CRUZEIRO, POR POUCO, NÃO PERDE PARA O MAMORÉ

Time de Marcelo Oliveira abusa dos erros e volta, novamente, a insistir tão somente em jogadas de linha de fundo. Pragmático e desorganizado, quase acabou sendo surpreendido. Mineirão, esse ano, não vem fazendo a diferença.

POR: JOÃO VITOR VIANA

Os heróis que foram ver ao jogo entre Cruzeiro e Mamoré, no Mineirão, com certeza, não saíram satisfeitos. Palco de diferença nos últimos dois anos, o estádio recebeu seu quinto jogo no ano. E, mais uma vez, viu um empate acontecer: 1 a 1.

O futebol celeste voltou a ser pífio. No primeiro tempo, martelou e não conseguiu. No segundo, na base do abafa, empatou, já depois dos 40min de jogo.

Com uma disposição tática lamentável, onde jogadores sequer sabiam o que fazer, senão lançar bolas na área do adversário, o Cruzeiro pecou, e muito, no jogo. Marcou mal, errou muitos passes, chutou mal e não criou. Com três atacantes escalados desde o início com a função de armar, essa que não sabem fazer, o Cruzeiro, do técnico mirabolante Marcelo Oliveira foi mais um pseudotime, que pressionou sem ser muito presente.

O goleiro do Mamoré fez boas intervenções, mas o Cruzeiro não soube envolver o time que até o ano passado estava no Módulo II. Com todo respeito ao Mamoré, se o Cruzeiro fosse um time organizado, de toque de bola, de tabela, de lances ensaiados, era partida para goleada. Mas quando um time insiste com o que não dá certo, exagera em apenas um fundamento e o treinador escala e muda mal, a tendência que algo dê errado é bem maior.

Não vou crucificar o Marcelo, mas não como não criticá-lo por colocar Judivan, Riascos e Joel na função de armar o time. ELES NÃO SÃO ARMADORES!

Com Marcos Vinícius, que até entrou bem, e Gabriel Xavier como opções, ambos deveriam ter entrado. E outra: Gilson é jogador para o meio. Esqueça ele como lateral!

Empate com gosto de derrota, mas até um alívio por não ter perdido. O Mamoré foi disciplinado, catimbento até onde pôde. Em um erro de marcação, deu espaço e Damião, um dos poucos lúcidos do jogo, acabou empatando.

Destaco a entrada de Neílton, que deu maior mobilidade ao ataque, contudo, sem muita criatividade, pois é atacante, e de Marcos Vinícius, que é habilidoso.

Se o time fosse melhor escalado, hoje, poderia vencer sem problemas. Mas caçaram uma forma de não vencer. E alcançaram o objetivo.