POR: JOÃO VITOR VIANA
O Cruzeiro esteve pouco inspirado, ontem, em Puerto Ordaz, na Venezuala, onde bateu o Mineros, por 2 a 0, e arrancou a liderança do Grupo 3 da Libertadores. Com um futebol pífio, as duas equipes mostraram-se frágeis e ruins tecnicamente, proporcionando um verdadeiro cenário de horror para quem viu a partida, que mais se assemelhou a uma pelada de aposentados.
Venceu o menos ruim, que pouco criou, diga-se de passagem, e que ficou devendo. Do lado contrário, uma equipe pouco qualificada, que brigaria na parte de baixo da tabela do Campeonato Mineiro, pau a pau com Mamoré e Guarani.
E mesmo diante de uma equipe fraquíssima, o Cruzeiro ainda se mostrou vulnerável. Leo e Paulo André bateram cabeça, os volantes não deram a proteção ideal e o meio, mais uma vez, foi inócuo. Nada de criatividade, bolas alçadas em demasia, jogadas tão somente pelas laterais e nada mais. Acho que entendo pouco de futebol. Para mim, uma equipe de ponta deve procurar ser o mais imprevisível possível, fazendo tabelas, chutando a gol, criando jogadas de efeito e dando pressão no adversário. O Cruzeiro venceu sem fazer isso e com alterações, no decorrer do jogo, completamente infundadas. Ressalto: no meu modo de ver.
O Cruzeiro venceu um time sem a menor qualidade e deve voltar a vencer no jogo da volta, no Mineirão. Mas que o Cruzeiro não repita a atuação deplorável de ontem. Venceu, mas mostrou um futebol tão fraco, que deixa a torcida apreensiva para uma próxima fase. O Cruzeiro vai se classificar, e em primeiro, porque o grupo dele é muito ruim. Para o Cruzeiro pensar em algo maior que a qualificação, terá que melhorar, e muito, no conjunto e na disposição tática. Diante do Mineros, vimos um treino, fraco tecnicamente, de duas equipes que mais apareciam ter se conhecido no momento da partida.
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