Time leva gol com dois minutos, não se abate e reage. Com menos de 18min de partida, tinha virado o jogo. Time celeste mostra competência, joga bem e goleia o Internacional.
POR: JOÃO VITOR VIANA
O jogo de ontem, diante do Inter, era uma final para o Cruzeiro. Qualquer resultado que não a vitória não interessava. Com dois desfalques - Willian, suspenso, e Henrique, recuperando-se de entorse -, o time mineiro iniciou o jogo com Ábila e Bruno Ramires. Empurrado pela torcida, o time iniciou o jogo mostrando disposição. Contudo, logo aos 2min, levou um gol, de Seijas, nome que mais se assemelha a uma marca de cereja.
Mas isso não abalou o grupo. Ao lado de sua torcida, que podia ter sido maior no Indepa, o Cruzeiro se mostrou maduro, sabedor que individualmente era melhor. Bastava as coisas se ajeitarem. E isso aconteceu em pouco tempo. Em menos de 15 minutos após levar o revés, o Cruzeiro já estava à frente. O empate veio no oportunismo de Sóbis e, o segundo, em um golaço de Ábila. O terceiro e o quarto vieram na consequência de um time bem postado e ciente daquilo que era necessário para vencer e chegar aos 18 pontos. No segundo tempo, um vacilo defensivo fez o Inter ter um pênalti ao seu favor, convertido por Alex.
Quem acompanhou o jogo de casa, no estádio ou em qualquer outro lugar, viu um time diferente. Se diante do Santos, o Cruzeiro criou muito e não fez, dessa vez criou menos - embora tenha criado bem -, mas foi eficiente na finalização. Além disso, teve amplo domínio do meio-campo, com Cabral jogando muito, Arrascaeta e Robinho voando e Sóbis e Ábila sobrando. O Cruzeiro, ontem, teve a cara de Mano Menezes, em nada se assemelhando ao time de Paulo Bento, que corria errado, era incompetente nos remates e se abalava facilmente ao sair atrás do marcador.
Como disse o treinador após o jogo, foi o primeiro passo. Tem que ser o divisor de águas do Cruzeiro nesse campeonato. Estamos ali atrás, mas sabemos que é uma posição temporária. Temos grupo experiente, elenco qualificado e podemos estar muito melhores na classificação. Nas próximas seis rodadas teremos quatro jogos em casa e isso tem que ser um fator decisivo, o que não tem ocorrido até aqui, já que vencemos apenas duas partidas em Belo Horizonte.
Próximo passo: Corinthians. Não me assusto, apesar do time paulista estar entre os melhores. Se a arbitragem não influenciar e se jogarmos o que jogamos ontem - quando até arrefecemos no segundo tempo -, podemos voltar com mais três pontos para BH. Definitivamente, Mano chegou para nos salvar. E vai conseguir. A torcida está com o time e juntos seremos muito fortes.