Não importa de quem é a culpa: jogadores, comissão ou diretoria. No final, o time que acaba perdendo chances incríveis de subir na tabela e, pior, vendo, ainda, adversários passando. Em nono lugar, o Cruzeiro não dá esperança ao torcedor de coisa melhor. Se Ramiro é o melhor em campo, imagina o pior.
Dessa forma, que prognóstico esperar até o fim do Brasileiro? Certamente um bem ruim. "Amigo" dos times do Z-4, o Cruzeiro só não tropeçou no Atlético-GO. No mais, uma draga atrás da outra, principalmente com o queridinho da diretoria, Fernando Diniz.
Contra o Bragantino, time pífio e que merece cair, um futebol lamentável mais uma vez. Time sem vontade, parecendo que está cumprindo tabela e não briga por nada. Fora de campo, o que mais chamou a atenção foi os cumprimentos intermináveis dos atletas do Cruzeiro em Fernando Seabra. Dentro, nada se destacou.
Depois que vi e ouvi Fernando Diniz falar que importa mais jogar bem que pontuar, joguei a toalha. Num momento que o Cruzeiro mais precisava pontuar, para alcançar a Libertadores, o próprio técnico protagoiza um discurso que, só por isso, valeria a demissão. Contudo, sob a asa de Pedro Lourenço, o técnico segue prestigiado. Afinal, não foi ele que montou a equipe, então não tem culpa. A questão é que Seabra também não havia montado. Mas isso nem foi considerado na época. Dois pesos e duas medidas.
Alguns torcedores ainda vão falar: "ah, mas muitos jogadores estão machucados". Sim, mas parece que Japa e Vitinho jogam tênis, que Kenji e Tevis jogam basquete e que Ramiro e Villalba são jogadores selecionáveis. As escolhas de Diniz, aliadas à falta de competitividade e capacidade em campo mostram não apenas que é um profissional limitado, como teimoso. Desde que tirou Zé Ivaldo da zaga que João Marcelo caiu em produtividade e William e Marlon passaram a ser questionados, assim como Matheus Pereira. Será que são os jogadores ou a forma que estão em campo, por ordem do treinador, que está afetando o rendimento de cada um.
Ver William na esquerda, Marlon armando o jogo e Matheus Pereira saindo a bola da defesa para o ataque me dá nos nervos. Villalba marcando a bola em vez de olhar jogador, idem.
Aí eu pergunto: vão esperar mais dois tropeços - acho que seremos goleados pelo Palmeiras - para verem que contratar Diniz foi a pior escolha do ano? Ou, pior ainda, vão bancar esse cara e deixá-lo responsável por montar a equipe do próximo ano. Algumas coisas são nada explicadas. Passam pano para um marasmo e uma incompetência sem precdentes. Por fim, fica uma pergunta: o atual treinador está escalando o time ou o presidente continua interferindo nisso? Se deixa presidente escalar, isso explica tudo ou quase tudo.
POR: JOÃO VITOR VIANA