NO CRUZEIRO, A MUDANÇA QUE DEVE HAVER É DE POSTURA. OU ENTÃO...

POR: MARCÃO ANTI-GALO

2015 começou bem abaixo do que queríamos, sem os ídolos que tínhamos, com um time em construção. Com 40 atletas no grupo, inchado no meu modo de ver, uns tiveram mais chances que outros e, muitos desses, apadrinhados do treinador.

Muito se comenta aqui no BLOG SITE que a diretoria é culpada por 100%. Que vendeu tudo e não trouxe ninguém. Digo, torcedores: a maior perda nossa não foi Everton Ribeiro ou Goulart. Foi Alexandre Mattos. A falta que faz um diretor de futebol no clube é imensa. O diretor não é só aquele que contrata, mas que está ali, no dia a dia, cobrando e motivando os jogadores.

Jogadores que, aliás, pouco motivado estão. Não basta jogar num grande clube e receber em dia. Não basta jogar para uma torcida apaixonada e nem disputar competições de ponta. Precisam de um "carinho" a mais. E isso, senhores e senhoras, não é obtido pelo nosso excelentíssimo treinador. Com aquele jeito manso e cara de burro fugido, não consegue, em suas palestras, motivar um grupo que não é ruim.

Temos jogadores que já passaram pela Seleção Brasileira, de outras seleções, que já ganharam Libertadores e Mundial, que já disputaram Copa do Mundo. Não é um grupo inexperiente. Mas é um grupo que não tem postura de vencedor. Que parece, nas decisões, sentir o peso. Foi assim no fim já em 2013, quando podíamos ir longe na Copa do Brasil, foi assim em 2014, na Libertadores e está sendo assim esse ano. A diferença para os anos anteriores, no meu modo de ver, é que havia dentro do grupo pessoas que levavam os jogadores a fazer o diferente. O Cruzeiro, nos dois últimos anos, era quase imbatível no Mineirão. Em 2015 somos presas fáceis. E até time de Série D vem aqui e ganha.

Com todo respeito aos demais times do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro, por seu grupo, força e tradição, deveria estar na liderança dessa primeira fase com 11 vitórias. Mas conseguiu a proeza de ser segundo. E jogando mal.

A mudança de paradigma no Cruzeiro deve passar por revisão de conceitos, tanto dos jogadores, quanto da comissão técnica, de uma análise do grupo por parte da diretoria e uma cobrança maior dos torcedores. Vejo muito torcedor defendendo Marcelo Oliveira, que ele tirou o time da fila de campeões 10 anos depois, mas calma lá! Vamos analisar o hoje. Se hoje o time não está bem, cabe a ele mudar. Há opções. Agradeço a ele por conduzir o time aos títulos, mas não nos prendamos a isso, pois muitos outros técnicos por aqui passaram, conquistaram grandes títulos, mas passaram. Vamos olhar o hoje pensando no amanhã. Se Marcelo conseguir mudar a postura desse time, ótimo. Fique! Se for incompetente para tal, mantiver seus conceitos, muito precisamente tendo preferências por jogadores medíocres, como Willian Farias e Marquinhos, a coisa vai ficar ainda mais feia. 

E digo mais: se ele tomar ferro do nosso maior rival nessa semifinal de Mineiro, sei não. Até agora está passando apertado enfrentando times de baixíssima qualidade. Em quatro meses não deu um padrão à equipe e ainda fala em falta de entrosamento. Perde para ver. Para mim, sendo eliminado, ele balança. Ou se muda a postura, ou se muda o comando. É assim o futebol.