quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cruzeiro de Diniz é uma brincadeira de mau gosto!




Os torcedores do Cruzeiro, ao menos os mais sensatos, começam a concordar com a avaliação que fiz há algum tempo, quando, de forma equivocada, trocaram Fernando Seabra pelo xará, Diniz. Em um ano de completos fracassos, o treinador, que quer reinventar a roda, mostrando que é o único a fazer algo que ninguém faz, continua a fazer das suas. Até quando? Teremos que perder para o Criciuma? Quantos vexames mais teremos que presenciar para verem que o planejamento de 2024 foi mais confuso que o sistema tático do Diniz?

Contra o reserva do reserva do Flamengo - que é, sim, forte, pelo investimento feito no clube há algum tempo -, o Cruzeiro voltou a ser o ˜Cruzeiro de Diniz˜. Time confuso, que corre errado - e cansa por isso -, não chuta, toca demais a bola e não é, minimamente, objetivo.

Num primeiro momento, primeiros 30 minutos, até mostrou algo, num certo equilíbrio, mas totalmente pela vontade de um ou outro jogador. Com o tempo, esses mesmos jogadores, talvez por correrem errado ou por ouvirem, de forma reiterada, xingamentos do "comandante", largaram o leme do barco. Resultado: mais uma derrota de um time que poderia chegar ao G-7, desgarrar um pouco de Vasco e Atlético, mas que parece preferir, a cada rodada, que a gente agradeça ao Seabra por ter vencido muitas partidas no primeiro turno, o que nos salvou de um possível caos.

Deixo claro que não sou defensor do Seabra e até acho que, caso estivesse acontecendo algo internamente, alguma insatisfação, que se trocasse. Contudo, como também afirmo há um tempo, era apenas trazer alguém que fizesse o básico, o que Diniz infelizmente, não consegue entregar. Inclusive escala mal, mexe mal e - não acompanho - deve treinar mal. Não foi capaz de enxergar que Marlon estava péssimo no jogo e, para tentar o empate, tirou o camisa 10 para por um atacante. Depois, voltou a por Lucas Silva. Só faltou acionar Ramiro.

A sobrevida desse senhor se deu pela sorte de Kaio Jorge e pela incompetência do Lanús, um time que no campeonato argentino está ladeira abaixo há um tempo. A classificação à final da Sul-Americana fez muitos cruzeirenses pensarem que com o tempo, o trabalho de Diniz iria se encaixar. Uma certa rádio aí, inclusive, fica batendo nessa tecla. Discurso barato para manter o Cruzeiro num patamar inferior, já que a ela e ao seu dono não é bom o Cruzeiro estar bem.

Em 2024 Diniz coleciona decepções. Demitido com o Fluminense no Z-4, demitido com um trabalho pífio na Seleção Brasileira e, agora, no Cruzeiro. Ano para esquecer. Contudo, Pedro Lourenço e Alexandre Matos continuam entendendo que ele é o melhor do mercado. O melhor que não vence, que não empolga, que não contagia elenco, que só deu certo uma vez na vida. 

Perguntem aos torcedores de São Paulo e do próprio Fluminense o que pensam sobre ele. A resposta é simples. Aliás, é bem fácil encontrar faixar no Google com uma hashtag #ForaDiniz. Não torço contra o Cruzeiro, jamais o farei. Mas não me iludo com quem veio para cá achando que vai manter a fama de "mago da tática". Para mim, um técnico comum, complexo, tumultuado, confuso, que precisa passar na porta da educação e saber o mínimo de tática e futebol. Como técnico, um ótimo comentarista.

POR: JOÃO VITOR VIANA