O Cruzeiro saiu vencedor, desta vez, às custas do Villa Nova, nesta terça-feira, no Mineirão, mais uma vez. Com um time bem jovem, ainda que com Fábio, Edilson, Leo e Rodriguinho, o clube tinha, dessa vez, todos os atletas do banco formados na base. Ou seja, para mudar uma situação ou tentar algo novo, teria Adilson Batista que chamar um menino.
O primeiro tempo foi bem fraco tecnicamente, com poucas opções de jogadas ofensivas e, menos, ainda, chances claras de gol. O Villa foi quem quase abriu o placar, com Paulinho. A bola desviou na zaga celeste e quase enganou Fábio, que a viu "tiliscar" a trave. No lance seguinte, depois de rebote do goleiro do Villa em chute de Rafael Santos, Maurício, de cabeça, também quase marcou. Rodriguinho, já ao final da primeira etapa, teve um chute da meia lua, que passou por cima e ficou nisso.
No segundo tempo, Adilson promoveu a entrada de Welinton, que havia ido bem na estreia contra o Boa, inclusive, marcando um gol. Como nítido ponta-direita, tentou algumas jogadas, mas não teve a intensidade da estreia. Já Jadsom e Maurício foram protagonistas nos passes e jogadas mais agudas, respectivamente. Tanto que em votação de melhor em campo, ambos foram citados em várias rádios. Pela entrega, Maurício foi o nosso escolhido, com menção honrosa ao camisa 8. Como a alteração de Welinton não fez muito efeito, Adilson voltou ao banco e tentou Caio Rosa. O menino entrou bem, produzindo até mais que o titular, Alexandre Jesus, que parece ser muito bom na recomposição, mas ofensivamente tem deixado muito a desejar, como era na Copa São Paulo. Sem ser critico, mas por precaução, é um dos atletas que pode ficar como opção no banco no momento.
Quem pode e deve ter mais chance é Marco Antônio. Após a partida, Adilson falou que ele é um "nítido Ademir da Guia". Vamos com calma, que o santo é de barro! Mas ele entrou cm personalidade. Se primeiro se colocou como segundo volante, pouco tempo depois se achou em campo. Inclusive, no momento do gol, Edilson cobraria o escanteio e ele falou: "não, deixa comigo". Capitão do sub-20 estreou, assim, com personalidade. No rebote do escanteio, a bola voltou para o garoto nascido em 2000 e, com o pé esquerdo, jogou para a área do Villa. O zagueiro Wellington acabou cabeceando contra e sendo o autor do gol que deu ao Cruzeiro a vitória.
Comparando com a primeira partida, o Cruzeiro teve muito mais dificuldades, apesar de o Villa Nova ser um time extremamente limitado. Contudo, abusando até da força e do "cai-cai" - teve jogador que saiu, de fato machucado, mas outros deram vários "migués" - o Villa tentou levar o empate e, num descuido, até aquela "bola perfeita". Ela não veio. O lance mais perigoso do visitante foi no primeiro tempo, como dito acima.
O Cruzeiro mostrou que muitos meninos podem ser aproveitados, que muitos têm futuro, mas que precisa da entrada de jogadores mais "cascudos". Seria Machado, João Lucas, Everton Felipe, Roberson ou Jhonata Robert esse tipo de atleta. Certamente o último não, haja vista que é tão novo quanto os meninos da base celeste. Mas há um vídeo que anda circulando na internet aí do atleta fazendo embaixada e, se fizer isso em campo, o torcedor vai ficar bem feliz. Principalmente se o resultado for o gol, algo que o Cruzeiro precisa fazer. Criar, tem criado. Mas o cara para por a bola para frente ainda falta.
Outros destaques na partida contra o Villa: Marco Antônio e Rafael Santos.
Por: João Vitor Viana