segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Janela forte do Cruzeiro, que incomoda imprensa mineira e brasileira e que põe maior pressão e tira desculpas de Fernando Diniz



Fernando Diniz terminou 2024 de uma forma melancólica, fatigante e preocupante. Bradou, cobrou, se posicionou como injustiçado e o "choro" valeu uma segunda chance. Com tempo, time reforçado com atletas de renome nacional e internacional, agora ele já não possui os argumentos que "não foi ele quem montou o time" e que "não teve tempo para trabalhar". Quem chegou, elogiou o jeito dele trabalhar. Então não há ranço ou chumbo para se trocar. Quem tinha que sair, saiu (com ressalvas, uma vez que a visão do técnico e da diretoria não é a mesma desse que escreve) e quem chegou, também com ressalvas, veio para vestir a camisa titular. Ou alguém duvida que Gabigol, Fabrício Bruno e Dudu, por exemplo, vão comer banco? Não mesmo, a não ser que saiam muito da curva. É aproveitar esse tempo de pré-temporada e aprimorar a forma física e tática para o reinício de trabalho.

Com um time base - que certamente não será o mesmo do torcedor, pois nunca é, principalmente com Diniz -, o Cruzeiro entra 2025 com um time bem formado e que precisa se ajustar - e rápido. Isso porque Pedro Lourenço e a cúpula celeste não querem ver o time patinando numa competição semiamadora como o Campeonato Mineiro. Por mais que seja um torneio bem podre em termos de qualidade, com o futebol que o time mostrou na reta final de 2024 não consegue configurar entre os quatro melhores. 

Ou seja, se derrapar nesse inicio, Diniz sobra. O investimento não é pouco. Por mais que o Cruzeiro não tenha gasto muito dinheiro em "passe", o contrato e o salário de alguns "topo de prateleira", é imenso. Se bobear, Gabigol e Dudu devem estar, hoje, entre os cinco jogadores mais bem pagos do país. Cássio, Matheus Pereira, Matheus Henrique, Fabrício Bruno, William, Marlon, Walace também possuem altos vencimentos.

Dessa forma, a diretoria entende que para esta janela, o clube agiu até além do que deveria. "O Cruzeiro, se não fossem os aportes do Pedro e da sua família, não teria como fazer estas contratações", disse Alexandre Mattos. E por mais que a imprensa nacional berre e se contorça, o time precisa ter um rumo bem diferente. E o desempenho será analisado a curto prazo, justamente pelo esforço financeiro dos seus donos. Se inventaram a permanência de Villalba e Lautaro (uma das ressalvas que disse no primeiro parágrafo) e também pela continuidade de Diniz, caso as coisas comecem a se desandar, o foco será tão somente um: quem avalizou tudo isso? Diniz, que já não merecia a chance que recebeu pelo desempenho pífio de 2024. Mas já que ficou, que faça o time jogar, sem firula e invenção de moda.

Os amistosos dos dias 15 e 18 não dirão tanta coisa, já que é início de trabalho, assim como o primeiro jogo do Mineiro, contra a Tombense, dia 19, às 20h. Mas a partir do quinto, sexto jogo, já é para ter um padrão, de time que vai postular títulos em 2025, não ser apenas um coadjuvante de meio de tabela.

Imprensa se rasgando

A imprensa nacional, em especial de Rio e São Paulo, está olhando torto para o Cruzeiro. Não para Minas, pois nosso rival só está liberando atletas e contratando gente mediana. Mas se fosse o Fluminense, o Botafogo, o São Paulo, o Santos contratando os mesmos jogadores, estariam sendo "ferozes no mercado", como foram, há alguns anos, Palmeiras, Flamengo e o próprio Botafogo. Em 2024 o Botafogo contratou Luiz Henrique e Almada por valores absurdos. Mas a imprensa não falou em fair play à época. Fair play financeiro só para o Cruzeiro. 

Em Minas, no rival é conversa fiada e rasgação de seda

Já estamos calejados de algumas emissoras, de rádio e TV, além da FMF - óbvio -, torcerem abertamente para o rival. Gritam e inflamam torcedores para diminuir o Cruzeiro e enaltecer o time do lado de lá, cujos títulos importantes cabem numa mesa de escritório. Esse ano, estão trabalhando muito, principalmente para requentar especulações. Só para contratar um treinador - que estava desempregado há oito meses - demoraram um mês. Como estão no atoleiro para contratar jogador - que só perdem para o mercado tenebroso -, olham torto para o Cruzeiro também. Dor de cotovelo é em Minas e geral. Atura ou surta! 


POR: JOÃO VITOR VIANA

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