Trabalho, sucesso, exceção. Campeão?
15/10/2010 por cruzeiroeusouPor: Cruzeiro Eu Sou
Um time desnorteado, ocupando a nada satisfatória 11ª posição. A saída do técnico que tinha total conhecimento do grupo, e a chegada de Cuca, taxado como um treinador de projetos pouco vitoriosos. Uma defesa com problemas, sem o principal zagueiro, Leonardo Silva afastado por contusão, e ainda com o “reforço” de Edcarlos, bastante criticado em sua última temporada no Brasil. Um meio campo pouco criativo, no qual Gilberto nem de perto lembrava os seus melhores dias (2º turno do Brasileiro de 2009), e Roger, parecia apto à confirmar o rótulo de eterna promessa. E o quê falar do ataque, posição na qual o principal jogador, Kleber havia sido negociado e como “reposição”, contratado Robert, recém demitido do Palmeiras e característico por perder muitos gols?
Esse era o cenário nada animador do Pós Copa celeste. Porém o sucesso foi alcançado e hoje, após todas as dificuldades e desconfianças, o Cruzeiro é líder. É preciso dizer, que ao contrário do dicionário, sucesso não vem antes de trabalho. E ao meu ver, essa é a palavra que define bem o atual momento: TRABALHO.
Nos primeiros jogos, o atual comandante se viu limitado. Possuía apenas dois zagueiros disponíveis (Caçapa e Gil), três atacantes e em seu 3º jogo, viu seu principal jogador, o meia Gilberto sair de campo lesionado (provavelmente volta ao time no Domingo). Mas com calma, se é que no futebol isso é possível, contratações acertadas e muito trabalho, o Cruzeiro de Cuca chegou à liderança.
É óbvio, que Montillo é um jogador diferenciado, e a liderança passa pelos seus pés. Assim como é notável que a melhora da zaga, passa pelas contratações de Léo e Edcarlos, além da evolução (física) de Caçapa. Não pode-se negar também que com a contratação de Rômulo, o até então absoluto Jonathan voltou aos seus melhores dias. E o ataque não é, e nem precisa ser avassalador, mas apenas eficiente. E assim vem sendo. Mas apenas com bons jogadores não se conquista uma liderança e muito menos o título.
Mas a principal questão, a partir da qual cito o trabalho de Cuca, é a falta de um estádio próprio. Na maioria dos casos times que ficam impossibilitados de atuar no estádio de costume, tem rendimento prejudicado. São comprovações para tal: o atual momento do Atlético, bem como os dias de sofrimento vividos pelos grandes clubes cariocas quando do fechamento do Maracanã para reformas visando os Jogos Panamericanos (na ocasião, o Engenhão ainda não havia sido construído). Sendo assim, o clube azul-estrelado é uma exceção. No caso, é ainda mais intrigante, pois o rendimento atual é superior ao que havia sido alcançado no Mineirão nas rodadas iniciais, sendo que os jogos foram mandados em três estádios/cidades diferentes.
A torcida celeste não tem motivos para reclamar, afinal num campeonato em que a maioria dos ganhadores é caracterizada pela manutenção do técnico, o Cruzeiro pode realmente ser uma grata exceção. Nesse contexto de exceções, o mais aguardado é o grito de Campeão, ainda que longe do sempre presente Mineirão…
Saudações Celestes.
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