A GENTE SE APEGA.. AO TIME

POR: JOÃO VITOR VIANA

O torcedor é fanático. Briga pelo time, grita pelo time, paga caro para ver o time. A gente se apega ao time, porque a gente ama esse time chamado Cruzeiro Esporte Clube. Vivemos de títulos, respiramos vitórias e lamentamos as derrotas. Logicamente, depois de mais um revés, temos que analisar o atual cenário, sem olhar muito para trás. Estamos há 10 jogos sem vencer nosso maior rival, que em nada tem a mais que nós. Talvez, uma orientação melhor e incumbência, dentro de uma limitação, daquilo que tem que fazerem campo.

Individualmente somos superiores ao nosso rival. Mas o que nos fez perder ontem? Difícil explicar. Talvez, o resultado por 1 a 0 tivesse dado ao time, a "chama" de poder se poupar para terça-feira. Não sei o que o nosso treinador disse no vestiário. Mas, de fato, o time que voltou para o segundo tempo foi infinitamente inferior ao do primeiro, que chegou a dar gosto de ver. Apesar dos pesares, da atuação fraca do lateral Fabiano, a gente estava na frente, podendo até ampliar. Mas o intervalo arrefeceu o time. De insinuante, passou ao velho pragmatismo, sendo previsível, principalmente pelas velhas e inóspitas jogadas de Marquinhos, a quem Marcelo tanto defende. Aliás, que substituição foi aquela? Se Alisson não podia jogar mais, porque não Gabriel Xavier?

Enfim, o time caiu de rendimento e vi um treinador nada motivador do lado de fora. Nervoso, como todos no estádio, ficou ainda mais tendo que ver o tal Fabiano, que já não estava jogando absolutamente nada, dar uma cotovelada em Carlos e ser corretamente expulso. Assim como meu amigo comentou, hoje mesmo já não faria parte do elenco e, se possível, dispensaria. É inaceitável um jogador fazer o que ele fez. Para recompor o time, entrou Mayke, que estava sendo poupado. Mas não entendi porque sacou De Arrascaeta, o jogador que é o motor desse time.

Com o tempo o time foi recuando e Marcelo ficou mais perdido que os jogadores. Tanto que tirou Willian e colocou Mena. Mais uma vez: por que não Gabriel Xavier? O time se perdeu por completo. Levou os dois gols e levaria mais se tivesse mais tempo.

Ao final da partida, Marcelo analisou o jogo de uma forma que, sinceramente, me assustou. Não acredito que ele tenha falado o que falou e ainda: disse que não se apega a emprego. A gente, Marcelo, se apega ao nosso time. Como disse, a gente ama esse time. Se o senhor não se apega ao trabalho, vá trabalhar onde isso não é preponderante. Para treinar o Cruzeiro tem que ter sangue no olho, espírito de luta. Aqui a gente, sim, deve se apegar ao que gostamos, ao que torcemos. Mas pedir ao senhor para torcer pelo Cruzeiro, sinceramente, é pedir demais. Marcelo, nós também não nos apegamos ao senhor. Até mais.