O título legal seria: vitória vibrante. Afinal, nesse 7 de agosto, o narrador Alberto Rodrigues comemorou 80 anos. Narrador de futebol há décadas, o "Vibrante", como é conhecido, teve que narrar um gol do Internacional. No primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil deu Inter: 1 a 0, gol de Edenilson, no segundo tempo da partida.
Mano Menezes mudou a equipe, buscando mobilizar os atletas. No entanto, a bola pareceu queimar no pé de vários jogadores. Nenhum arriscou jogadas individuais. O que se viu foi um time perdido, um amontoado de jogador mal treinado e sem inspiração. A bola até que saia bem da defesa, mas já empacava no meio, com os volantes que, lentos, não davam a dinâmica necessária. Bem postado, o Inter soube aproveitar suas jogadas ofensivas. E se não marcou mais, foi porque parou em Fábio, que fez duas grandes defesas e quase impediu o gol do Colorado, após rebote em cobrança de falta de Guerrero.
O Cruzeiro foi pragmático. Insistiu nas bolas aéreas e forçando a jogada somente em um atleta. Previsível, sem jogadas ensaiadas, sem tabelas, sem arriscarem chutes de médias distâncias. Apenas bolas em Orejuela e Dodô; em Robinho e Pedro Rocha. E sempre buscando Sassá, que começou a partida dessa vez. Mas o atacante pouco fez. Até que tentou, mas os chutes que deu foram sobre o gol de Lomba.
No segundo tempo, modificações estranhas deram ao Cruzeiro pouca força, sem surtir nenhum efeito. Ariel Cabral demorou a sair, assim como Robinho, que jogaram muito mal. Robinho, num lance, errou duas vezes e quase entregou um gol ao Inter. Ariel sequer sabia o que estava fazendo em campo, numa lentidão como há muito não se via. Pedro Rocha, em vários momentos, teve a bola para dar o passe ou arrancar, mas sem tempo de bola, se perdeu, assim como Thiago Neves. E quando Fred entrou... aí o ataque morreu. Se estava ruim com Sassá, sem ele ficou inoperante.
O Inter, com atletas de qualidade no time titular e no banco, soube "cozinhar" o jogo e aproveitou uma das quatro chances que teve de marcar durante o jogo. Em cobrança de falta, Guerrero obrigou Fábio a fazer grande defesa. No rebote, Edenilson ganhou da zaga celeste e tocou para o gol, antes que Fábio se recuperasse.
1 a 0: resultado difícil de ser revertido, aindam ais levando-se em conta a fase do Cruzeiro. Oito jogos sem marcar, mais de 800 minutos sem a torcida gritar gol e uma sucessão de erros de passe, falta de coragem, falta de chutes e sem liderança no elenco e no comando técnico.
Por: João Vitor Viana
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