Há quatro anos, quando entrevistei, para um canal de internet, o atual presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, ouvi dele um relato curioso e animador.
Naquele momento, Sérgio sonhava em ser presidente do Cruzeiro e planejava, em seis anos, fazer do clube um time com mais de 100 mil sócios e campeão mundial.
Bom, a história que veio com a derrota dele e a vitória de Wagner Pires, a gente ficou sabendo à posteriori.
E hoje, estamos amargando uma situação bem complicada financeiramente e, pior, política.
O ex-presidente do Conselho Gestor do Cruzeiro, Saulo Froes, afirmou que a crise política, inclusive, era pior que a econômica.
Mesmo com o clube devendo quase R$ 1 bilhão.
E na esperança que as coisas caminhem melhor agora, ainda que em mandato tampão, uma coisa é certa: o centenário será na Série B.
No dia 2 de janeiro estaremos, ainda, jogando campeonatos relativos à 2020, já que a previsão da CBF, por enquanto, é que tudo termine entre fevereiro e março do ano que vem.
Contudo, isso ainda pode ser pior, já que o governo de Minas afirmou, por meio de nota, que não acredita na volta do Campeonato Mineiro em julho, como quer a Federação Mineira.
Aliás, o presidente Adriano Aro, sobrinho de Elmer Guilherme, queria que tudo voltasse dia 26 do próximo mês.
Ou seja, daqui menos de um mês.
Com vários estados tendendo ao lockdown (Goiás decretou isso nesta segunda-feira) e com Belo Horizonte tendo sua flexibilização retroagindo, tudo vira uma incógnita.
E quanto mais se adia o reinício, mais para frente o calendário será jogado.
Acordos com sindicatos de atletas têm sido tratados, mas pouco têm avançado.
A realidade será muito diferente daquela sonhada por Sérgio Rodrigues anos atrás.
Mas vamos sair dessa.
Não teremos o centenário que queríamos, mas esperamos, ainda que de forma adiada, voltar ao topo, à elite, à divisão da grandeza do Cruzeiro.
Por: João Vitor Viana