2024 terminou para o Cruzeiro sem taça, sem o que comemorar. Afinal, após a passagem de bastão de Ronaldo para Pedro Lourenço, o que se viu foi uma completa falta de planejamento, economias porcas e queimação de dinheiro. Por mais que o clube tem dono, a torcida foi, aos poucos, esvaziando os estádios, muito pelo futebol pobre e ridículo promovido pelo "Dinizismo".
Por mais que o torcedor, no fundo, desejasse a vitória, pois ainda era possível ir para a Libertadores, acreditar que o Bahia, em casa, contra um time rebaixado com antecipação fosse tropeçar era acreditar em Papai Noel. E, de fato, não rolou. Ainda que em Caxias o resultado tivesse acontecido, com gol de Tevis, na Bahia deu o esperado, assim como em outras praças.
Uma pena que em BH não aconteceu o que a torcida celeste queria, mas ficou um alento: o Athletico-PR, de Pablo, que no início do ano tripudiou do Cruzeiro, falando que alguns times passaram o centenário na Série B, bom, agora estará lá, amargando as angústias e incertezas de uma Segunda Divisão bem diferente de 2012, última vez que esteve por lá. Dos quatro ameaçados, único que não queria que caísse era o Bragantino, de Seabra, por razões óbvias. E não caiu. Saiu de campo goleando o Criciúma e jogando a batata para quem quisesse. O CAP acabou com ela nas mãos. Mas, como disse, nem lamento.
Lamento, porém, as escolhas feitas pelo Cruzeiro em 2024. Inicialmente, a burrada da gestão Ronaldo ao trazer Larcamon. Depois, a troca completamente equivocada de Seabra por Diniz. Essa última, inclusive, culminou num desfecho melancólico para o Cruzeiro, que passou boa parte do ano dentro da vaga da Libertadores (ou da pré) e terminou na portinha, assim como o 14º lugar que ocupou no ano passado. Ou seja, gastou R$ 200 milhões e não saiu do lugar, uma mostra de incompetência diretiva e de investimento.
Para esta manhã está marcada uma reunião da cúpula celeste com o fatídico Diniz, que em entrevista posterior à vitória sobre o Juventude, soltou os cachorros em Alexandre Matos. Como poucos, manteve a "postura dentro de sua bolha", levantou o tom e, praticamente, chamou Matos de covarde, nas entrelinhas, dizendo que estava sabendo que fora demitido uma semana antes, mesmo com o chancelamento da diretoria que ele continuaria para 2025.
A reunião deve selar essa passagem ridícula de Diniz pelo Cruzeiro, fechando um ano de rescisões. Demitido do Fluminense e Seleção Brasileira, o máximo que este treinador conseguiu foi encher o bolso. Ainda assim não saiu do pedestal, colocado ali por boa parte da imprensa, que passou a endeuzá-lo após a vitória na Libertadores de 2023. E nessa falácia, de achar que ele é um Merlim, a diretoria do Cruzeiro incorreu em um erro básico: na hora de buscar uma conquista ou classificação, apostou no cara que se acha o "reinventor da roda" e mentém uma postura arrogante e mal educada diante não apenas dos jogadores, mas da torcida e da imprensa. Que nunca mais volte ao Cruzeiro! O que fez como jogador, fez como treinador. A mudança começa por aí!
POR: JOÃO VITOR VIANA
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