quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A demissão foi certa, mas o amadorismo de gestão ainda está pior que a contratação de Diniz




De que adianta ter dinheiro, se a gestão é de quiinta categoria? Assim vai sendo o Cruzeiro, que é SAF, mas é gerida como uma associação, pela paixão, pelos gostos pessoais. A partir do início do ano passado, quando Ronaldo passou o bastão para Pedro Lourenço, muita coisa mudou. Inclusive, o vazamento de negociações. É impressionante como alguns ficam sabendo de situações, antes brecadas em uma gestão mais austera.

Ao trocar um treinador por um gosto pessoal, cito a chegada de Diniz em lugar de Seabra, o ano de 2024 chegou ao fim em outubro. Nada mais dali para frente prestou. Jogos ruins, resultados horrorosos e decepções atrás de decepções. Não de forma equivocada, a torcida pediu a saída de Diniz ao final do ano. Ele, nariz em pé, peitou a diretoria, que abaixou a cabeça e aceitou os argumentos. Deu no que deu. O Cruzeiro fez o maior de seus erros na atual gestão. Se antes isso era a contratação de Diniz, passou a ser o maior erro a continuidade dele. Três jogos oficiais depois, corte da cabeça.

Agora, se o Cruzeiro é da torcida, ela deveria, ao menos, ser ouvida. Cadê a proximidade com os 10 milhões de torcedores? O plano de crescimento do sócio parece estagnado. O clube não tem um porta-voz, como diretor de comunicação, para falar com a imprensa. Aí fica jogador fazendo bico, diretor de futebol omisso, presidente vazando áudio, diretor da base criticando o profissional - também em áudio vazado -, e fica tudo por isso mesmo. Uma verdadeira bagunça, que ninguém sabe quem manda, só quem paga. Cada um faz e fala o que quer, porque não há a menor diretriz de comportamento dentro do clube. 

Em meio a tudo isso, o aproveitamento da base vai sendo escanteado. Dorival, Vitinho, Pedrão, todos emprestados. Kenji, Tevis e Bruno Alves, com poucas opções. Kaiki comendo banco para um falastrão. Lamentável ver como a gestão enxerga futebol. Deveriam priorizar a prata da casa, principalmente nesse inicio de ano. E o que vemos? Um time, sem técnico, emprestando seus jovens valores sendo que nem um time titular ainda há desenhado. Uma pena, aliás. Vários são os jogadores que saíram daqui, vendidos a preços módicos, dispensados ou sorrateiramente retirados do clube por brechas em contratos (Vitor Roque e Estevão) e que foram estourara e valer milhões fora. Tudo por causa de gestões que não priorizaram a base.

Agora, 29 de janeiro, o Cruzeiro está oficialmente sem comando. Sem técnico estava desde outubro, mas agora sem rumo, sem norte, com alguém comandando treino e ninguém sabe quem chega, quando chega e quem será. Inúmeros nomes sendo cogitados, entrevistas marcadas, profissionais especulados. Certamente o prazo de reposição do comando será mais demorado que o esperado. Contra o Itabirito e, possivelmente contra o Uberlândia, iremos de interino. Tudo isso para mostrar ao Brasil que o único time da Série A do Brasileiro começará os trabalhos em fevereiro, mostrando que não há um mísero planejamento e que o ano já começou com tudo sendo feito de forma amadora e com nenhum foco.

POR: JOÃO VITOR VIANA

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo quando você cita o amadorismo da direção do nosso CRUZEIRO!

João Vitor Viana Cavalcanti disse...

Tá demais né?

Anônimo disse...

Às vezes me pergunto... como o Pedrinho ficou tão rico ? Para gerir as empresas dele, não podem acontecer as coisas que estão acontecendo no Cruzeiro. Ele deveria administrar o Cruzeiro, como administra os Supermercados BH ! Vamos aguardar a tomada de rumo, que mais cedo ou mais tarde, terá que chegar.