terça-feira, 18 de junho de 2024

"Caso Dudu": em três dias, atleta conseguiu desagradar duas diretorias. Para o Cruzeiro, um alívio e possibilidade de investir em outro jogador



De sábado até segunda-feira, uma discussão tomou conta do futebol brasileiro: Dudu de volta ao Cruzeiro. Formado na base da Raposa, o próprio jogador procurou seu amigo, Alexandre Mattos, querendo mudar de ares. No Palmeiras, com contrato até fim de 2025, não teria espaço e buscava voltar às suas origens. Mattos, então, colocou o atleta, de renome internacional e um dos jogadores mais bem pagos do país, como prioridade. Acertou com ele, com o Palmeiras e o Cruzeiro anunciou como reforço, pegando todos de surpresa, mesmo as conversas terem começado 25 dias antes.

No entanto, uma "conversa" com membros da Mancha Verde teria mudado tudo. E o atacante, mimado, voltou atrás, não honrando aquilo que havia acertado verbalmente e, o Palmeiras, assinado. Deixou Leila Pereira com extrema raiva, ao ponto de ela falar, em rede nacional, que o "ciclo de Dudu tinha se encerrado no Palmeiras". O Cruzeiro ficou puto também. À noite, publicou nota desistindo da contratação, deixando claro que "pretende contar com atletas leais". Porta fechada para Dudu, que ganharia na Raposa um contrato de quatro anos, podendo chegar a cinco e um contrato milionário, não apenas o maior do país, como uma certeza de ter um grande contrato, talvez o último da carreira, com altos valores. Jogou fora a chance de voltar a ser um protagonista, o que ele não conseguirá no Palmeiras, dos "amigos de Mancha Verde". Será que os integrantes da "organizada" irão até a casa de Leila exigir a titularidade do amiguinho? Leila peita e Abel, tampouco, parece fazer questão do pupilo do torcedor.

Águas passadas agora. De tudo, mostrou ao país que o Cruzeiro tem audácia e que vai atrás de grandes nomes. Haverá investimento e nao será pouco. Recado à imprens nacional, às torcidas e, principalmente, ao torcedor do clube, que não haverá medição de esforços para fazer do Cruzeiro um protagonista o futebol, de fato. Se não com Dudu, com Michael, com Talisca ou outro grande nome. Gabigol? Quem sabe em 2025. Não duvidem! 

Para este ano, o que seria investido em Dudu pode ser revertido a outro jogador ou, ainda, outros. É certo que o clube precisa, no mínimo, de mais dois ou três nomes, principalmente um volante, um meia e um centroavante.

Até dia 10 de julho, quando será aberta a janela de transferência, nosso ataque estará bem desfalcado. Perdemos dois recentemente (Dinenno nem tão recente assim) e teremos que nos adaptar por quase um mês. Seja com dois jogadores rápidos, falso 9, o que for. O importante é saber jogar sem a figura do "matador". E esperar que um chegue após a abertura da possibilidade de contratação.

POR: JOÃO VITOR VIANA

sexta-feira, 14 de junho de 2024

terça-feira, 11 de junho de 2024

Mais um anúncio em posição carente. Faltam, ao menos, mais três reforços, além de saídas de atletas que em nada ajuda ou ajudarão


O Cruzeiro de Pedrinho é bem diferente do de Pedro Martins e companhia. Além da preocupação com o passivo financeiro, Pedro Lourenço, proprietário do clube, quer ver atletas de ponta na equipe. Em entrevista, afirmou que vai fazer um aporte alto, de cerca de R$ 100 milhões até o final do ano e, em 2025, a folha do Cruzeiro será alta, no valor de R$ 20 milhões em média.

Pedro disse, ainda, que há a necessidade de saídas, até para diminuir os custos. Machado e Papagaio devem ser os primeiros. Palácios e Neris, questão de tempo. Um goleiro também deverá respirar novos ares, já que hoje, além de Cássio, há Anderson, Leo Aragão e Grando. Todos com mercado.

Nesta teça-feira (11/6), o clube confirmou o acerto com Kaio Jorge, de 22 anos, vindo da Juventus, por cinco temporadas. Filho de pai cruzeirense, Kaio desde cedo já ouviu falar da grandeza do clube, da torcida e da história celeste. Outros nomes vão chegar também. Um zagueiro, um volante e, ao menos um meia - contando a permanência de Matheus Pereira -, é vital. Vou além: mais dois atacantes. E se puder negociar alguém, bom também. Não é porque o Pedrinho tem grana que vai ficar só injetando, sem retorno. É empresário, precisa de lucro também. O Cruzeiro nunca poderá ser uma filantropia.

Aí me perguntam: e a base? Pois é. Há tempos cobro que Pedrão, Japa, Vitinho e outros que ainda estão no sub-20 sejam aproveitados. Por que, por exemplo, o Otávio não pode ser o terceiro goleiro? Em que Néris é melhor que Pedrão? Japa, sendo um coringa como lateral e volante, não poderia ser uma opção? Por que Papagaio tanto joga e Arthur, artilheiro da base, sequer é convocado? João Pedro é outro que precisa voltar a ter espaço, pela exposão física e velocidade que tem.

Com a chegada de Adilson, Fabricio, Célio Lúcio e outros componentes na base celeste, certamente, em médio e longo prazos, o clube vai revelar atletas, não perdendo, de forma bisonha, jogadores que poderiam ter livrado uma grande parte da dívida, como Vitor Roque e Messinho (Estevão). Lembrando que vendemos Fabrício Bruno a preço de banana; Bruno Viana, idem; Ederson de graça; Rafael (goleiro); e tantos outros.

A gestão mudou o patamar do clube, vai ter contratações boas, deixou o clube mais robusto e ambicioso, como sempre foi. Agora é saber medir investimentos com atletas jovens, formados no Cruzeiro, com alma e disposição de um cruzeirense de verdade. Depois que a base foi sucateada nas eras "Gilvan", "Wagner" e "SSR", Ronaldo recuperou, trouxe uma nova cara à base, antes, cabide de emprego e completamente amadora. O que se espera, agora, é a formatação de valores e atletas que façam, geração após geração, um time jovem, vibrante e vencedor. 


POR: JOÃO VITOR VIANA