POR: JOÃO VITOR VIANA
Todo o planejamento para 2016 vai depender de como o Cruzeiro vai terminar o Brasileiro desse ano. Renovada, a diretoria tem uma visão mais ampla e moderna para o clube. Em entrevista exclusiva, o superintendente de futebol do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, prevê dias bem melhores para o clube a partir do próximo ano. Para ele, a junção de uma diretoria jovem, aliada à experiência de quem lá já está, é uma boa saída para que medidas certeiras sejam tomadas e que o sucesso celeste volte já no próximo ano.
Abaixo listo um pouco da entrevista com Sérgio Rodrigues. Em breve, em vídeo, a entrevista será divulgada em grandes páginas na Internet. Fique de olho!
- Doutor Sérgio, esse ano (2015) você vivenciou dois ambientes bem diferentes. O primeiro, de crise, quase uma guerra entre torcida e clube. Era torcedor ameaçando diretor, presidente, jogador, treinador. E, hoje, vivencia uma realidade oposta: com a torcida sendo uma aliada importante na recuperação do time. Como foi lidar com tudo isso e o que a diretoria tirou de lição para que o cenário ruim não retorne à Toca II?
SR: O primeiro momento foi muito complicado, um cenário bem ruim, com muita cobrança. A gente é sempre contra a troca de comando. Não achamos que mudar treinador é a solução. A gente percebe que quem muda demais acaba caindo. Mas em certos momentos foi a opção que a diretoria tinha. Mudamos primeiro buscando um treinador com história no clube. Depois optamos por uma mudança de filosofia, porque a do Luxemburgo não estava dando certo e precisávamos reagir. E no momento ruim, a torcida abraçou o time, esteve e está junto, sendo um décimo segundo jogador em campo. Essa proximidade chegou até a surpreender o nosso treinador (Mano), que elogiou bastante esse comprometimento. A diretoria também mudou sua postura. Porque o torcedor é importante para nós. A gente precisa ouvir aquele que faz o clube, que é importante para o clube. E hoje vivemos uma nova realidade, de apoio incondicional e de muito respeito.
- O Cruzeiro tem, hoje, 38 atletas em seu elenco. 12 ou, talvez mais, retornam de empréstimos. Há ainda jogadores da base que vão subir e outros atletas que vão chegar. Como está o planejamento do clube para 2016?
SR: Tudo vai depender de como terminarmos o Brasileiro. Logicamente a gente tem um perfil de atleta que queremos, mas precisamos saber, antes, quem vai ficar. São muitos jogadores no nosso grupo. Alguns terão seus vínculos renovados, outros não. Outros serão emprestados, outros dispensados. Poderemos ceder alguns atletas para ganharem experiência e depois aproveitá-los. Tudo será definido enter diretoria e comissão técnica. Vamos fazer contratações pontuais, enxugar a folha salarial do elenco e, com certeza, teremos um ano bom. Não vamos, por exemplo, trazer um jogador que ganhe uma fortuna e inviabilizar o clube depois. A gente vai fazer tudo dentro de um planejamento sério, correto e que perdure. Temos a intenção de criar a identidade do jogador com o clube, como temos hoje o Fábio e o Henrique. Mas a torcida pode ter certeza que todo esse planejamento já começou.
- O clube tem sucesso na base, mas pouco se aproveitou dela esse ano. Qual o planejamento para 2016 em termos de base?
SR: Ao subir um menino da base a gente tem que ver se ele é aquilo que o profissional carece. Pode ser que na base ele renda, pode ser que o mesmo não ocorra quando profissional. A gente faz uma espécie de triagem. Claro que há um ou outro jogador que é visível esse sucesso profissional. Outros precisam ser lapidados, emprestados para ganharem experiência e melhorarem um ou outro fundamento. Hoje posso citar o Alex (meia), Latorre (atacante), Hugo Ragelli (atacante), Santiago (atacante), que são boas promessas que temos na base. Mas tudo será analisado. O Hugo Ragelli, inclusive, já jogou pelos profissionais e já marcou gol. Tudo será analisado para que possamos ter o melhor deles dentro de campo.
O restante da conversa, que durou quase uma hora, você confere em breve nas redes sociais do Cruzeiro e aqui, no BLOG SITE CRUZEIRO ONLINE