que Seabra pouco fez mesmo sendo oriundo de lá - e que vai implantar seu estilo "autoral" com o tempo. O entretenimento será garantido e o coração... estejam com os exames em dia.


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Diniz anunciado: até quando o gás dele vai durar?



Sai um Fernando, chega outro. Um que não gosto, não queria aqui, mas que a diretoria está acreditando. Não é um etsilo que me agrada, mas que, de início, costuma dar certo e engrenar. O maior problema é que, com o tempo, o gás vira flatulência e, junto a isso, a torcida tende a pedir a cabeça do treinador, que inventou um estilo denominzado "Dinizismo", muito questionado, inclusive. A pergunta que fica: até quando ele fica?

Com alguns lapsos na carreira, Diniz não era o nome preferido das enquetes. Luís Castro aparecia como primeira opção em todas. Mas vai lá saber quanto ele pediria (ou pediu) para assumir a Raposa? Então aparece o nome de Diniz, atual campeão da Libertadores, mas que nos últimos trabalhos saiu bem pela porta dos fundos por onde passou - e também pela Seleção Brasileira.

É favorável ao goleiro ser um jogador que participa do jogo com os pés, de uma marcação pressão de todos os atletas e de uma invenção de moda tática, inclusive com improvisações que só ele acredita que dá certo. A teimosia - um dos motivos que levou Seabra a ser demitido - é uma praxe de Diniz, que também é adepto dos palavrões, gritos, discussões no campo e briga com adversários.

Se esse é o perfil procurado pela direção, bom, é o que vai. Contrato até final de 2025, com a chegada de alguns auxiliares. Começa a trabalhar já nesta terça-feira e estreia na quinta, contra o Libertad.

Que a passagem como treinador não seja como a de jogador, quando não deixou a menor saudade.

POR: JOÃO VITOR VIANA

Seabra demitido: caiu por insistir com Ramiro, ir contra a torcida e planos da diretoria




Fernando Seabra não é mais técnico do Cruzeiro. Caiu do cavalo por sua própria teimosia, insistência naquilo que reiteradamente dá errado e, ainda, com discurso pós-jogo que ratificava os próprios erros. Diante do Cuiabá, 19º colocado, com apenas 10 pontos conquistados em sua casa, o Cruzeiro optou por jogar com um esquema que não joga, atletas sem ritmo e, pior, vários que a torcida não quer ver nem pintado de ouro. O capitão? Ramiro, que jogou todo o jogo. Caiu abraçado com o "filhote".

Tudo isso, aliado aos últimos 10 jogos, de exibições questionáveis até quando venceu, fez com que a diretoria mudasse os planos. Não se sabe, porém, se já tinham em mente um novo treinador para esse ano. Certamente para 2025 Seabra não continuaria. Contudo, devido ao alto investimento feito e a ambição da diretoria, que é disputar a Libertadores em 2025, os planos foram antecipados.

Seabra, na verdade, nunca fez parte dos planos da direção. Quando mudou de dono, o Cruzeiro o manteve por causa dos resultados e pelo desempenho da equipe, naquele momento, até supreendente. No entanto, reforçado, o time perdeu o poder de fogo, a gana e a vontade que mostrava antes. Seabra perdeu o vestiário, passou a insistir nas próprias convicções, ainda que falhas, e defendê-las em entrevistas bisonhas no pós-jogo. Ao ver Ramiro de capitão eu desisti do jogo antes mesmo de ele começar. 

E sinceramente, as duas últimas vitórias, contra Boca e Atlético-GO ainda são questionáveis. O Boca jogou com um a menos a partir de 10 segundos de jogo. Ainda assim quase arrumou um empate no fim. O laterna goianiense perdeu por 3 a 1, mas desperdiçou uma penca de gols cara a cara com Cássio, mostrando o porquê de ser o pior time disparado do Brasileiro.

Já nos outros jogos, exibições sonolentas, escalações questionáveis e mudanças fora da realidade. Sob o pretexto de poupar atletas devido ao desgastante jogo contra o Libertad, no Paraguai, nem a diretoria acreditou. Afinal, antes o Cruzeiro teve 15 dias para se preparar e, diante dos reservas do São Paulo, mais uma derrota. Ontem o Inter mostrou o que se faz contra eles, como bem lembrou meu amigo Vitor.

Aliás, falando em amigo, outro, Leonardo Melo, disse ter sido precipitado demitir o Seabra nesse momento. Já até argumentei: imagina você investir R$ 180 milhões e ver uma pessoa gerenciar seu dinheiro com Ramiro sendo titular. As chances de você recuperar esse dinheiro vão minguando a cada jogo. E Pedrinho, que demitiu Pepa sem mesmo ser presidente, não vai ficar esperando de braço cruzado. Até porque não é todo dia que há, disponível no mercado, nomes como Luís Castro e Sampaoli. Não acredito em Luxemburgo, Felipão ou Renato. Para 2025, Portaluppi até poderia vir e montar. Mas para 2024, não deixa o Grêmio na mão antes de garantir os 45 pontos.

Agora, se inventarem de trazer Fernando Diniz...data de validade será antes do final do contrato. 

POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 17 de setembro de 2024

OPINIÃO: Sobre Seabra, já estou revendo meus conceitos



Há alguns dias publiquei que a demissão de Seabra era uma situação inócuo. Contudo, após duas semanas podendo preparar o time, recebendo do departamento médico atletas antes fora de combate, vimos um jogo pífio diante dos reservas do São Paulo. Jogo em dia e horários ruins, com ingresso mais caro que o normal para, no final, vermos uma apresentação sem alma, sem esquema, sem vontade.

Não adianta, ao final, Matheus Pereira vir pagar de protetor de treinador não. Tecnicamente o time é bom, mas perdeu o conjunto que, quem dá, é o treinador e sua comissão. O que foi feito nessas duas semanas? Parece até que o ano terminou. Agosto tivemos uma sequência terrível e, agora, novamente vamos tropeçando, perdendo posições importantes na tabela e vendo adversários, com reservas, nos passando e se distanciando.

Nosso ataque, vou te contar, está uma água. Muita gente comemorou a saída do Arthur Gomes, mas era o melhorzinho que tínhamos, inclusive um entrosamento ótimo com Matheus Pereira. A força pelos cantos se perdeu após sua saída. Lautaro, há tempos, já mostra ser jogador de segundo tempo. Isso quando muito. Burocrático, o Cruzeiro precisa se reencontrar. Sem Barreal, o time se engessa. A necessidade de colocar Romero e Walace juntos é, na medida proporcional, o mesmo que Lucas Silva com Ramiro. Não pela técnica em si, mas porque fazem a mesma função e, juntos, não rendem quando jogam se alternando. Se bem que no caso de Lucas Silva e Ramiro, tanto faz como tanto fez.

Por fim, temos que assistir/ouvir comentários fora da linha do treinador no pós-jogo. Parece que não enxerga o mesmo jogo que nós. Vê uma outra realidade. Falta raça, vontade, gana de vencer. Parece que não há ambição no time. A Libertadores é possível. Tecnicamente temos essa possibilidade. Mas de nada adianta o torcedor acreditar, ir ao campo, pagar caro, apoiar, se o técnico e o time inteiro trabalham de forma contrária. A cobrança é normal, lógica e uma consequência do resultado. Sim, futebol é resultado e isso que faz com que o planejamento para a temporada seguinte aconteça. 

O que iremos disputar? Sul-Americana? Libertadores? Que voltemos à maior competição da América do Sul! Eliminamos, esse ano, o atual vice-campeão. Poxa, não é pedir demais que o time volte a jogar bola. Quinta tem o Libertad, no Paraguai. Se jogar o que jogou contra o São Paulo, vai ser muito sofrimento. Cabeça no lugar, coração na ponta da chuteira e vontade. Muita vontade. A única entrega que vemos atualmente é a de pontos que escorrem pelos dedos de uma forma bem traumática. Acorda, Cruzeiro! Acorda, Seabra!

POR: JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Estamos a 11 mil sócios do paraíso!



A torcida do Cruzeiro é diferenciada! Afinal, comprou mesmo a história de Pedrinho e Alexandre Mattos e, a cada dia, está crescendo o número de sócios.

Nesta quarta-feira (11/9), o número de sócios passou de 89 mil, número histórico e que aproxima da meta de 100 mil, estabelecida como número que vai ajudar, e muito, a termos um time mais forte em 2025. 

Para o próximo ano, o Cruzeiro deverá investir cerca de R$ 200 milhões em contratações, além de liberar atletas em fim de contrato. A economia não apenas vai propiciar um fôlego na folha, como ainda trazer atletas de melhor potencial e mais jovens, que poderão render, ainda, lucro no futuro, o que aconteceu, por exemplo, com Arthur Gomes, negociado com a Rússia por cerca de R$ 36 milhões, podendo chegar a R$ 42 milhões em metas.

Se você ainda não fez o seu sócio, não perca tempo! Sempre que a torcida esteve próxima ao clube, tudo ficou mais forte. É hora de estarmos cada vez mais juntos, confiar no processo, no elenco, na direção e na comissão para chegarmos às metas para o ano que vem.

Queremos estar na Libertadores. Juntos isso fica mais perto!

Seja sócio! Estamos na reconstrução de um gigante!


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

OPINIÃO: Como é ruim duas semanas sem Cruzeiro!


Ê Cruzeiro! Que falta você faz! Fim de semana sem jogos, meio de semana, idem. Os aventureiros do futebol, que sabemos quem são, loucos para criar crise ou xingar fulano ou cicrano, estão em pãnico. Os que gostam do clube e compraram a reconstrução, ávidos pelas partidas, gols e mais pontos. Em quinto lugar na tabela, a vontade de ver o Cruzeiro de volta à Libertadores é o que mais nos motiva a querer mais e mais jogos. Contudo, as datas Fifa, desta vez, paralisaram o Brasileiro. Teremos que aguardar mais um tempo. Enquanto isso, ver jogos deploráveis dos queridinhos do Dorival, que em nada representam uma seleção.

Nesse meio tempo, no entanto, há um lado positivo. Jogadores que antes se encontravam machucados, vão poder se recuperar e reforçar o elenco, prejudicado, principalmente, no setor ofensivo, onde duas peças importantes foram perdidas: Dinenno, machucado, e Arthur Gomes, vendido. Verón e Lautaro estão retornando e já deverão estar em campo, contra o São Paulo.

Outro lado importante é o equilíbrio físico entre os atletas, principalmente aqueles que chegaram depois e estão ainda, nitidamente, abaixo dos demais. O Cruzeiro, no segundo tempo, tem mostrado esse déficit físico. 15 dias de treino serão fundamentais para uma guinada final da Raposa.

Enquanto isso os torcedores ficam aguardando, se entretendo com outros jogos, outros esportes, outros times. Digamos que a concentração é um pouco dolorosa, desenvolve na torcida aquela ansiedade mais sentida entre dezembro e janeiro. Mas como tudo tem um lado positivo, vamos nos ater por esse lado.

Que o jogo contra o São Paulo e, depois contra o Libertad, sejam propulsores de um sucesso adormecido por anos, em momento que o Cruzeiro hibernou para, depois, ser uma espécie de fênix.


POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Saída do Seabra é uma discussão inócua. Entenda!



Vários são o grupos de WhatsApp que ficam debatendo, apontando isso, aquilo sobre o Cruzeiro. Já há algum tempo, a saída do técnico Fernando Seabra é uma das principais discussões. Sinceramente, não faz sentido.

Eu mesmo, por alguns momentos reconheço que o caminho estava ficando bem torto. Passar um mês inteiro sem vencer no Brasileiro é um absurdo, principalmente quando os adversários, em sequência, não eram tudo isso. Ver escolhas ruins, como por Ramiro e Lucas Silva no mesmo time, Zé Ivaldo de lateral e diversas outras bizarrices irritaram. Os resultados, inclusive, não vieram.

Contudo, veio uma classificação na Sul-Americana contra um time tradicionalíssimo, o Boca Jrs., ainda que após um segundo tempo fraco. Contra o Atlético-GO, o Cruzeiro deu muito espaço e só não levou mais gols por ruindade do adversário. No entanto, considerando uma série de fatores, é perciso dar crédito não apenas ao técnico, mas ao time e à direção.

Há várias pessoas questionando Alexandre Mattos, Pedrinho e cia. também. Movida por uma paixão imensa, a torcida, por vezes, é cego. Quer algo perfeito num muito totalmente imperfeito. Uma fase ruim acontece com o melhor e com o pior clube; com o melhor e o pior jogador. Matheus Pereira, que voou boa parte do ano, oscilou junto com o time, principalmente nos últimos jogos. Coincidência? Talvez. Mas sem seu melhor atleta bem, o Cruzeiro também tende a cair de rendimento.

Além disso vieram lesões. Dinenno e Japa só voltam em 2025. Verón e Lautaro devem voltar só no próximo jogo, após um tempo fora. Além disso, Arthur Gomes está de malas prontas para a Rússia e alguns atletas também caíram de rendimento.

Seabra tem que buscar, dentro do elenco, as soluções, o que muitas vezes não tem. O clube não possui, hoje, um lateral reserva. No último jogo, Dorival, da base, foi selecionado. Aliás, eu o teria colocado contra o Internacional. Vi várias partidas dele no sub-20 e tem muito potencial. Quando olha para o banco, Seabra se vê com Lucas Silva e Romero. Japa, uma solução melhor, se machucou e não joga mais no ano. Quem sabe Jhosefer nã vire uma opção também?

Falando em base, não entendi porque Tevis foi chamado para compor o grupo e Kenji não. Com números fabulosos em 2024, o filho do ex-jogador Kleber (lateral-esquerdo que passou por Santos, Corinthians e Inter) tem feito bonito na base. Além disso, devido às lesões, o Cruzeiro bem que podia trazer João Pedro de volta. Atacante veloz, seria uma boa opção no atual momento do clube, que não vai mais se reforçar até o fim do ano.

Dessa maneira, Seabra se encontra com uma série de fatores. Por muitas vezes tomou a decisão errada. No entanto, o Cruzeiro está em quinto e pode, em breve, entrar no G-4. A torcida precisa estar ao lado, parar de pedir a cabeça desse ou daquele. Desde 2022 estamos em reconstrução e, agora, o presidente é alguém apaixonado. O trabalho de Seabra será avaliado ao final do ano. Em 2023, o ex-diretor de futebol, que me recuso a falar o nome, preferiu pel saída de um técnico que, ao lado de Autuori, tirou o Cruzeiro do risco de queda e, ainda, classificou para a Sul-Americana. 

Torcedor tem que ter uma memória mais longa e parar de querer imediatismo. Futebol não é mágica e não se transforma a água em vinho. São processos. E o Cruzeiro está no caminho. Precisa, sim, de ajustes, de convicções, de consciência tática e mais eficiência e intensidade. E outra: se hoje estamos brigando na parte de cima da tabela, muito se deve ao trabalho da gestão, tanto do futebol quanto de vestiário. É preciso ter paciência. Não estamos no Z-4.


POR: JOÃO VITOR VIANA