DEMISSÃO DE MARCELO MOSTRA FRAGILIDADE DA DIRETORIA, QUE NÃO AGUENTOU PRESSÃO DA TORCIDA

POR: JOÃO VITOR VIANA

Primeiro a culpa era da imprensa e, depois, do treinador. Em uma semana tudo mudou no Cruzeiro, que anunciou, na tarde de hoje, a demissão de Marcelo Oliveira. A torcida já não mais aceitava a forma de o time jogar e, mesmo tendo a diretoria contratado mal e feito um planejamento porco, com os jogadores que tinha, Marcelo não conseguiu fazer a equipe jogar num mínimo razoável. Ele deixa o time com bons números, títulos, mas um 2015 pífio. E como no futebol os números movem os profissionais, Marcelo deu adeus ao Cruzeiro, que até o final desse post não informou quem comanda a equipe amanhã, diante do Flamengo, no Mineirão.

Durante certo tempo deixei muito da culpa nas costas do treinador, que escalava e modificava mal o time. Errou feio em diversas oportunidades e nitidamente não mexia com o brio dos atletas quando mais se precisava, principalmente no mata-mata.

Nos últimos tempos, dividi a responsabilidade dele com os jogadores e também com a diretoria, que fez um planejamento horroroso para esse ano, jogou dinheiro no lixo e ainda não assumiu sua própria incompetência. A culpa é de todos e Marcelo não foge a regra. Sua demissão estava quase que traçada. Caso perdesse amanha ou sábado, para o rival - de quem não ganha há tempos, por sinal -, pela pressão da torcida, sairia. A sede do Barro Preto, hoje, amanheceu pichada, o que já mostrava um descontentamento do torcedor (entenda-se vândalos, pois não compactuamos com essa prática). A imprensa, diferentemente do que entende Gilvan, era a que tinha menor culpa. A diretoria se mostrou frágil ao primeiro manifesto da torcida. Não aguentou a pressão e demitiu quem comandava o time. Adeus, Marcelo!

Agora começa-se a especular quem vem para o lugar de Marcelo. Muricy? Luxemburgo? Adilson? O certo é que 2015 já era e o planejamento, esse sim, que tem que ser muito bem feito, será para 2016. Para esse ano, nada virá. Ano perdido.