CLÁUSULAS DO CONTRATO DE FIDELIZAÇÃO LIBERADAS PELO CRUZEIRO

O contrato de fidelização firmado entre Cruzeiro e Minas Arena para uso do Mineirão até dezembro de 2037 veio a público nesta quarta-feira. O jornalista João Vitor Xavier, da Rádio Itatiaia, teve acesso o documento com exclusividade.

Alguns detalhes do acordo foram revelados e outras dúvidas puderam ser esclarecidas. A Cláusula Quinta ratifica que o Cruzeiro não paga aluguel para utilizar o estádio.

Em contrapartida, o clube celeste arca com 70% dos custos operacionais de cada partida, enquanto a Minas Arena fica com 30% das despesas.

Conforme as partes noticiaram no ato da assinatura do contrato, em novembro do ano passado, o Cruzeiro tem direito a 100% de 54.201 ingressos, sem destinar nenhum percentual desta receita à Minas Arena. Já a concessionária comercializa cadeiras VIP, camarotes e cadeiras especiais.

Uma novidade é a participação do Cruzeiro na arrecadação de estacionamento, bares e lanchonetes no estádio. O clube celeste tem direito a um terço da renda líquida desses setores comerciais da Arena.

Outra curiosidade é que o Cruzeiro receberá R$ 2 milhões da Minas Arena pela fidelização. O preço mínimo de ingresso praticado pelo clube em seus jogos no estádio será, por força de contrato, de R$ 20.

O contrato entre Cruzeiro e Minas Arena será suspenso automaticamente quando o estádio estiver a serviço da Fifa na Copa do Mundo e na Copa das Confederações. Isso significa que o clube celeste não pagará multa para jogar em outro estádio nessas datas, caso seja necessário.

Caso o Cruzeiro descumpra o contrato e decida arbitrariamente jogar em outro estádio, terá que pagar R$ 2,5 milhões à Minas Arena. Em contrapartida, se a concessionária não disponibilizar o Mineirão para o clube celeste em algum jogo oficial, por conta de shows ou outros eventos, terá que pagar o Cruzeiro o mesmo valor.

A multa rescisória do contrato de fidelização é de R$ 10 milhões.

Por fim, o acordo revela que outro clube pode assinar o mesmo tipo de contrato do Cruzeiro (de fidelização) e, caso a diretoria celeste entenda que as condições da outra equipe são melhores, poderá assumir os mesmos direitos dela.

 

FONTE: SUPERESPORTES

COMENTÁRIO DA NOTÍCIA

Em primeiro lugar, muito bom o Cruzeiro divulgar aquilo que parecia nebuloso. Diferentemente do que o presidente do outro time falou, não vi, em princípios, problemas com estas cláusulas mostradas. Logicamente, esse não é o inteiro teor do contrato. Contudo, parece-me algo positivo. E lembramos que o presidente do Cruzeiro é advogado e cruzeirense. Ou seja, jamais assinaria algo se não tivesse certeza que o clube se daria bem. E é no que acredito. E joga em estádio grande e tem alta receita quem é grande. Os demais jogam como inquilinos em estádio de time de Série B. Cada um com sua grandeza e cada um com seus planos. O Cruzeiro pensa grande, enquanto o rival joga Libertadores em um chiqueirinho vertical chamado Independência, que nem estacionamento tem.