quinta-feira, 31 de março de 2011

Pós-jogo - SUPERESPORTES

O Cruzeiro confirmou o seu favoritismo em Assunção diante do já eliminado Guaraní, venceu o confronto no estádio Defensores del Chaco por 2 a 0 e confirmou matematicamente a sua classificação às oitavas de final da Copa Libertadores, com 13 pontos no Grupo 7.

Nesta quarta-feira, a primeira vitória cruzeirense como visitante na Copa Libertadores foi assegurada com gols de Thiago Ribeiro, aos 17 minutos do primeiro tempo, e Ortigoza, no último minuto.

O Cruzeiro não teve uma noite brilhante, mas seu futebol foi suficiente para ser superior.

Tudo indica que o Cruzeiro terminará esta fase como líder de sua chave, pois tem 13 pontos e 16 gols de saldo, contra dez pontos do Estudiantes e apenas um gol positivo. No duelo direto do dia 13 de abril, em La Plata, só um revés desastroso por 8 a 0 tiraria a primeira colocação dos mineiros. Os argentinos se igualariam em tudo, mas levariam vantagem por terem feito mais gols como visitantes.

O Cruzeiro precisará da vitória na Argentina para tentar terminar esta etapa como melhor primeiro colocado de todos os grupos. Essa posição lhe daria o direito de sempre decidir os mata-matas em casa.

Como melhor primeiro, o Cruzeiro enfrentaria nas oitavas o pior segundo colocado.

Treino de luxo

De tão fácil, o jogo no primeiro tempo se tornou perigoso para o Cruzeiro. Nos 30 minutos iniciais, a equipe celeste fez praticamente um treino de luxo no Defensores del Chaco, pois controlou a partida com quis, envolveu o adversário e criou muitas chances. Mas a única delas convertida em gol se deu aos 17, quando Thiago Ribeiro recebeu passe de Montillo e tocou no canto esquerdo de Silva: 1 a 0.

O Cruzeiro poderia ter construído uma goleada histórica nesse período de superioridade, pois ainda desperdiçou oportunidades claríssimas com o próprio Thiago Ribeiro, aos três, aos oito e aos 20; com Victorino, aos 15, e com Wallyson, aos 29 minutos.

Com o passar do tempo, o Cruzeiro se tornou um time displicente em campo, dando visíveis sinais de acomodação pela facilidade que encontrava. O Guaraní se aproveitou para crescer na partida e começou a dar trabalho ao goleiro Fábio, até então tranquilo.

Aos 31, por exemplo, Ovelar recebeu a bola pela direita, sem marcação, e chutou violentamente. Fábio saltou no canto direito e evitou o empate com grande intervenção. O Cruzeiro reagiu aos 40, com Montillo. O chute tocou na rede pelo lado de fora. Mas quem mostrava empenho a essa altura era mesmo o time da casa, tanto que, aos 41, Fábio voltou a salvar em conclusão perigosa de Sosa.

Na última investida do Cruzeiro à área paraguaia, aos 43 minutos, Roger caiu na área, após toque do adversário. Mas o árbitro chileno interpretou o lance como simulação e advertiu o meia celeste.

Para Thiago Ribeiro, o crescimento do adversário teve uma explicação. “Precisamos caprichar mais. Estamos errando muitos passes, eles tiveram algumas situações por causa disso. Poderíamos estar vencendo de mais. Cabe mais”, disse na saída para o intervalo.

Confirmação da vitória

O jogo ficou melhor no segundo tempo. Como o Guaraní voltou disposto a mudar o placar, o Cruzeiro foi obrigado a entrar de novo no clima de competição. Aos três, Montillo recebeu passe de Wallyson e o goleiro Joel Silva pegou a conclusão à queima-roupa. A resposta paraguaia foi perigosa, aos cinco. Ovelar bateu cruzado da esquerda e Fábio, novamente, evitou o empate em Assunção.

O contra-golpe passou a ser a melhor alternativa do Cruzeiro diante da maior ousadia do rival. Aos 11, a equipe mineira surpreendeu os paraguaios com duas jogadas envolventes em velocidade. Na primeira, Wallyson e Roger bateram sobre a zaga. Na segunda, Thiago Ribeiro concluiu à linha de fundo, rente ao poste direito.

Assim como no começo do primeiro tempo, o Cruzeiro criava muito e pecava nas conclusões. Faltava sintonia principalmente ao garoto Wallyson, em noite pouco inspirada como finalizador. Mas, aos 19 minutos, quem perdeu gol cara a cara com Joel Silva foi Gilberto.

Aos 20 minutos, os dois treinadores deixaram suas equipes mais agressivas. No Guaraní, Hobecker e Escobar entraram nos lugares de Mendoza e Ovelar. No Cruzeiro, Cuca trocou os apagados Roger e Wallyson por Everton e Wellington Paulista, respectivamente.

O Cruzeiro continuou melhor e, aos 31, Montillo deixou de marcar um golaço por muito pouco. Ele foi lançado por Thiago Ribeiro na área, encobriu o goleiro paraguaio e a bola tocou no travessão.

Aos 36, o paraguaio Ortigoza substituiu Thiago Ribeiro.

No final, as dezenas de torcedores celestes que foram ao Defensores del Chaco chegaram a gritar ‘olé’. Mas a festa só ficou completa quando Ortigoza, aos 47 minutos, penetrou e bateu rasteiro no canto direito de Joel Silva: 2 a 0.

Ficha técnica

Guaraní (PAR) 0 x 2 Cruzeiro

Guaraní
Joel Silva; Filippini, Ithurralde (Carballo, 32min2ºT) , Joel Benítez e Marecos; Jorge Mendoza (Hobecker, 20min 2ºT), De la Cruz, Sosa e Paniagua; Julián Benítez e Luis Ovelar (Fabio Escobar, 20min 2ºT).
Técnico: Félix Darío León

Cruzeiro
Fábio; Pablo, Victorino, Gil e Gilberto; Marquinhos Paraná, Henrique, Montillo e Roger (Everton, 21min2ºT); Wallyson (Wellington Paulista, 21min2ºT) e Thiago Ribeiro (Ortigoza, 36min 2ºT).
Técnico: Cuca

Motivo: 5ª rodada do Grupo 7 da Copa Libertadores
Estádio: Defensores Del Chaco, em Assunção (PAR)
Data: 30 de março, quarta-feira, às 21h50 (de Brasília)

Gols:
Thiago Ribeiro (Cruzeiro), 17min 1ºT
Ortigoza (Cruzeiro), 47min 2ºT

Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Auxiliares: Patrício Basualto (CHI) e Carlos Astroza.(CHI)

Cartão amarelo:
Julián Benítez (Guaraní), 33min 1ºT
Roger (Cruzeiro), 43min 1ºT
Fabio Eacobar (Guaraní), 41min 2ºT

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