quinta-feira, 17 de setembro de 2015

FALTOU O CRUZEIRO QUE CONHECEMOS

POR: JOÃO VITOR VIANA

Os jogadores pediram. O treinador pediu. Membros da direção pediram. A torcida, dentro de um possível, esteve presente. Contudo, apesar de todo o incentivo das cadeiras do Mineirão, a garra em campo foi-se. O time não foi o mesmo que se mostrou combativo no jogo diante dos nossos maiores rivais. Pecou na marcação, no passe, na falta de arremates e na qualidade do último passe.

Não sei se o time subestimou o Vasco. Se o fez, viu que tomar o gol do lanterna é muito ruim. Talvez ali o Cruzeiro acordou e mostrou um pouco do que deveria ter feito durante os 90 minutos. Empatou, em um petardo de Willian e virou, com um golaço de Alisson. Atordoado, o Vasco deu espaços e o Cruzeiro, incompetente, desperdiçou. O primeiro tempo acabou com a torcida crendo num segundo tempo pegado, difícil, mas com uma vitória possível.

Mas o Cruzeiro voltou assim como iniciou o primeiro: dormindo. Deu espaços ao Vasco, que dentro de sua limitação, conseguiu nos incomodar. Obrigado a substituir Bruno Rodrigo ainda no primeiro tempo, Mano viu uma possibilidade do banco ir embora fora de um contexto lógico. Tentou dar maior mobilidade ao time ao por Arrascaeta. Mas o uruguaio, pouco inspirado, pouco ajudou. E no lenga-lenga do Cruzeiro, que insistia em cruzar bolas na área quando não havia um jogador de área, no lenga-lenga do Cruzeiro de recuperar a bola e não saber o que fazer com ela, tanto que chutava da defesa para o ataque inúmeras vezes, o Vasco, que não tinha nada com isso, viu que o bicho não era tão feio assim. E usando justamente da jogada que o Cruzeiro tanto insistiu (bola aérea), mas com um pouco mais de qualidade, conseguiu igualar a partida, a 10 minutos do fim.

O gol foi uma ducha de água fria no time, que no momento viu-se desanimado. A bola custou a voltar ao meio, os jogadores custaram a digerir o gol. O segundo gol do Vasco baqueou o time, que somente nos minutos finais, buscou o terceiro gol. Contudo, tardiamente, não foi possível.

O Cruzeiro não teve a mesma garra, a mesma pegada. O Cruzeiro não foi nem de longe o que se mostrou em campo diante do nosso maior rival. Não teve pernas. Não teve preparo. Não teve frieza e não teve experiência.

RECLAMAÇÕES
Na saída do Mineirão, observei vários torcedores condenando um ou outro jogador. O maior alvo era Fábio. Sinceramente ainda tenho que ver o segundo gol novamente. Mas o que posso falar é que Fábio não estava seguro e mereceu as críticas a ele dirigidas. Afoito, lento, disperso. Esse não é o Fábio que conhecemos. Se não está satisfeito, se quer ir embora, realmente, vá.

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