quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Remédio ou placebo?




Entra ano, sai ano, e o tal do Queiroz continua prestigiado.

Não tem quem consiga explicar, de fato, a razão de tanta influência dentro da Toca da Raposa. Nem com toda a revolta da torcida, nada parece abalar os dirigentes que defendem Benecy Queiroz, mais do que a perda de seis pontos na Fifa.

O último a rezar a cartilha foi Sérgio Santos Rodrigues, alçado a presidente, pregando transparência e uma gestão "apaixonadamente profissional". Quando foi indagado sobre o inchado departamento de futebol e a função de Queiroz no começo de setembro, Sérgio fez uma defesa eloquente do dirigente. Entre os elogios, chamou Benecy de referência, que na CBF/ FMF ele é adorado por todos, que seu trabalho em supervisão e logística são enaltecidos nas entidades. 

Porém, toda essa capacidade não foi levada em conta no organograma de futebol do clube, apresentado um mês depois, quando Queiroz foi "deslocado" do futebol para ser caseiro...digo, administrador da Toca II. Para uma gestão que preza pelo profissionalismo, abrir mão de uma referência do setor, soa como algo, pelo menos, controverso. 

Ontem, mediante as graves críticas do deputado e ex-dirigente, Leo Portela, sobre um suposto esquema de desvio de material esportivo do clube, que indica Queiroz como o cabeça, fica praticamente impossível não questionar o prestígio que Benecy ainda nutre dentro do Cruzeiro. E aí, Sérgio "Gel" Santos Rodrigues?

Tenho muitas ressalvas ao deputado, mas lembramos que o mesmo também é advogado. Por isso, acredito que não faria acusações tão sérias senão tivesse provas ou indícios muito fortes sobre o caso. A questão é saber quais serão os desdobramentos da gestão transparente e apaixonadamente profissional sobre a situação. Acredito que todo mundo tenha direito a ampla defesa, como está assegurado na nossa Constituição, mas se Queiroz não for, no mínimo, afastado do clube até que tudo seja investigado e sua culpa ou inocência decretadas pela justiça, será a desmoralização total da atual diretoria do Cruzeiro.

Se levarmos em conta as atuais atitudes do presidente, Queiroz provavelmente, sairá ileso de mais uma de suas presepadas. A impressão que me passa é que, ou Sergio tem medo de botar o dedo nas feridas do clube para não "melindrar pessoas cujo o apoio é importante" ou ele faz parte dos conchavos da velha política, que derrubou o único gigante de Minas.

Sérgio precisa se decidir logo: se é remédio para o clube ou Placebo. Até agora, o Cruzeiro continua doente.

Por: Marcello Zalivi

202 comentários:

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Anônimo disse...

ManoMERDAMenezes e "COISO VOMITADO"...duas BOSTAS!!����

SERGIO FARIA disse...

Difícil de aguentar o Cruzeiro. Esse papo de bolas parada como solução é ridículo. Time que não parte pra cima, poucas jogadas de ponta, sem centroavante matador e sem chutadores. Defesa não aguenta pressão e pelo alto é peneira total. É receita pra ficar na série B, mas sair daí ficou sem solução, parece falta de compromisso do time mais caro do grupo B do Brasileirao. Não há desculpa que justifique.

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