quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O dinheiro é do Pedro Lourenço, mas a gestão é pífia e os resultados dinizistas



Que dono, investidor, sócio, presidente ou seja lá qual for o alto escalão de uma empresa que gosta de rasgar/queimar dinheiro? Organizada internamente pela gestão anterior, faltou investimento para resultados virem mais rápido. No entanto, agora, com dinheiro de Pedro Lourenço, o que se vê é uma gestão similar ou pior de quando o clube era associação, gerida por torcedor, mas administrada internamente por pessoas sem competência. O dinheiro é do Pedro, mas a gestão é pífia e os resultados, bem, dinizistas. Diniz, talvez, seja o técnco mais derrotado em 2024, com duas (provável três demissões) e um desempenho abaixo de qualquer outro. Mas ganhou a Libertadores, né, Matos?

Talvez, pelo fato de ter muito dinheiro disponível e o vínculo de amizade com Pedrinho acabar influenciando a presença de diretores, essa incompetência passe a ser relativizada. O currículo de Pelaipe é ótmo, do Matos, idem. Mas é preciso ter foco financeiro e em rendimento. Gastaram cerca de R$ 100 milhões em três jogadores que até agora não mostraram o investimento ter sido acertado: Jonathan, Walace e Peralta.

Alguns torcedores até já me disseram que são investimentos para o futuro. Contudo, discordo que investimentos dessa grandeza devam ser para daqui dois, três anos. O Cruzeiro precisa, para agora, de atletas para o presente. Isso exige não somente planejamento como acertividade para a própria reconstrução. Não adianta pensar o futuro se o presente não permitir pensar daqui uns anos.

O Cruzeiro precisa ter uma base e, ao mesmo tempo, aproveitar a base. Para não incorrer em erros estratégicos, já podia, de imediato, se posicionar em não adquirir, de forma definitiva, Villalba e Barreal, por exemplo. Em que Zé Ivaldo e Japa devem aos dois? No momento, nada. Isso quer dizer que Zé e Japa devam ser titulares em 2025? Não. Mas deveriam ser, hoje, titulares.

O áudio de Pedrinho até hoje causa problemas, assim como o baixo rendimento de alguns atletas, excessivamente escalados ou com minutagens. Vestiário parece ser, também, um problema. Isso acontece muito em função da falta de liderança, excessos da comissão técnica e da passividade da direção. O olhar profissional da gestão anterior deixou de existir para virar um clima de pelada e mimimi.

POR: JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Mais um jogo sem vitória, com baixo público e vaias ao treinador defendido pela diretoria



Não foi a pior apresentação do Cruzeiro com Fernando Diniz, mas mais um jogo que não empolgou. Em momento algum mostrou que poderia sair vencedor e teve, ainda, uma série de erros individuais que só não foram problemáticos pela ruindade do adversário.

O Grêmio, aliás, saiu na frente, numa falha bizarra de marcação. Villalba, mais uma vez, destoou a defesa, falhando em vários momentos, assim como Marlon, que pouco entregou. No meio, boas exibições de Romero, Lucas Silva e lampejos de Matheus Pereira que, inclusive, fez um bonito gol. Sem Matheus Henrique e Kaio Jorge, o Cruzeiro teve que se contentar com os fracos Lautaro e Barreal. Ambos, inclusive, podem puxar a barca para 2025.

Vamos ao jogo: Cruzeiro começou com uma bola na trave, desviada por Lautaro, lance que podia ser melhor aproveitado, e levou, no contra-ataque, o gol de Braithwaite, jogador oportunista, que desviou um cruzamento vindo da esquerda celeste.

As chances foram surgindo, não aproveitadas muito pela ruindade de quem finalizava. Lautaro, por exemplo, nitidamente com medo de chutar a gol, assim como outros atletas. Fim de primeiro tempo e, em vez de mudar, o ainda treinador do Cruzeiro, Fernando Diniz, não alterou em nada a equipe. O segundo tempo continuou sendo de posse de bola do Cruzeiro, poucas finalizações perigosas e participações pouco decisivas de ambos os goleiros. Digamos que a bola ficou entre uma intermediária e outra, com faltas, chutes, cruzamentos, mas nada que pudesse mudar o placar.

Algo a ser justo: ao final do jogo, Fernando Diniz foi ao árbitro e reclamou de uma falta em Veron, que deveria ter sido revista pelo VAR, pois era causa de expulsão em Rodrigo Caio. Falta clara de alguém que era o último homem. Poderia mudar o jogo? Sim. Mas quando você olha para um time que escala Villalba e Lautaro de cara, opta por colocar Japa no banco e demora a por jogadores da base no ataque, é de se notar que Diniz justifica os números ridículos que tem no Cruzeiro. Duas vitórias! Onde um treinador com esses números permanece empregado? Eu digo: no Cruzeiro, time que a diretoria é omissa, não cobra e passa pano. Vão esperar a vaga da Libertadores escapar entre os dedos para tomarem provdência? O público do jogo mostrou como a torcida se desmobilizu após a derrota ridícula para o Racing e demais jogos abaixo da crítica. E o treinador continua com respaldo da direção. Uma vergonha. Duas vitórias! Duas!

É tão mais fácil reconhecer a própria incompetência e erro de estratégia... mas não fazem isso e, pior, ainda circula o nome de Dudu nos bastidores. Após ser renegado, trocado por uma facção criminosa e esnobado, vão mesmo ajoelhar para um ex-jogador para um novo contrato? Poupem a torcida! O clube tem dono, mas quem leva esse time para os títulos é o torcedor, que precisa ser ouvido e atendido.

Cruzeiro não é lugar de pseudotreinador, de pseudojogador e de pseudodirigente. Uma limpa para 2025, independentemente de qualquer resultado, é necessária. 

POR: JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cruzeiro de Diniz é uma brincadeira de mau gosto!




Os torcedores do Cruzeiro, ao menos os mais sensatos, começam a concordar com a avaliação que fiz há algum tempo, quando, de forma equivocada, trocaram Fernando Seabra pelo xará, Diniz. Em um ano de completos fracassos, o treinador, que quer reinventar a roda, mostrando que é o único a fazer algo que ninguém faz, continua a fazer das suas. Até quando? Teremos que perder para o Criciuma? Quantos vexames mais teremos que presenciar para verem que o planejamento de 2024 foi mais confuso que o sistema tático do Diniz?

Contra o reserva do reserva do Flamengo - que é, sim, forte, pelo investimento feito no clube há algum tempo -, o Cruzeiro voltou a ser o ˜Cruzeiro de Diniz˜. Time confuso, que corre errado - e cansa por isso -, não chuta, toca demais a bola e não é, minimamente, objetivo.

Num primeiro momento, primeiros 30 minutos, até mostrou algo, num certo equilíbrio, mas totalmente pela vontade de um ou outro jogador. Com o tempo, esses mesmos jogadores, talvez por correrem errado ou por ouvirem, de forma reiterada, xingamentos do "comandante", largaram o leme do barco. Resultado: mais uma derrota de um time que poderia chegar ao G-7, desgarrar um pouco de Vasco e Atlético, mas que parece preferir, a cada rodada, que a gente agradeça ao Seabra por ter vencido muitas partidas no primeiro turno, o que nos salvou de um possível caos.

Deixo claro que não sou defensor do Seabra e até acho que, caso estivesse acontecendo algo internamente, alguma insatisfação, que se trocasse. Contudo, como também afirmo há um tempo, era apenas trazer alguém que fizesse o básico, o que Diniz infelizmente, não consegue entregar. Inclusive escala mal, mexe mal e - não acompanho - deve treinar mal. Não foi capaz de enxergar que Marlon estava péssimo no jogo e, para tentar o empate, tirou o camisa 10 para por um atacante. Depois, voltou a por Lucas Silva. Só faltou acionar Ramiro.

A sobrevida desse senhor se deu pela sorte de Kaio Jorge e pela incompetência do Lanús, um time que no campeonato argentino está ladeira abaixo há um tempo. A classificação à final da Sul-Americana fez muitos cruzeirenses pensarem que com o tempo, o trabalho de Diniz iria se encaixar. Uma certa rádio aí, inclusive, fica batendo nessa tecla. Discurso barato para manter o Cruzeiro num patamar inferior, já que a ela e ao seu dono não é bom o Cruzeiro estar bem.

Em 2024 Diniz coleciona decepções. Demitido com o Fluminense no Z-4, demitido com um trabalho pífio na Seleção Brasileira e, agora, no Cruzeiro. Ano para esquecer. Contudo, Pedro Lourenço e Alexandre Matos continuam entendendo que ele é o melhor do mercado. O melhor que não vence, que não empolga, que não contagia elenco, que só deu certo uma vez na vida. 

Perguntem aos torcedores de São Paulo e do próprio Fluminense o que pensam sobre ele. A resposta é simples. Aliás, é bem fácil encontrar faixar no Google com uma hashtag #ForaDiniz. Não torço contra o Cruzeiro, jamais o farei. Mas não me iludo com quem veio para cá achando que vai manter a fama de "mago da tática". Para mim, um técnico comum, complexo, tumultuado, confuso, que precisa passar na porta da educação e saber o mínimo de tática e futebol. Como técnico, um ótimo comentarista.

POR: JOÃO VITOR VIANA