É inadmissível um campo, como o do Barradão, em Salvador, na partida entre Vitória e Cruzeiro, ser palco de um jogo de futebol. Campo pesado, chuva forte e drenagem que não suportou. O que se viu não foi futebol, mas um esporte náutico. No final das contas, pouco futebol, uma contusão séria e muita reclamação. E isso é culpa de quem autorizou o jogo, no caso, a arbitragem, e a CBF, conivente com mais essa traquinagem absurda, que entra presidente, sai presidente, se mantém.
Não era para o jogo acontecer. De fato, não aconteceu. Mas foi autorizado a ser um show de horrores, de poucas chances, muita água e uma lesão séria, causada, sim, por uma negligência do volante Eduardo, mas num cenário que não permitia sequer um toque de bola, quanto mais um lance de "dividida".
O que se viu foi uma prova tosca de natação! CBF e trio de arbitragem precisam responder. Claro que, nesse caso, sabemos que a CBF vai se calar e até aproveitar a pausa do Brasileiro para comentar desempenho dos clubes do país no Mundial. Deixar o tempo abaixar a poeira que ela, sistematicamente, cria, aliás. E, sendo muito otimista, o árbitro do jogo e o delegado da partida, no máximo, serão suspensos, voltando a participar de jogos daqui um tempo. E só.
Enquanto isso, dois pontos menos do que podia, um jogador machucado seriamente e que só volta no ano que vem, um cartão vermelho para o Cruzeiro.
Ah, se fosse o Flamengo, Palmeiras, Corinthians...


