quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Vitória na insistência




Num jogo ruim, chato, previsível, sem variações e sem capacidade de furar a retranca e o antijogo do Democrata, que abusou de simular lesões e parar o jogo, o Cruzeiro, por fim, acabou premiado com um gol nos últimos lances. Um ótimo cruzamento de Eduardo Brock achou a cabeça do artilheiro Edu, explodindo a torcida presente. Os 12311 torcedores vibraram muito, quase que ressoando todo o ódio causado pela postura do Democrata em campo. Uma vergonha e um acinte ao esporte e a quem pagou ingresso.

O mais inacreditável é ver membro da comissão técnica do time de Valadares falar que o "Cruzeiro ganhou roubado, porque não ganha no campo". Quanta cara de pau! Num determinado momento do segundo tempo, o jogo ficou parado por quase 10 minutos, entre lesões, reclamações, substituições. Se considerar toda etapa final, a partida ficou paralisada mais de 25 minutos. E pasmem: o Democrata reclamou dos acréscimos. Foram apenas 9 minutos, quando deveria ser, no mínimo, 15. A Fifa recomenda 60 minutos de bola rolando. Em Cruzeiro x Democrata, se ela rolou 40, foi muito.

O Cruzeiro entrou em campo com uma outra formação, em mais um teste, mudando seis jogadores em relação à partida contra a Caldense e a formação, ali, não funcionou. Três volantes, sendo Pedro Castro o responsável por se aproximar dos extremos Bidu e Waguininho não deu certo. Pedro tem bom passe, mas precisa jogar mais recuado. Assim, o time perdeu criatividade e insistiu, demais, em bolas alçadas na área, o que facilitou tanto para a zaga adversária, quando para a própria cera feita. Afinal, em vários momentos de disputas aéreas, o Democrata fingia lesão em possíveis contatos, a maioria simulada.

No intervalo Varini pôs em campo Daniel Jr. e João Paulo, o que melhorou a movimentação. Mas o Democrata, que já buscava não jogar e cozinhava o jogo no primeiro tempo, começou a fazer na cara dura, para elevar o ódio do torcedor ao grau máximo. Uma vergonha! Isso causou estresse nos atletas e pelas repetidas ações de simulação - que o árbitro, por sinal, foi conivente - alguns cartões foram aplicados. Machado acabou sendo a peça que mais apareceu na segunda etapa. Com praticamente 11 atletas dentro da área, restava o chute de longa distância. Em quatro oportunidades, Machado deu o seu bicudo. Numa, passou perto da trave, em outra, defendida no susto pelo goleiro. As demais foram chutes á la futebol americano.

Mas diante de um cenário horroroso, de poucas oportunidades, o Cruzeiro achou o gol, no final. Eduardo Brock - que jogou quase como um ala no segundo tempo devido ao desinteresse do adversário em atacar - achou Edu entre os zagueiros. O atacante cabeceou para o chão. A bola bateu e subiu, tocando ainda no goleiro adversário antes de entrar. No futebol não há justiça, mas se alguém merecia vencer, foi o Cruzeiro, não porque jogou bem, longe disso. Mas pela postura vergonhosa, vil, ridícula e cretina do Democrata, o empate seria um prêmio ao antijogo. Que os próximos jogos sejam melhores, que os times conquistem os pontos e os gols sem catimba. 

Análise positiva

O Cruzeiro vai encontrar muitos times na Série B que vão optar pelo mesmo esquema: não querer jogar. O Democrata buscou neutralizar o Cruzeiro através do excesso de simulações, buscando atrapalhar o psicológico e tentando, talvez, uma bola. Mas nada que não precisasse. O 0-0 seria a meta. Diante desse cenário, o Cruzeiro precisará saber como lidar com essas situações. Para furar retranca, é preciso jogador habilidoso, que acha espaço onde praticamente não há. Outro ponto importante é saber lidar com o psicológico. O nível de estresse ficou no "megaultrablaster". Então... é ficar mais cascudo com tudo isso

Por: João Vitor Viana

6 comentários:

Anônimo disse...

Nosso time está longe de ser um timaço, mas é lógico que há algo diferente.

Além da postura, persistência, parece que a nuvem negra saiu de cima. E isso aconteceu a partir do exato momento no qual deixamos de ter ratos dando as cartas no futebol.

Luciano Andrade disse...

O time é um quase nada melhor que o do ano passado pq o técnico está queimando todos os jogadores da BASE! Glória a deux! Kkkkk

Anônimo disse...

Baseado em experimentos observacionais revisados por pares incontestavelmente reconhecidos, os ratos produzem uma nuvem negra misteriosa causadora da perda súbita da sorte e qualidade técnica de qualquer modalidade desportiva em especial a futebolística com um severo agravamento das agremiações que refletem os comprimentos específicos do azul e branco do espectro cromático. As consequências fisiológicas constatadas são equivalentes às observadas em indivíduos acometidos por anemia ferropriva.

Mineiro El Petiso JR disse...

Com cinco jogos já percebemos que alguns jogadores perderam muito espaço ( Nonoca e Bruno José). O elenco precisa de peças ofensivas e uma delas pra ser titular. Não sou muito adepto de improvisações, ainda mais jogadores de defesa no ataque.

CidinhoBolaNossa disse...

Jogadores do ano passado perderam espaco pois um fato ficou bem evidente nestes primeiros jogos: os melhores daquele time (exceto Fábio) não podem ser titulares neste. Lentos e pouco produtivos em sua maioria. Precisam melhorar muito.

Gostei da participação do Daniel e do Giovanni lateral. Esperando pra ver a estreia do Ageu e do Miticov. Bom jogador não tem idade.

Quanto aos reforços que a torcida anda pedindo, creio que Ronaldo vai esperar um pouco pra trazer jogadores mais qualificados, como meia e pontas.

Antônio Augusto disse...

Campeonato mineiro tem de servir para testar o elenco e ir montando um time adequado aos estilos de jogo do treinador. Até aqui observo muita luta e empenho e fico esperançoso com gols no último minuto de jogo, sinal de que o time não desistiu de lutar pela vitória. Não espero espetáculo e nem vejo jogadores com qualidade pra isso, mas a entrega e os resultados estão vindo, então não entendo quem está reclamando.