Presidente petulante, arrogante e autoritário. Não é um perfil que agrada ao torcedor e muito menos que ilustre algo que possa agregar ao clube. Aquele que não ouve e que acredita estar somente ele certo, além de teimoso, é burro e não merece ser o mandatário celeste
POR: MARCÃO ANTI-FRANGA
Certas posturas me cansam. Ver atitudes tão retrógradas à frente de um clube tão moderno além disso, me desanima. Isso porque há, no comando do Cruzeiro, hoje, um presidente ultrapassado, teimoso, arrogante e petulante. Presidente que gosta de concentrar nele toda a glória, que não ouve a torcida e que acredita que oito milhões de pessoas estão erradas e ele certo.
Desde que deixou Alexandre Mattos sair e disse que acumularia função, o presidente Gilvan passou a cair no meu conceito. De forma arrogante, sempre deixou transparecer ser um manager de sucesso, um conhecedor de futebol como poucos. Até acho que ele conheça futebol como poucos. Mas como aqueles que pouco entendem do esporte. Aliado a empresários, cansou de contratar errado, de confiar na amizade daqueles que só queriam ganhar dinheiro nas costas do Cruzeiro. E mesmo as coisas dando errado, ele bate o pé e acha que está certo. Teimoso!
Nos últimos meses, além de arrogante, se mostra petulante, autoritário e omisso. Pouco aparece para dar entrevista ou satisfação ao torcedor; quando um diretor toma alguma decisão ele a desfaz e ainda veta contratações que poderiam dar certo sob argumentos injustificáveis. No fim, ele sempre fala às pessoas próximas a ele: "eu sou o presidente do Cruzeiro e nada acontece sem o meu crivo". Quem o senhor pensa que é? Para mim, um babão!
Quando há muita concentração de poder na mão de quem pouco pode fazer, a chance de algo dar errado é grande. Foi dele a decisão de efetivar Deivid, de contratar Paulo Bento e outras furadas esse ano. O planejamento caquético do Cruzeiro foi feito por esse senhor, que não representa a gigante torcida e o gigantesco Cruzeiro que a gente gosta. Incompetente, teimoso, autoritário e medíocre!
Depois de estar acertado com Nilmar, Gilvan o vetou porque "era magro demais". Além disso, confiou em seus amigos para contratar bondes como Gino e tantos outros. Inchou o clube sem ter dinheiro e precisou rever alguns poucos conceitos para começar a entender que há dois anos, desde que permitiu a saída de seu principal funcionário, que o Cruzeiro é um time sem rumo. Não porque não teve técnico nesse período. Mas porque o mandatário maior, aquele que manda e desmanda não passa de um cara ultrapassado, pouco entendedor de futebol e que não faz autocrítica. Aliás, Gilvan odeia ser criticado.
DESMANDOS
Gilvan é lento para tomar decisões. A questão financeira sempre vem em primeiro lugar. Em 2012 contratou Celso Roth para não cair. Faltando três meses para o contrato do técnico terminar, ambos se acusavam pela imprensa, num completo jogo de vaidades. Mas nem o técnico pediu para sair, nem o presidente o demitiu. Somente pela questão financeira.
Em 2015, depois de ver que a saída de Mattos havia sido trágica, pediu ao técnico Vanderlei Luxemburgo que indicasse um diretor de futebol ao Cruzeiro, pois não conhecia ninguém no mercado. Veio Isaías Tinoco, um completo idiota, que quando foi aos microfones, falou somente atrocidades. E para ser demitido... demorou!
Também em 2015 precisou de uma campanha horrorosa de Luxemburgo para demitir o treinador. Não queria pagar a multa, mesmo com o Cruzeiro entrando num buraco sem fim. Acabou sendo aconselhado por pessoas próximas a trazer Mano, porque senão o Cruzeiro iria para a Série B. Acabou sedendo, mesmo a contragosto.
No final de 2015, sem dinheiro em caixa e sem ideias para angariar fundos, admitiu que o Cruzeiro não tinha verba para trazer ninguém de nível. Nem treinador. Escolhas erradas em 2015 foram os problemas. Mas nunca admitidos. Contratações fracas, demissões em massa e nenhum retorno com títulos.
Com um time pior que o de 2015, o Cruzeiro planejou 2016 nas coxas. Viu o time fazer inúmeras partidas ruins no Campeonato Mineiro e mesmo assim deixou Deivid achar que era um professor. Entrevistas nojentas, asquerosas daquele treinador, que de tão bom, não arrumou emprego até hoje. Demorou a ser demitido. E demorou para contratarem outro treinador. Quase dois meses com um aprendiz chamado Delamore, que mais se assemelhava, fisicamente, a um coreógrafo, tamanho trejeitos nas partidas. Depois de muito pechinchar, precisou ir à Europa trazer um treinador que há dois anos não trabalhava. Com perfil mais moderno e filosofia diferente, trouxeram Paulo Bento. Não deu certo. E não vai dar. Não sou prepotente, como é o senhor Gilvan, para cravar isso. Mas até agora não deu em nada e o time não mostra melhoras. Paulo Bento é tão teimoso quanto Gilvan e banca suas decisões como se ele fosse o dono da verdade e o rei do universo. Do jeito que a coisa está indo, ou Gilvan desce do salto e se junta à torcida, ou vai ter que amargar o maior vexame do Cruzeiro em sua gloriosa história.
Não tenho dúvidas que Mano, hoje, seria a solução. Não há outra alternativa, por sinal. Não é culpa exclusiva de Bento que o time esteja tão mal. Mas é culpa dele os treinamentos, escalações e modificações. E ao menos os últimos dois estão sendo de forma bizarra. O Cruzeiro não tem time de Série B. Com um bom treinador podia estar bem acima, embolado no grupo dos vinte e poucos pontos. Mas estamos com 15, precisando de 30 para nos salvar da degola.
Eu não entendo Gilvan, um cara que veta Nilmar, que tem currículo, por ser magro. Eu não entendo Paulo Bento, que se o Cruzeiro não emprestasse Allano, seria titular amanhã, contra o Vitória e diante do Sport, no final de semana. Eu não entendo esses diretores, que um dia falam em punição a Riascos e no outro dizem que vão rever isso. Cruzeiro, cadê sua grandeza? Cadê um dirigente de respeito? Eu não te aceito, Gilvan! Vá viajar, curtir sua vida e deixe o Cruzeiro em paz!